quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

78- CASOS CLÍNICOS DA DOENÇA DE ALZHEIMER

 

Esta página se destina a divulgar informações sobre Educação das Emoções e Educação da Atenção. Baseia-se em livros e pesquisas realizadas por Universidades, sobre Neurociências, Medicina e Psiconeuropedagogia.

Os posts refletem a experiência de dezenas de anos de trabalho do Autor em instituições educacionais de ensino superior e médio, e da publicação de vários livros e monografias sobre os temas. O material deste blog é exclusivamente informativo e sem finalidade terapêutica, que deve ser feita por médicos e psicólogos.

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No Post 63 a relação dos posts publicados e suas datas.

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                      Leitura em 20 minutos

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Aproveite ao máximo as coisas boas que tiver na vida!

 

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Neste post você verá a apresentação de 5 casos clínicos da Doença de Alzheimer publicados pelo pesquisador Dale Bredeson da Universidade da Califórnia publicados em suas pesquisas ou em seu livro sobre Alzheimer.  Cada caso traz a história do paciente, resultados de seus exames de laboratório e de imagens, e sua evolução.  

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CASOS DE ALZHEIMER PUBLICADOS POR BREDESEN

Paciente 1

Paciente do sexo feminino, 68 anos: em sua conversação habitual começou a falar sem desejar sílabas e palavras, levando confusão à conversa. Teve um quadro de depressão e foi tratada com um antidepressor. Passou a ter dificuldades ao fazer compras, cozinhar, trabalhar no computador e no relacionamento com sua neta, não conseguindo terminar os bonecos que sempre fazia com ela.

A paciente começou a sentir dificuldades ao fazer compras.

Passou a confundir o ponteiro dos minutos com o das horas no relógio e  a ter dificuldades para escrever. Seus sintomas progrediram e ela começou a esquecer as tarefas diárias como a de pegar os netos na escola.

Fez os seguintes exames e os resultados foram:  positiva para a apolipoproteína E4 e para uma Tomografia por emissão de pósitrons -PET com amilóide, que foi típica de Alzheimer . A Ressonância Magnética mostrou o volume do hipocampo diminuído, correspondendo a 14 % da sua idade. A proteína C reativa de alta sensibilidade foi 1,1 mg / L( aumentado); a insulina de jejum foi 5,6 mIU / L (aumentada);  hemoglobina A1c foi 5,5%( próxima do limite superior de 5,6%);

A homocisteína foi 8,4 micromoles (aumentada); vitamina B12 foi 471 pg / mL( diminuída));  T3 livre foi 2,57 pg / mL( diminuído); hormônio estimulador da tireoide (TSH) = 0,21 mIU / L( diminuído) , albumina foi 3,7 g / dL e globulina= 2,7 g / dL ( diminuídas), colesterol total= 130 mg / dL (diminuído), triglicerídeos= 29 mg / dL (diminuído), zinco sérico= 49 mcg / dL (diminuído), e diversos outros exames alterados.

Um diagnóstico de deficiência cognitiva leve (MCI) foi feito, e ela foi colocada num teste de anticorpo anti-amiloide, e como em cada administração sua cognição piorou durante os  3-5 dias posteriores, foi interrompida a aplicação.

Começou o tratamento do ReCODE seguindo as etapas descritas: com uma dieta cetogênica leve, predominando frutas e verduras, restrição de açúcar e de proteinas. Seu MOCA (Montreal Cognitive Assesteman, que é um  Teste psicológico para avaliar defeito cognitivo leve) melhorou e aumentou de 24 para 30 (maior valor possível) durante 17 meses, e ficou estável durante 18 meses. O volume do hipocampo melhorou e passou  do 14º para o 28º percentual para sua idade.

 Seus sintomas melhoraram notavelmente: sua habilidade de soletrar voltou, sua fala melhorou e suas habilidades de fazer compras, cozinhar e trabalhar no computador melhoraram e permaneceram estáveis durante o acompanhamento.

 

PACIENTE 2:


Retirada de https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4221920/.

Um empresário de 69 anos apresentou 11 anos de perda lenta de memória, progressiva, que se acelerou nos últimos dois anos. Em 2002, aos 58 anos, não conseguia se lembrar da combinação da fechadura de seu armário. Em 2003, fez Tomografia por Emissão de Pósitrons de fluoro-desoxiglicose), cuja imagem foi interpretada como um padrão típico para a doença de Alzheimer inicial, estando a utilização de glicose reduzida nos córtices parietotemporais bilaterais e lobos temporais esquerdo e direito, com  a utilização preservada nos lobos frontais, córtices occipitais e gânglios basais. 

Doente de Alzheimer com 69 anos.


Em 2003, 2007 e 2013 fez testes neuropsicológicos quantitativos, que mostraram redução no teste psicológico  California Verbal Learning Test) para 1%, teste de visão de cor Stroop baixo, de 16% , e um teste de memória auditiva, diminuido para 3%. Em 2013, foi considerado heterozigoto para ApoE4 e tinha dificuldade progressiva em reconhecer os rostos dos colegas de trabalho, precisando que seus assistentes lembrassem a programação diária que devia cumprir. Se lembrou de um evento em que leu vários capítulos de um livro antes de perceber que já os tinha lido antes. Além disso, ele perdeu a habilidade que tinha de somar colunas de números rapidamente, de cabeça.

Tinha uma homocisteína de 18 μmol / l (aumentada), Proteina CReativa menor do que 0,5mg / l (sem alteração), e 25-OH colecalciferol (Vit. D3) 28ng / ml 22 (valor ótimo 50 a 80 ng/ml), hemoglobina A1c 5,4% (normal 5,6%), zinco sérico 78mcg / dl( diminuído), cobre sérico 120mcg / dl (normal), ceruloplasmina 25mg (Normal de 22 - 58 mg/dL), pregnenolona 6ng / dl, testosterona 610ng / dl (normal), razão albumina: globulina de 1,3(baixa), colesterol 165mg / dl (normal), HDL 92 (normal),  triglicerídeo 47(baixo), AM cortisol 14mcg / dl (normal para a hora 5,4 a 25 microg/dl), T3 livre 3,02pg / ml(diminuído), T4 livre 1,27 ng / l(diminuído), TSH 0,58mIU / l(normal) e IMC 24,9.

Começou o programa terapêutico do ReCODE e, após 6 meses, sua esposa e colegas de trabalho notaram melhora. Perdeu 5 quilos. Agora era capaz de reconhecer rostos no trabalho e de lembrar da programação diária e era capaz de trabalhar sem dificuldade. Era mais rápido nas respostas. Sua habilidade de somar de cabeça voltou. Para sua esposa a melhora mais notável foi a desaceleração do declínio cognitivo nos dois últimos anos.

O Paciente fez a seguinte terapêutica:

(1)  jejuou por um mínimo de três horas entre o jantar e a hora de dormir, e por um mínimo de 12 horas entre o jantar e o café da manhã seguinte;

(2)    eliminou ​​da dieta açúcar e carboidratos simples (doces, biscoitos, sorvetes, bolos, etc.) e alimentos processados;

(3)    aumentou o consumo de vegetais e frutas e limitou o consumo de peixes aos saudáveis, e o de carne aos ocasionais bifes de boi ou frangos orgânicos;

Diminuiu a quantidade de açúcar e aumentou o consumo de frutas

 

(1)   tomou probióticos;

(2)   tomou óleo de coco; 

(3)   se exercitou intensamente, nadando 3-4 vezes por semana, pedalando 2 vezes por semana e correndo 1 vez por semana;

(4)   tomou melatonina 0,5 mg por dia e tentou dormir cerca de 8 horas por noite, conforme sua programação permitia;

(5)   tomou ervas: Bacopa monniera 250mg/dia, Ashwagandha 500 mg/dia e açafrão 400 mg/ dia;

(6)   tomou metilcobalamina 1 mg/dia, metiltetra-hidrofolato 0,8 mg e piridoxina-5-fosfato 50 mg por dia;

(7)  tomou citicolina 500 mg por dia;

(8)  vitamina C 1g por dia,

(9)   vitamina D3, 5.000UI por dia,

(10) vitamina E 400UI por dia,

(11) CoQ 10 200mg por dia, picolinato de Zn 50mg por dia e ácido α-lipóico 100mg por dia;

(12) Tomou ácido docosahexaenóico 320mg e ácido eicosapentaenóico) 180mg por dia.

 

PACIENTE  3: retirado de 

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4221920/, publicado em 2014.

 

Uma advogada de 55 anos teve perda de memória severa, progressivamente, durante quatro anos. Deixou o fogão aceso ao sair de casa várias vezes. Esquecia as reuniões marcadas ou marcava várias no mesmo dia e hora. Por ser incapaz de lembrar as coisas depois de certo tempo, gravava as conversas e carregava um iPad no qual fazia suas anotações, mas depois esquecia a senha para desbloquear.

                           Gravava as conversas num iPad, e esquecia a senha. 


     Vinha tentando aprender espanhol para utilizar no trabalho, mas não conseguia se lembrar do que tinha  estudado. Não conseguia realizar suas tarefas profissionais e reuniu-se  com os filhos para dizer que deveriam aceitar sua perda de memória.

 Exames realizados: Homocisteína=9,8 μmol/l (aumentada); Proteina C Reativa = 16mg / l (aumentada); o 25-OH colecalciferol(Vit. D3)= 46ng / ml( valor ótimo 50 a 80 ng/ml); hemoglobina A1c = 5,3% (diminuído); pregnenolona= 84ng /dl(normal), DHEA= 169ng /dl (baixa), estradiol= 275pg/ ml(aumentado), progesterona=0,4ng/ml (diminuído), Insulina= 2,7 μIU/ml (normal), cortisol AM =16,3mcg/dl( normal), T3 livre =3,02pg /ml (diminuído), T4 livre= 1,32ng /l, (normal) e TSH = 2,04mIU / l (normal).

     Evolução: Depois de cinco meses não precisava mais do iPad para anotações e de gravar as conversas. Conseguiu trabalhar novamente, aprendeu espanhol e começou a aprender uma nova especialidade jurídica. Seus filhos notaram que ela não se perdia mais no meio da frase, não tinham mais de pensar no que ela lhes cobrava sem ter pedido e que respondia às perguntas que eram feitas com rapidez, sem dificuldades.

Este foi o seu programa terapêutico:

(1) jejuou por um mínimo de três horas entre o jantar e a hora de dormir, e por um mínimo de 12 horas entre o jantar e o café da manhã; 

(2) eliminou carboidratos simples e alimentos processados ​​da dieta; 

(3) aumentou o consumo de vegetais e frutas, limitou o consumo de peixes aos saudáveis e não comia carne;

(4) se exercitou 4-5 vezes por semana;

 (5) tomou Melatonina 0,5 mg/dia e tentou dormir o mais próximo de 8 horas por noite que podia ;

(6)  procurou reduzir o estresse em sua vida com meditação e relaxamento;

 (7) tomou metilcobalamina 1 mg 4x por semana  e piridoxina-5-fosfato 20 mg por dia;

 (8) tomou citicolina 200 mg por dia; 

  (9) tomou vitamina D3, 2.000 UI por dia e

CoQ 10,200mg por dia;

  (10) tomou DHEA 700mg e EPA 500mg;

 (11) seu provedor de cuidados primários prescreveu estradiol bioidêntico com estriol  e progesterona;

 (12) seu médico primário trabalhou com ela para reduzir a bupropiona de 150mg por dia para 150mg 3x por semana.


PACIENTE 4:

Uma médica de 73 anos apresentou história de declínio de memória e problemas na busca de palavras que começaram quase 20 anos antes e se aceleraram no último ano, levando sua companheira  a descrever sua memória como "desastrosa". Ela não conseguia se lembrar de conversas recentes, das peças de teatro que tinha visto e dos livros que tinha lido, e confundia os nomes de pessoas e dos animais de estimação. Teve problemas para encontrar o caminho de volta para a mesa do restaurante depois de usar o banheiro.

A tomografia por emissão de pósitrons com glicose revelou diminuição na utilização de glicose no lobo occipital, bilateralmente, bem como no temporal esquerdo anterior e lateral.

A Tomografia mostrou diminuição da glicose no lobos occipital e temporal esquerdo.

A ressonância magnética revelou atrofia biparietal leve, e diminuição do volume do hipocampo, de 16% para sua idade. Os testes cognitivos a colocaram no 9º percentual para sua idade. O genótipo ApoE4 era negativo e haviam exames alterados: glicose em jejum 90 mg /dl( no limite superior), hemoglobina A1c 5,3%(diminuída), insulina em jejum 1,6 mIU / L (diminuída), homocisteína 14,1 micromoles(aumentada), TSH 4,1 mIU / mL, T3 livre 2,6 pg / mL, T3 reverso 22,6 ng / dL, vitamina B12 = 202 pg/mL, vitamina D3 27,4 ng / mL( diminuida), colesterol total 226 mg / dL(aumentado), LDL 121 mg / dL, HDL 92 mg/dL e mercúrio 7 ng/mL .

Foi tratada com o ReCODE e, ao longo de 12 meses, sua avaliação cognitiva melhorou, passou do 9º para o 97º percentil, e os dados laboratoriais que estavam alterados melhoraram também. Sua parceira notou que sua memória melhorou de "desastrosa" para " péssima" e, depois para "normal". Continua no programa terapêutico mantendo a melhora.

Paciente 5: foi apresentada no livro de Dalesen, “O Fim de Alzheimer”.

Uma psiquiatra de 75 anos desenvolveu dificuldade severa para lembrar novas informações,que progrediu ao longo de dois anos, embora não tivesse dificuldade em organizar, calcular, vestir ou falar. Foi submetida a uma tomografia que mostrou achados típicos da doença de Alzheimer: o volume do hipocampo ficou apenas nos 16% do normal, e sua avaliação cognitiva foi de 9% do normal  para sua idade.

A Tomografia mostrou que o volume do hipocampo era 16% do normal.

Era ApoE4 negativo. Tinha redução dos níveis de vitamina D, pregnenolona, progesterona, estradiol, T3 livre e vitamina B12, além de aumento de Homocisteína. O exame psicológico cognitivo deu um diagnóstico de Prejuízo Cognitivo leve, apontando para pré-Alzheimer.

Ela começou no protocolo ReCODE, e ao longo dos doze meses seguintes, teve melhora acentuada. Sua avaliação cognitiva aumentou de 9% para o 97 % comparando com sua idade. Sua parceira disse que a memória passou de "desastrosa" para " ruim", e finalmente para "normal". Seu acompanhamento mostrou melhoras na vitamina D, na pregnenolone, progesterona, estradiol, T3 livre, vitamina B12 e homocisteína.

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Diante do trabalho consistente do Prof. Bredesen e de sua equipe sobre a Doença de Alzheimer, do qual apresentamos uma síntese,  e que foi um extraordinário avanço para o conhecimento médico, só nos resta admirar e aplaudir seus esforços para fazer a prevenção desta doença, diminuir sua incidência e promover  seu tratamento e sua regressão.


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Agradecemos a valiosa colaboração do Prof. Gilson Vieira, através de sugestões e revisão do texto.

 

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Resumo

 

Paciente 1 : paciente do sexo feminino, 68 anos, em sua conversação habitual começou a falar sem desejar, sílabas e palavras, levando confusão à sua conversa. Teve depressão e foi tratada com antidepressor. Passou a ter dificuldades ao fazer compras, cozinhar, trabalhar no computador e no relacionamento manual com sua neta. Passou a confundir o ponteiro dos minutos com o das horas no relógio e a ter dificuldades para escrever. Passou a esquecer as tarefas diárias como pegar os netos na escola.

Seus exames deram os seguintes resultados: positivo para a apolipoproteína E4 e para uma Tomografia por emissão de pósitrons -PET com amilóide . A Ressonância Magnética mostrou o volume do seu hipocampo diminuído, correspondendo a 14 % da sua idade. A proteína C reativa de alta sensibilidade foi aumentada e a insulina de jejum;  hemoglobina A1c foi próxima do limite superior; a homocisteína foi aumentada; vitamina B12 foi  diminuída;  T3 livre foi diminuída; hormônio estimulador da tireoide -TSH foi diminuído, albumina e globulina foram diminuídas, colesterol total foi diminuído, os triglicerídeos diminuídos, zinco sérico diminuído e diversos outros exames alterados. Foi feito diagnóstico de deficiência cognitiva leve (MCI).

Começou o tratamento com uma dieta cetogênica leve, predominando frutas e verduras, restrição de açúcar e de proteinas. Seu MOCA (MOntreal Cognitive Assesteman) logo melhorou e aumentou de 24 para 30 e ficou estável durante 18 meses. O volume do hipocampo aumentou do 14º para o 28º percentual para sua idade. Os sintomas melhoraram e sua habilidade de soletrar voltou, a fala melhorou, assim como suas habilidades de fazer compras, cozinhar e trabalhar no computador que permaneceram estáveis durante o acompanhamento.

 

Paciente 2 : Um empresário de 69 anos apresentou 11 anos de perda lenta de memória, acelerada nos últimos dois anos. Em 2002, aos 58 anos, ele não lembrava da combinação da fechadura de seu armário. Em 2003, fez Tomografia por Emissão de Pósitrons de fluoro-desoxiglicose, que foi interpretada como padrão típico da doença de Alzheimer inicial, com utilização da glicose reduzida nos córtices parietotemporais bilateralais e lobos temporais esquerdo e direito, mantendo a utilização preservada nos lobos frontais e outras áeas. 

Em 2003, 2007 e 2013 fez testes neuropsicológicos quantitativos, que mostraram uma redução no CVLT (California Verbal Learning Test) de 84%  para 1% , um teste de visão de cor Stroop baixo, a 16% , e um de memória auditiva, que foi retardada a 13%. Em 2013, foi considerado positivo para ApoE4 e tinha dificuldade progressiva em reconhecer os rostos dos colegas de trabalho precisando ser lembrado da programação diária que devia cumprir. Certa vez leu vários capítulos de um livro antes de perceber que já os tinha lido antes. Perdeu a habilidade que tinha de somar colunas de números rapidamente, de cabeça.

Seus exames deram os seguintes resultados: homocisteína , aumentada, Proteina CReativa sem alteração, e 25-OH colecalciferol, baixa, hemoglobina A1c, baixa, zinco, diminuído, cobre sérico normal, ceruloplasmina normal , pregnenolona, baixa, testosterona normal, razão albumina/ globulina baixa, colesterol normal, HDL normal,  triglicerídeo baixo, AM cortisol normal , T3 livre diminuído, T4 livre, diminuído, TSH normal e IMC , no limite.

Ele começou o programa terapêutico do ReCODE e, após seis meses, sua esposa e colegas de trabalho notaram melhora. Perdeu 5 quilos. Agora era capaz de reconhecer rostos no trabalho, de lembrar sua programação diária e capaz de trabalhar sem dificuldade. Era mais rápido nas respostas. Sua habilidade de somar de cabeça, que havia perdido, voltou. Para sua esposa a melhora mais notável foi a desaceleração do declínio cognitivo nos dois últimos anos.

O Paciente fez a seguinte terapêutica: 1. Jejuou por um mínimo de três horas entre o jantar e a hora de dormir, e por um mínimo de 12 horas entre o jantar e o café da manhã seguinte;2. Eliminou ​​da dieta açúcar e carboidratos simples (doces, biscoitos, sorvetes, bolos, etc.) e alimentos processados; 3. Aumentou o consumo de vegetais e frutas e limitou o consumo de peixes aos saudáveis, e o de carne a ocasionais bifes de boi ou frangos orgânicos; 4- tomou probióticos; 5- tomou óleo de coco;

6- se exercitou intensamente, nadando 3-4 vezes por semana, pedalando 2 vezes por semana e correndo 1 vez por semana;7- tomou melatonina 0,5 mg por dia e tentou dormir cerca de 8 horas por noite, conforme sua programação permitia;8- tomou ervas Bacopa monniera 250mg/dia, Ashwagandha 500 mg/dia e açafrão 400 mg/ dia;9-  tomou metilcobalamina 1 mg/dia, metiltetra-hidrofolato 0,8 mg e piridoxina-5-fosfato 50 mg por dia;

10- tomou citicolina 500 mg por dia; 11- e vitamina C 1g por dia, vitamina D3, 5.000UI por dia, vitamina E 400UI por dia, CoQ 10 200mg por dia, picolinato de Zn 50mg por dia e ácido α-lipóico 100mg por dia; 12- Tomou ácido docosahexaenóico 320mg e ácido eicosapentaenóico) 180mg por dia.

 

Paciente 3 : Uma advogada de 55 anos sofreu perda de memória severa, durante quatro anos. Deixava o fogão aceso ao sair de casa várias vezes. Esquecia as reuniões marcadas ou marcava várias no mesmo dia e hora . Por ser incapaz de lembrar as coisas depois de certo tempo, gravava as conversas e carregava um iPad no qual fazia suas anotações, mas depois esquecia a senha. Vinha tentando aprender espanhol para usar no trabalho, mas não conseguia se lembrar do estudado. Não conseguia realizar seu trabalho e sentou-se com os filhos para dizer-lhes que deveriam aceitar sua perda de memória.

 Exames realizados: Homocisteína,aumentada); Proteina C Reativa aumentada; o 25-OH colecalciferol(Vit. D3), diminuída; hemoglobina A1c diminuída; pregnenolona, normal, DHEA, baixa), estradiol aumentado, progesterona diminuída, Insulina, normal, cortisol AM , normal , T3 livre diminuído, T4 livre, normal e TSH , normal.

Evolução: Depois de cinco meses no programa terapêutico, viu que não precisava mais do iPad para anotações e nem gravar as conversas. Conseguiu trabalhar novamente como antes, aprendeu espanhol e começou a aprender uma nova especialidade jurídica. Seus filhos notaram que ela não se perdia mais no meio da frase, não pensavam mais no que ela lhes dizia ter pedido  sem ter pedido e que ela respondia às perguntas que lhe eram feitas com rapidez e a memória normal.

Este foi o seu programa terapêutico: (1) jejuou por um mínimo de três horas entre o jantar e a hora de dormir, e por um mínimo de 12 horas entre o jantar e o café da manhã; 

(2) eliminou carboidratos simples e alimentos processados ​​da dieta; 

(3) aumentou o consumo de vegetais e frutas, limitou o consumo de peixes aos saudáveis e não comia carne;

(4) se exercitou 4-5 vezes por semana;

 (5) tomou melatonina 0,5 mg/dia e tentou dormir o mais próximo de 8 horas por noite;

(6)  procurou reduzir o estresse em sua vida com meditação e relaxamento;

 (7) tomou metilcobalamina 1 mg 4x / semana  e piridoxina-5-fosfato 20 mg por dia;

 (8) tomou citicolina 200 mg por dia; 

(9) ela tomou vitamina D3 2.000 UI por dia e CoQ 10 200mg por dia;

(10) tomou DHEA 700mg e EPA 500mg;

 (11) seu provedor de cuidados primários prescreveu estradiol bioidêntico com estriol  e progesterona;

 (12) seu médico primário trabalhou com ela para reduzir a bupropiona que tomava de 150mg por dia para 150mg 3x / sem.

 

PACIENTE 4:

Uma médica de 73 anos apresentou histórico de declínio de memória e problemas de busca de palavras que começaram quase 20 anos atrás, e que se aceleraram no último ano, levando sua companheira  a descrever sua memória como "desastrosa". Ela não conseguia se lembrar de conversas recentes, das peças que tinha visto, dos livros que tinha lido, e confundia os nomes de pessoas e animais de estimação. Teve problemas para navegar, até para encontrar o caminho de volta para a mesa do restaurante depois de usar o banheiro.

A Tomografia por Emissão de Pósitrons com fluorodeoxiglicose revelou  diminuição da utilização de glicose no lobo occipital, bilateralmente, bem como no temporal esquerdo anterior e lateral.

A Tomografia mostrou diminuição na utilização de glicose no lobo occipital e no temporal esquerdo.

A ressonância magnética revelou atrofia biparietal leve, com diminuição do volume do hipocampo (16% do normal para sua idade). Os testes cognitivos online corresponderam ao 9º percentual para sua idade. O genótipo ApoE4 era negativo, e haviam exames anormais: glicose em jejum no limite superior, hemoglobina A1c diminuída, insulina em jejum diminuída, homocisteína aumentada; TSH no limite superior; T3 livre, aumentado;T3 reverso normal; vitamina B12 diminuida; vitamina D3 diminuida; colesterol total aumentado; LDL aumentado; HDL aumentado  e mercúrio, normal.

Foi tratada com a abordagem do ReCODE e, ao longo de 12 meses, sua avaliação cognitiva on-line melhorou, passou do 9º para o 97º percentil, e os dados laboratoriais que estavam alterados melhoraram também. Sua parceira notou que sua memória melhorou de "desastrosa" para " péssima" e, depois para "normal". Ela continua no programa terapêutico e manteve sua melhora.

Paciente 5 : foi apresentada no livro de Dalesen,pg ...

Uma psiquiatra de 75 anos desenvolveu dificuldade para lembrar novas informações, que progrediu ao longo de dois anos, mas não tinha dificuldade em organizar, calcular, vestir ou falar. Foi submetida a uma tomografia que mostrou achados típicos da doença de Alzheimer: o volume do hipocampo ficou apenas nos 16% do normal, e sua avaliação cognitiva on-line foi de 9% do esperado para sua idade.

A Tomografia mostrou que o volume do hipocampo era 16% do normal.

Era ApoE4 negativo. Tinha redução dos níveis de vitamina D, pregnenolona, progesterona, estradiol, T3 livre e vitamina B12, além de aumento de Homocisteína. O exame psicológico cognitivo mostrou diagnóstico de Prejuízo Cognitivo leve, apontando para pré-Alzheimer.

Ela começou no protocolo ReCODE, e ao longo dos doze meses seguintes, ela teve melhoria acentuada. Melhorou e a avaliação cognitiva aumentou de 9% para o 97 % . Seu acompanhamento laboratorial mostrou melhorias na vitamina D, pregnenolone, progesterona, estradiol, T3 livre, vitamina B12 e homocisteína.


REFERÊNCIAS E LINKS


1. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4221920/

2.      https://www.researchgate.net/publication/329063941_Reversal_of_Cognitive_Decline_100_Patients

 3. Bredesen, D., The End of Alzheimer's: The First Program to Prevent and Reverse Cognitivo Decline

Imagens: Pixabay.com, Gettyimage.com e Unsplash.com