sábado, 7 de agosto de 2021

83- QUAL A IMPORTÂNCIA DO APEGO?

 

Esta página se destina a divulgar informações sobre Educação das Emoções e Educação da Atenção. Baseia-se em livros e pesquisas realizadas por Universidades, sobre Neurociências, Medicina e Psiconeuropedagogia.

Os posts refletem a experiência de dezenas de anos de trabalho do Autor em instituições educacionais de ensino superior e médio, e da publicação de vários livros e monografias sobre os temas. O material deste blog é exclusivamente informativo e sem finalidade terapêutica, que deve ser feita por médicos e psicólogos.

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No Post 63 está a relação dos posts publicados e suas datas.

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                                        Leitura em     20 minutos

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Aproveite ao máximo as coisas boas que tiver na vida!

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Neste post você verá o que é o Apego, quais seus elementos, o que são  Comportamentos de Apego, os Modelos Internos de Funcionamento da Mente, os Padrões  e as Manifestações de Apego. E a diferença entre apego seguro e inseguro, e do apego na criança, na adolescência e adulto, e como avaliar seu apego.

O que é o Apego?

                O Apego é um sentimento de atração que liga uma pessoa a outra  ou a um objeto (dinheiro, carro, casa, clube de futebol, etc.).

Seus principais elementos são:

Comportamentos de Apego: são as ações realizadas durante o ato do apego;

● Modelos Internos de Funcionamento Mental: são representações mentais das experiências realizadas, relacionadas com as percepções do ambiente, de si mesmo e da figura de apego;

● Padrões de Apego: são formas de reagir no apego, como por exemplo o apego seguro e o inseguro;

Manifestações de Apego, na infância, na adolescência e na vida adulta.

 

O papel do apego na vida humana envolve o conhecimento de que uma figura de apego está disponível a uma pessoa, que é capaz de oferecer respostas às suas necessidades e proporcionar-lhe um sentimento de segurança, que fortifica a relação.

O apego envolve uma figura (no caso o Pai) que satisfaz às

necessidades de uma pessoa (filho) e fortifica e à relação.

 

Os Modelos Internos de Funcionamento descrevem as representações mentais que guiam a quem se apega (por exemplo um filho), com a finalidade de prever e interpretar o comportamento da pessoa à qual ele se apega (Mãe por exemplo). Para conquistar o apego a pessoa que o deseja pode afagar o outro, fazer um carinho, dar um beijo, dirigir-lhe um sorriso, etc.

 

Para Bowlby os modelos internos de funcionamento se relacionam com:

1. A disponibilidade sentimental da figura de apego;

2. A probabilidade de receber apoio da figura de apego quando estiver precisando e

3. Da forma como a figura de apego reage.

(http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672005000100003, J. Dalbem et al.). 

O Modelo Interno de Funcionamento do Apego deve  conter como a figura

 de apelo agirá quando solicitada.

 

Dois pesquisadores fizeram as pesquisas iniciais sobre o Apego: John Bowlby,  que estudou os efeitos do cuidado materno sobre as crianças nos  primeiros anos de vida, e Mary Ainsworth  que  investigou os fatores determinantes da proximidade e intimidade de crianças com as mães. Para  ela, o modelo de funcionamento na primeira infância sofre a influência dos cuidadores primários (pais ou substitutos) e está ligado ao temperamento e a fatores genéticos da criança.

Uma pessoa tem apego quando se sente atraído e estabelece um vínculo com outra. O apego de uma criança com a Mãe tem uma base emocional, responsável por sua ligação e aproximação com ela, e uma base cognitiva, responsável pelo conhecimento da existência da Mãe. Um fator que determina o apego da criança com a Mãe, é sua necessidade de sobrevivência, pois ela vê na Mãe uma fonte de alimentação e de carinho.

                                      Mãe amamentando filho.

 

      Significado do Apego: ele é importante na vida humana pois traz para o apegado uma figura disponível, que pode responder às suas necessidades, e a quem ele se liga por meio de sentimentos que fortificam o vínculo, inclusive os de segurança e de confiança.

O Comportamento de Apego se refere às ações da pessoa para alcançar e manter a proximidade com a figura de apego, que ele considera útil para lidar com o mundo. Este comportamento vem de um impulso do indivíduo, evolui ao longo da sua vida, e lhe permite melhor adaptação ao ambiente.

O comportamento de apego não visa apenas o prazer, pois há crianças que se apegam a figuras parentais que as maltratam. Há crianças que desenvolvem o comportamento de apego com cuidadores que atendem às suas necessidades fisiológicas e as tratam bem, e outras que desenvolvem o apego mesmo quando são maltratadas, mostram as pesquisas.

O comportamento de apego se apresenta de várias formas. Sob a forma ativa, como procurar ou seguir o cuidador, ou sob a forma de sinais, como sorrir ou conversar. Também se manifesta de forma aversiva, como chorar ou reagir a situações que são desagradáveis. Tais comportamentos são observados tanto em crianças, como em adolescentes e adultos (http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672005000100003, J. Dalbem et al).

 

Outro elemento do Apego é o modelo interno de funcionamento, que é construído na infância e utilizado  também na adolescência e na vida adulta. Este modelo espelha a forma como ela foi cuidada, bem ou mal, e nele a criança constrói uma representação interna de si mesma, que, quando internalizada, lhe   permite, acreditar ou não em si mesma durante a vida. Quando este sentimento é de segurança em relação aos cuidadores, permite-lhe à criança ser  independente e capaz de exercitar bem sua liberdade.

                A criança que construiu apego seguro cresce independente e confiante em si.

O "projeto" interno construído pelo indivíduo no seu Modelo de Funcionamento é baseado nas suas primeiras experiências com as figuras de apego. Esta imagem interna é a base para seus relacionamentos do futuro, e sua influência aparece nas primeiras interações com pessoas diferentes das figuras de apego, que estará presente em suas ações interpessoais significativas. Se o sentimento tiver sido de segurança em relação aos cuidadores, ela terá confiança em si própria e será independente. (http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672005000100003, J. Dalbem et al).

Que é Apego Seguro e Inseguro?

        Ainsworth classificou os apegos em seguros e inseguros. Crianças com  apego seguro interagiram bastante com suas mães, confiam nelas e em si mesmas ao explorar o ambiente, e quando ameaçadas sentem pouco medo. Elas tomam como base para suas relações, as relações seguras e não abusivas que tiveram com seus cuidadores (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3051370/).

 

Crianças que interagem muito com as mães, têm apego seguro e confiam em si.

            O padrão seguro de comportamento corresponde ao relacionamento cuidador-criança provido de uma base segura, em que a criança explora seu ambiente com liberdade, entusiasmada e motivada. Ao ficar estressada, ela sente a ameaça como desafio e confia que vai obter cuidado e proteção da figura de apego. O cuidador age cooperando com a criança, dá instruções claras e seguras e orienta suas ações encorajando sua independência. A criança segura, quando se separa do cuidador, fica ressentida, mas não se abate exageradamente, como as crianças inseguras. (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3051370/).

         As crianças com apego inseguro não têm segurança e confiança em si mesmas ao explorar o ambiente, porque tiveram pouca interação com as mães, e as relações podem ter sido abusivas. Crianças humilhadas, oprimidas ou ridicularizadas pelos cuidadores perdem a confiança em si mesmas e são inseguras, medrosas.

 

Crianças humilhadas, oprimidas ou ridicularizadas pelo Pai

perdem a confiança em si mesmas e são inseguras.

O apego da criança com os pais começa com sinais físicos emitidos pelo bebê, que necessitam da proximidade dos pais para serem transmitidos. Com o passar do tempo é criado um vínculo cognitivo e emocional entre a criança e os pais, que vão conhecendo-a e gostando mais dela, baseados  na sensibilidade e responsabilidade deles.


O apego da criança com os pais começa com sinais físicos emitidos pelo bebê, que para serem percebidos necessitam da proximidade paterna.

J. Bowlby  considerou o apego um mecanismo básico dos seres humanos, e que ele é um comportamento programado, semelhante à  alimentação e ao sexo. Para ele, o apego é um sistema de controle semelhante a outros sistemas comportamentais.


Como é o Apego dos adolescentes e

adultos?

Um dos pressupostos básicos da Teoria do Apego é que as primeiras relações estabelecidas na infância, afetam o estilo de apego que o indivíduo terá quando for adolescente e adulto.

Os adolescentes não se identificam com  nenhuma pessoa em particular em termos de apego, no presente ou no passado, e o seu o apego é investigado em sua história global, através de suas descrições, do seu comportamento e dos comportamentos de suas figuras de apego.

 Com base nestes dados os pesquisadores identificaram quatro padrões de apego no adolescente e no adulto:

1. Apego seguro ou autônomo: corresponde ao apego seguro da criança e não se identifica com nenhuma figura de apego específica, do presente ou do passado.

2- Apego evitativo ou desapegado: corresponde ao apego inseguro da criança. Seus portadores apresentam relatos falhos nas histórias de suas infâncias ao reconstruir suas memórias e negam ou minimizam as  dificuldades que experimentaram em suas experiências.

 

3 - Apego preocupado ou ansioso: o portador faz um relatório confuso de suas experiências tempestuosas e conflitantes. É inábil para se colocar nas situações infantis que descreve e não faz uma descrição coerente delas. Tem dificuldade para compreender as origens das emoções que o preocupam.

 

4- Apego desorganizado ou desorientado: o portador relata sua história de apego com sinais graves de desorganização e desorientação, principalmente quando perguntado sobre traumas ou perdas importantes.

(http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672005000100003)

Os portadores do apego desorganizado negam as dificuldades experimentadas.

 

O Apego deve ter um limite?

 

Deve sim. Tanto o apego a uma pessoa quanto o apego a uma coisa material. Nada demais, é bom. Nas grandes paixões o apaixonado tem um apego exagerado ao parceiro (a) e quer estar sempre próximo dele (a), pois para viver depende dele(a). A pessoa muito dependente tem dificuldades para tocar sua vida normal, e tem prejuízo em suas atividades, em casa, na escola, no trabalho e nas relações sociais. Ela pensa obsessivamente no amado(a)..


Como avaliar seu Apego?


Instruções:

Este questionário utiliza 12 questões para avaliar seu Apego. Se a afirmativa que escolher ocorrer “sempre ou quase sempre”, responda “S” e se ela ocorrer “nunca ou raramente”, responda   “N”, adiante da linha colocada no fim da questão.  Não há resposta “certa” ou “errada”. O que importa é sua experiência. Leia as questões com atenção e responda com calma.

 

Questões :

 

1.Eu me ligo facilmente a outras pessoas através das emoções. ___ 

 

2. Contar com minha (meu) parceira(o) quando preciso me ajuda muito. ­___ 

 

3. Fico preocupado quando estou com minha parceira (o) e ela (ele) não me dá a atenção que acho que devia dar. __

 

4.  Eu recorro à minha parceira(o) para muitas coisas, inclusive para me sentir emocionalmente seguro. ___

 

5. Eu prefiro deixar que minha parceira (o) decida sozinha (o) as coisas por mim. ___ 

6.  É difícil para mim deixar minhas “paredes emocionais” caírem, e que os outros me acessem. ___ 

7.  Muitas vezes deixo de fazer o que quero e faço o que minha parceira (o) quer, só para agradá-la (o). ___  

 

8. Habitualmente evito muita proximidade afetiva com minha parceira(o) ___

9. Quando estou em um relacionamento com uma pessoa e ele tende a ficar mais íntima, procuro me afastar. ___ 

10. Quando há tendência de depender de outras pessoas, isto não me agrada e procuro terminar o relacionamento. ___ 

11. Gosto mais quando meu parceiro depende muito de mim. ___ 

12. Não acho que ter muitos apegos na vida nos ajuda a viver melhor. ___

 
RESULTADO:

Para saber como está seu Apego dê 1 ponto para cada resposta positiva (S) nas questões número 1, 2, 4, 6, 8 e 11 ;  e 1 ponto para cada resposta negativa (N) nas questões número 3, 5, 7, 9, 10 e 12 . Seu escore é a soma dos pontos das respostas positivas (S), com a soma dos pontos das negativas (N). Se, por exemplo, a soma dos seus pontos positivos for 5 e a dos negativos for 2, seu escore será 7.

 

Avaliação do resultado:

 

♦ Uma pontuação entre 1 e 4 indica que seu Apego não está bem e deve se esforçar para melhorar.

♦ A pontuação entre 5 e 8 indica que seu Apego precisa ser melhorado.

♦ Para uma pontuação entre 9 e 12 você está de parabéns porque seu Apego está bom.

 

NOTA: O apego excessivo é maléfico, como já foi visto. Deve haver equilíbrio entre o apego e o desapego, de modo que a pessoa tenha sua independência respeitada, e possa fazer com equilíbrio suas atividades habituais. 

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 Agradecemos a valiosa colaboração do Prof. Gilson Vieira, através de sugestões e da revisão do texto.

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RESUMO

 

1.O Apego é um sentimento de atração que liga uma pessoa a outra  ou a um objeto (dinheiro, carro, casa, clube de futebol, etc.). Seus principais elementos são: o comportamento de apego: ações realizadas durante o ato do apego; Modelos Internos de Funcionamento do apego; os Padrões de Apego: formas de agir no apego, como forma segura ou insegura; as Manifestações de Apego, na infância, adolescência e vida adulta.

 

2. O papel do apego envolve o conhecimento que uma figura de apego está disponível a outra pessoa, que é capaz de oferecer respostas às suas necessidades, e proporcionar-lhe um sentimento de segurança.

 

3. Os Modelos Internos de Funcionamento descrevem as representações mentais que guiam a quem se apega, com a finalidade de prever o comportamento da pessoa à qual ele se apega. Para conquistar o apego a pessoa pode fazer um carinho, dar um beijo, dirigir um sorriso, etc.

 

4. Para Bowlby os modelos internos de funcionamento se relacionam com  a disponibilidade sentimental da figura de apego; a probabilidade de receber apoio da figura de apego quando precisar e com a forma como a figura de apego reage.

 

5.  Dois pesquisadores fizeram as pesquisas iniciais sobre o Apego: John Bowlby, que estudou os efeitos do cuidado materno sobre as crianças nos  primeiros anos de vida e Mary Ainsworth,  que  investigou os fatores determinantes da proximidade e intimidade de crianças com as mães. Para  ela, o modelo de funcionamento na primeira infância sofre a influência de seus cuidadores primários (pais ou substitutos) e está ligado a seu temperamento e a fatores genéticos.

 

6. O apego de uma criança com a Mãe tem uma base emocional, responsável por sua ligação e aproximação com ela, e uma base cognitiva, responsável pelo conhecimento da existência da Mãe. Um fator que determina o apego da criança com a Mãe, é sua necessidade de sobrevivência, pois ela vê na Mãe uma fonte de alimentação e carinho.

 

7. Significado do Apego: ele é importante na vida humana pois traz para o apegado uma figura disponível, que pode responder às suas necessidades, e a quem ele se liga por meio de sentimentos que fortificam o vínculo, inclusive os de segurança.

 

8. O Comportamento de Apego se refere às ações da pessoa para alcançar e manter a proximidade com a figura de apego. Este comportamento evolui ao longo da sua vida, e lhe permite melhor adaptação a ela. Há crianças que desenvolvem o comportamento de apego com cuidadores que atendem às suas necessidades e as tratam bem, e outras que desenvolvem o apego mesmo quando maltratadas, mostram as pesquisas.

 

9. O comportamento de apego se apresenta de várias formas. Sob a forma ativa, quem se apega procura ou segue o cuidador, ou emite  sinais, como sorrir ou conversar. Também se manifesta de forma aversiva, como chorar ou reagir a situações desagradáveis. Tais comportamentos são observados em crianças, adolescentes e adultos.

 10. Outro elemento do Apego é o modelo interno de funcionamento, que é construído na infância e manifestado também na adolescência e vida adulta. Este modelo espelha a forma como quem se apega  foi cuidado e a criança constrói uma representação interna de si mesma, que internalizada, lhe   permite, acreditar ou não em si própria durante sua vida. Quando este sentimento é de segurança em relação aos cuidadores, permite-lhe ser independente e capaz de exercitar bem a liberdade.

 11. O "projeto" interno construído pelo indivíduo no 

Modelo de Funcionamento é baseado nas suas primeiras experiências com as figuras de apego. Esta imagem interna é a base para seus relacionamentos do futuro, e sua influência aparece nas primeiras interações com pessoas diferentes das figuras de apego, e estará presente em suas ações interpessoais significativas. Se o sentimento tiver sido de segurança em relação aos cuidadores, ela terá confiança em si própria e será independente.

 

12. Ainsworth classificou os apegos em seguros e inseguros. Crianças com apego seguro interagiram bastante com suas mães, confiam nelas e em si mesmas ao explorar o ambiente, e quando ameaçadas sentem pouco medo. Elas tomam como base para suas relações, as relações seguras e não abusivas que tiveram com seus cuidadores.

13. O padrão seguro de comportamento corresponde ao relacionamento cuidador-criança provido de uma base segura, em que a criança explorou seu ambiente com liberdade, entusiasmada e motivada. Ao ficar estressada, sente a ameaça como desafio e confia que vai obter cuidado e proteção da figura de apego. O cuidador age cooperando com a criança, dá instruções claras e seguras e orienta suas ações encorajando sua independência. A criança segura, quando separada do cuidador, fica ressentida, mas não se abate exageradamente, como as inseguras.

    14.  As crianças com apego inseguro não têm confiança em si mesmas ao explorar o ambiente, porque tiveram pouca interação com as mães, e as relações podem ter sido abusivas. Crianças humilhadas, oprimidas ou ridicularizadas pelos cuidadores perdem a confiança em si mesmas e são inseguras, medrosas.

15. O apego da criança com os pais começa com sinais físicos emitidos pelo bebê, que necessitam da proximidade com os pais para serem transmitidos. Com o passar do tempo é criado um vínculo cognitivo e emocional entre a criança e os pais, que se baseia na sensibilidade e responsabilidade dos cuidadores.

 

16.    J. Bowlby  considerou o apego um mecanismo básico dos seres humanos, e um comportamento programado, semelhante à  alimentação e ao sexo. Para ele, o apego é um sistema de controle semelhante a outros sistemas comportamentais.

17.     Um dos pressupostos básicos da Teoria do Apego é que as primeiras relações estabelecidas na infância, afetam o estilo de apego que o indivíduo terá quando adolescente e adulto.

 

18.     Os adolescentes não se identificam com  nenhuma pessoa em particular em termos de apego, no presente ou no passado. Neles, o apego é investigado em sua história global, através de suas descrições, tanto seu comportamento quanto os comportamentos de suas figuras de apego.

19. Com base nestes dados os pesquisadores identificaram quatro padrões de apego no adolescente e no adulto: 1. Apego seguro ou autônomo: corresponde ao apego seguro da criança e não se identifica com nenhuma figura de apego específica, do presente ou do passado2- Apego evitativo ou desapegado: corresponde ao apego inseguro da criança. Seus portadores apresentam relatos falhos nas histórias de suas infâncias ao reconstruir suas memórias e negam ou minimizam as dificuldades que experimentaram em suas experiências. 

3 - Apego preocupado ou ansioso: o portador faz um relatório confuso de suas experiências tempestuosas e conflitantes. É inábil para se colocar nas situações infantis que descreve e não faz uma descrição coerente delas. Tem dificuldade para compreender as origens das emoções que o preocupam. 4- Apego desorganizado ou desorientado: o portador relata sua história de apego com sinais graves de desorganização e desorientação, principalmente quando perguntado sobre traumas ou perdas importantes.

20. O Apego deve ter um limite, tanto a uma pessoa quanto a uma coisa. Nas grandes paixões o apaixonado tem um apego exagerado ao parceiro e quer estar sempre próximo dele. A pessoa muito dependente tem dificuldades para tocar sua vida, em casa, na escola, no trabalho e nas relações sociais.

21. Faça sempre uma avaliação de seu apego.


LINKS E REFERÊNCIAS

1. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672005000100003, J. Dalbem et al.

2. (http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672005000100003, J. Dalbem et al).

3. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3051370/

4. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3051370/.    5. (http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672005000100003


       IMAGENS: PIXABAY. COM

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