sexta-feira, 15 de novembro de 2019

61 - QUE SÃO EMOÇÕES AUTOCONSCIENTES?

Informações:

Recebemos da Academia de Educação da Califórnia, pelo e-mail Academia.edu premium@academia-mail.com, mensagens informando que:
1. O nome "Jair Santos" é mencionado entre os quatro (4) autores mais lidos, dentre os cem (100) mais consultados da Academia (em 16-10-19).
2. Existem 238 (duzentas e trinta e oito) citações de “Jair Santos” nas pesquisas constantes da biblioteca da Academia (em 5-11-19).

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Esta página se destina a divulgar, informações sobre Educação das Emoções e Educação da Atenção. Baseia-se em livros e pesquisas realizadas por Universidades, sobre Neurociências, Medicina e Psiconeuropedagogia.
Os posts refletem a experiência de dezenas de anos de trabalho do Autor em instituições educacionais de ensino superior e médio, e da publicação de vários livros e monografias sobre os temas. O material deste blog é exclusivamente informativo e não tem finalidade terapêutica, que deve ser feita por médicos e psicólogos.
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No Post 30 está a relação dos posts publicados e suas datas.
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                                        Leitura em 21 minutos

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Aproveite ao máximo as coisas boas que tiver na vida!
                                                            
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Neste post você verá o conceito de Emoção Autoconsciente, as principais características delas, exemplos, quais seus benefícios e malefícios, suas causas, como lidar com elas e como o cérebro é ativado nelas.

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Que é Emoção Autoconsciente?

Recentemente um grupo de pesquisadores liderados por Tracy  e Robbins propôs uma classificação das emoções em dois grupos: as emoções básicas e as emoções autoconscientes. Consideraram que as emoções  surgem em momentos diferentes da evolução humana: as básicas mais precocemente e as autoconscientes mais tardiamente, além de outros fatores.

O grupo das emoções básicas (raiva, medo, tristeza, alegria, nojo e desprezo) surge antes dos dois anos de vida, sendo universais e dotadas de expressões faciais próprias    (Damásio, O erro de Descartes), como mostram as figuras abaixo:
                                                             
         O outro grupo é o das Emoções Autoconscientes, um tipo de emoção de cuja elaboração participam tanto a consciência da pessoa, quanto o modo como ela se acha vista pelos outros. 
        
         Enquanto as emoções básicas  aparecem automaticamente e apresentam menor processamento cognitivo, as emoções autoconscientes são mais complexas e delas participam a auto reflexão e a autoavaliação da pessoa. São exemplos a vergonha, culpa e orgulho, dentre outras, e desempenham papel importante na motivação e na regulação dos pensamentos, sentimentos e comportamentos das pessoas.


Na Emoção Autoconsciente a pessoa reflete sobre si mesma.

Na Emoção Autoconsciente a pessoa reflete sobre si mesma, avalia como se percebe e como os outros lhe percebem, levando em conta sua reação e a reação dos outros. Ela analisa seu comportamento e seu corpo, comparando-os com os dos outros, e verifica se sua conduta respeita as normas e expectativas por ela adotadas.

      Um exemplo é a Vergonha que a pessoa tem de si mesma, porque desrespeitou as normas de conduta por ela estabelecidas ou por ter um defeito no corpo, um braço amputado ou uma mancha branca no rosto (vitiligo).


A emoção autoconsciente surge se a pessoa compara o corpo com os outros.


Mas a emoção autoconsciente pode aparecer  também quando a pessoa achar seu comportamento reprovável, como quando se sente culpada por ter agido de modo reprovável.


A emoção autoconsciente surge se o indivíduo se sente culpado.

O que caracteriza uma Emoção  

Autoconsciente?


Para Tracy e Robbins as emoções autoconscientes possuem as seguintes características:

1. Para haver uma emoção autoconsciente é preciso que a pessoa tenha autoconsciência e seja capaz de construir auto-representações em sua mente. A percepção de seu Eu (self) deve incluir o sentimento continuo da autoconsciência e as auto-representações que compõem sua identidade, desde sua cognição até suas relações  sociais, que lhe permitam fazer sua auto-avaliação. Isto as diferencia das emoções básicas (https://pdfs.semanticscholar.org/6a79/ca9efd7fcd59c349a02125c3960ce4df3e01.pdf).
As auto-representações mostram como o indivíduo se percebe em relação a pessoas próximas (como um parceiro romântico), em trabalhos de grupos  (como professor, aluno ou amigo) e nos grupos coletivos mais amplos, como mulher ou homem.

2. O aparecimento das emoções autoconscientes ocorre na infância, depois que surgem as básicas.
 As básicas aparecem geralmente nos primeiros 9 meses de vida, e os sentimentos considerados como forma precoce de Constrangimento se desenvolvem entre 18 a 24 meses. As emoções mais complexas, como vergonha, culpa e orgulho, surgem até o final do terceiro ano de vida. 
                 As Emoções Autoconscientes se desenvolvem até os 18 a 24 meses.

3. As emoções autoconscientes facilitam alcançar objetivos sociais complexos.
Acredita-se que elas facilitem a sobrevivência e a reprodução: para alcançar as metas sociais de manter e aprimorar o status social do indivíduo, como a de prevenir sua rejeição no grupo. Os seres humanos vivem numa estrutura social constituída por  camadas hierárquicas sobrepostas, que podem ser verdeiras castas e suas sobrevivências podem depender de suas capacidades de superar problemas sociais.

Nas sociedades primitivas, os melhores caçadores nem sempre eram os melhores guerreiros e   cada grupo tinha  suas castas próprias. Era importante para a sobrevivência do indivíduo sua cooperação, no grupo e fora dele, contribuindo para o bom funcionamento social , como por exemplo: não trair; ajudar a identificar trapaceiros; lidar com a competição intragrupal, principalmente a sexual, além de ajudar a resolver outros problemas.

Nestas sociedades era importante a cooperação do indivíduo para a sobrevivência e  manutenção do grupo e as emoções autoconscientes se desenvolveram para facilitar o alcance dos objetivos sociais. Elas promovem comportamentos que estimulam a estabilidade do grupo, a afirmação dos papéis e status sociais e a divisão do trabalho social.

Por exemplo, a Vergonha promove comportamentos de apaziguamento e integração depois de uma transgressão social; a culpa, gera pedidos de  desculpas depois de uma agressão, com reaproximação das pessoas. De outro lado está o orgulho arrogante,  em alguém que teve seu sucesso socialmente valorizado, que pode afastar pessoas e criar inimizades.
                   O orgulho arrogante pode afastar pessoas e criar inimizades.

4. As emoções autoconscientes apresentam expressões faciais discretas e não são universais. Diferem das emoções  básicas, que têm expressões faciais universalmente reconhecidas. No orgulho e na vergonha há uma postura corporal e movimentos da cabeça para cima ou para baixo, e no constrangimento pode haver  expressão facial. Pesquisas recentes indicam que o orgulho e a vergonha podem ser universalmente reconhecidas (https://pdfs.semanticscholar.org/6a79/ca9efd7fcd59c349a02125c3960ce4df3e01.pdf).

 5. O processo de cognição nas emoções autoconscientes é mais complexo do que nas emoções básicas.
Para sentir medo, o indivíduo precisa de pouca capacidade cognitiva,   bastando avaliar um evento como ameaçador para sua sobrevivência. Mas para sentir  Vergonha, precisa ser capaz de formar na mente representações estáveis dos eventos que ocorrem, de fazer a observação, análise e reflexão deles.

Para Tracy e Robbins, as características citadas deixam claro que as Emoções Autoconscientes não podem ser agrupadas junto das básicas. As básicas envolvem menos o Eu na sua produção, e a participação do sistema límbico é maior do que a do córtex cerebral. Para eles as emoções variam em um continuo que começa com as básicas e vai até às autoconscientes, em vez de haver dois tipos de  emoções  diferentes. (https://pdfs.semanticscholar.org/6a79/ca9efd7fcd59c349a02125c3960ce4df3e01.pdf).

Nas Emoções Autoconscientes o córtex cerebral participa mais do que
nas básicas, nas quais predomina a ação do sistema límbico.


A vergonha e orgulho são bons exemplos de emoções autoconscientes, porque exigem auto-representações e autoconsciência, emergem mais tarde no desenvolvimento, e são complexas cognitivamente.
As Emoções Autoconscientes nos ajudam a ser mais atentos em nossos relacionamentos e a melhorar as interações sociais. Se uma pessoa viola as regras sociais em um grupo isto pode lhe causar culpa, vergonha ou  constrangimento, e por isto ela respeita as regras, para permanecer nele.



A pessoa repeita as regras sociais para permanecer nos seus grupos.

     Por isto estas emoções promovem maior coesão social e ajudam o entrosamento social do indivíduo. Por exemplo, se você se sente culpado por uma falta cometida e pede desculpas à outra pessoa, ela lhe considerará de trato fácil. Se você sente remorso depois de agredir verbalmente a alguém, quer reparar seu erro e  lhe pede desculpas, isto  vai melhorar o relacionamento com ele.


Emoções autoconscientes em excesso podem ser doentias e gerar ansiedade, depressão e isolamento social. Pacientes com doença pulmonar crônica e outras doenças crônicas, como acidente vascular cerebral, podem se isolar. Na vergonha exagerada, a literatura registra casos de suicídio.

         A Vergonha exagerada é maléfica e pode causar isolamento social.

Quais as causas das Emoções Autoconscientes?

Pesquisas recentes indicam que a emoção autoconsciente ocorre quando a pessoa acha que ela se originou internamente. Por exemplo o fracasso de alguém, que foi o culpado dele, produz culpa ou  vergonha, porque a pessoa não teve capacidade para alcançar seu objetivo. Já o sucesso que é consequência das habilidades da pessoa, tende a produzir orgulho. Por outro lado as causas externas tendem a produzir emoções básicas, como a ameaça que produz o medo ou o insulto que produz raiva.

No caso de ameaça, ver se ela é dirigida para a identidade da pessoa (para seu self), ou para sua sobrevivência física ( material). Na sociedade contemporânea as ameaças à sobrevivência são menos frequentes do que as dirigidas à identidade da pessoa. A raiva e o medo geralmente são desencadeados por uma ameaça à identidade da pessoa, como no caso do insulto recebido por uma pessoa de um colega de trabalho, que  não é ameaça direta à sua sobrevivência física. (https://pdfs.semanticscholar.org/6a79/ca9efd7fcd59c349a02125c3960ce4df3e01.pdf).

Geralmente a raiva é desencadeada  por um insulto.

Quais os benefícios e malefícios das Emoções           Autoconscientes?

As Emoções Autoconscientes podem ser benéficas, saudáveis ou maléficas, não saudáveis. 
As benéficas ​​incluem:

• ter orgulho de suas realizações ou de si mesmo, que estimulam a pessoa a aceitar outros desafios. A  confiança em si mesmo é uma grande força pessoal, que impulsiona a pessoa a enfrentar novos desafios.
• sentir-se à vontade nos ambientes sociais;
• desculpar-se de erros cometidos;
• assumir a responsabilidade de erros cometidos.

Ter orgulho de si mesmo é uma emoção autoconsciente saudável.

As maléficas incluem:

• sentimentos de culpa, como a de um fumante que está com câncer ou uma doença crônica do pulmão; sentimento de culpa de alguém que tem doença cronica cujo  responsável foi ele mesmo, como um bebedor que tem cirrose do fígado; um diabético que amputou o pé porque não se tratou devidamente.

Um fumante com câncer do pulmão tem sentimento de culpa por ter fumado.

  Um diabético que não se tratou pode ter sentimento de culpa.

          · tratar os outros com raiva e hostilidade;
·  devido à  vergonha, evitar experiências e relacionamentos sociais;

                                            Isolar-se por causa da vergonha.


     ·  culpar os outros por seus erros;
     ·  sentir-se responsável por erros que não cometeu;
     ·  ter baixa autoestima;

                                             A Autoestima baixa é maléfica.

·  sentir-se frequentemente apressado, agitado, ansioso ou deprimido.
                                Viver sempre apressado e agitado é maléfico.

  A vergonha pode ter efeitos negativos na saúde física e emocional de alguém que foi vítima de abuso físico ou em  pessoas HIV positivos ou com AIDS, que vivem envergonhados por isto.
A vergonha associada à depressão e à raiva crônica, é  componente central dos portadores de Transtornos de Personalidade Antissociais (https://pdfs.semanticscholar.org/6a79/ca9efd7fcd59c349a02125c3960ce4df3e01.pdf)  e  https://www.healthline.com/health/self-conscious-emotions.

As Emoções Autoconscientes ocorrem geralmente quando as situações  envolvem  regras, normas e objetivos sociais, principalmente nos adolescentes. Eles têm autoconsciência mais desenvolvida do que as crianças e a pressão social que sofrem para cumprir normas e regras é grande.

A autoconsciência maléfica pode resultar em ansiedade social, levar ao isolamento, aumentar a ansiedade, diminuir a autoestima ou levar à depressão, pela perda do convívio social. Ela podem impedir a cura de eventos traumáticos, principalmente em pessoas com problemas mentais.


Como lidar com
Emoções Autoconscientes?

Para lidar com  Emoções Autoconscientes maléficas ou excessivas, a pessoa deve  melhorar sua autoimagem e  autoestima, fazendo o seguinte:

  • Consultar um Psiquiatra ou Psicólogo qualificado;
  • envolver-se em atividades que melhorem sua relação consigo mesmo;
  • escrever uma relação de suas realizações e de traços de sua personalidade dos quais sente orgulho;
  • combater a ansiedade social promovendo interações com pessoas equilibradas;
  • ser pontual e manter seus compromissos, pois a disciplina eleva o amor próprio;
  • assumir a responsabilidade por seus erros e fazer as correções necessárias se necessário, pedindo desculpas se for o caso;
  • evitar fazer qualquer coisa que possa lhe causar culpa ou vergonha, como por exemplo, mentir;
  • praticar Plena Atenção ou qualquer forma de meditação quando surgirem pensamentos negativos que causem emoções negativas.

 Quais as propriedades das causas?


Devemos considerar três  propriedades das causas das Emoções Autoconscientes: a estabilidade, o controle e se ela é global. Ou seja: se durante sua ação a causa é estável ou é variável; se você pode controlá-la de alguma forma, enquanto ela age; e se ela é global. 

A Vergonha decorrente de defeitos corporais (nariz grande, queixo grande, mancha no rosto e outros) é uma causa estável,  tende a permanecer e é de controle difícil. Mas se a  causa é instável a pessoa tem mais chances de modificá-la, como a culpa decorrente de desrespeito a regras.

Estas três propriedades das causas são importantes para esclarecer se as emoções são autoconscientes ou básicas e diferenciá-las, sendo importante também a origem dela, ser externa ou interna. As causas estáveis ​​tendem a ser globais e incontroláveis, e as  causas instáveis costumam ser específicas e controláveis.
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Agradecemos a valiosa colaboração do Prof. Gilson Vieira, através de sugestões e da revisão do texto.
                                             
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RESUMO

1. Tracy  e Robbins propuseram uma classificação das emoções em dois grupos: as Emoções Básicas e as Emoções Autoconscientes.  As Autoconscientes  são um tipo de emoção da qual participam a consciência da pessoa e o modo que ela se vê aos olhos dos outros. São exemplos a vergonha, culpa e orgulho, dentre outras, e desempenham papel importante na motivação e regulação dos pensamentos, sentimentos e comportamentos das pessoas. As emoções básicas surgem mais precocemente na evolução humana, até 9 meses, enquanto as autoconscientes aparecem entre dois e três anos.

2. As Emoções Básicas (raiva, medo, tristeza, alegria, nojo e desprezo), são universais, se expressam  na face, surgem automaticamente e têm menor processamento cognitivo. As Autoconscientes não são automáticas,  dependem da auto reflexão e da autoavaliação da pessoa e são mais complexas cognitivamente. A pessoa reflete sobre si mesma, avalia como se percebe e como os outros lhe percebem, se seu comportamento ou seu corpo é diferente, compara-os com os dos outros, verifica se sua conduta respeita as normas e expectativas por ela adotada.  Um exemplo é a vergonha que a pessoa tem de si mesma por ter um defeito corporal.

3. As emoções autoconscientes têm as seguintes características
a - para senti-la é necessário que a pessoa tenha autoconsciência e seja capaz de construir auto-representações, que fazem parte de sua identidade,  abrangendo sua cognição e de suas relações  sociais, de modo a permitir  fazer a auto-avaliação.
b- Surgem na infância, depois das emoções básicas, sendo que as mais complexas como  vergonha, culpa e orgulho, surgem até o final do terceiro ano de vida.
c. Facilitam a pessoa alcançar objetivos sociais complexos, sua sobrevivência, sua reprodução, aprimoram o status social e previnem sua rejeição no grupo.
d. A quarta característica é que as emoções autoconscientes apresentam expressões faciais discretas e não são universais. Já as emoções  básicas têm expressões faciais universalmente reconhecidas.
e. O processo de cognição nas emoções autoconscientes é mais complexo do que nas básicas. Para sentir medo, o indivíduo precisa usar pouco de sua capacidade cognitiva,   bastando avaliar um evento como ameaçador, mas para sentir  Vergonha, precisa formar na mente representações dos eventos que ocorrem e de fazer a observação e a  análise, além de refletir sobre eles.

4. Estão dentre as Emoções Autoconscientes: a Vergonha, que promove comportamentos de apaziguamento e integração depois que a pessoa pratica uma transgressão social; a culpa, que gera pedidos de desculpas depois de uma transgressão, com reaproximação das pessoas. Do outro lado está o orgulho arrogante em alguém que teve sucesso na vida, capaz de afastar pessoas e criar inimizades.

     5. Para Tracy e Robbins as Emoções Autoconscientes não podem ser agrupadas junto das básicas, pois as últimas  envolvem menos a cognição em sua produção, e nelas a participação do sistema límbico é maior do que a do córtex cerebral. Para eles as emoções variam em um continuo que começa com as básicas e vai até às autoconscientes.

6. As Emoções Autoconscientes nos ajudam a ter mais atenção em nossos relacionamentos, melhorando assim nossas interações sociais. Se uma pessoa viola as regras sociais em um grupo, poderá sentir culpa, vergonha ou  constrangimento, e por isto ela respeita as regras do grupo, para permanecer nele. As Emoções Autoconscientes promovem maior coesão social e ajudam o entrosamento social do indivíduo. 

7.  Emoções autoconscientes em excesso podem gerar ansiedade, depressão e isolamento social. Na vergonha exagerada, a literatura registra casos de suicídio. Geralmente a emoção autoconsciente ocorre quando a pessoa acha que sua origem é interna, vem de dentro dele. É o caso do fracasso dela não ter alcançado seu objetivo, que traz culpa ou  vergonha, enquanto o sucesso  produz orgulho. As causas externas das emoções tendem a produzir emoções básicas, como o medo e da raiva.

8. As Emoções Autoconscientes podem ser benéficas, como ter orgulho de suas realizações; sentir-se à vontade nos ambientes sociais; desculpar-se de erros cometidos e  assumir a responsabilidade deles. As maléficas incluem: sentimentos de culpa; responder com raiva e hostilidade; evitar experiências e relacionamentos sociais; culpar os outros por seus erros; sentir-se responsável por erros que não cometeu; ter baixa autoestima; sentir-se frequentemente agitado, ansioso ou deprimido.

9. A vergonha pode ter efeitos negativos em uma pessoa que foi vítima de abuso físico e ou é HIV positivo ou portador de AIDS. É associada à depressão, raiva crônica e  componente central do transtorno de personalidade antissocial. A autoconsciência maléfica pode levar à  ansiedade social, ao isolamento, à diminuição da autoestima e à depressão. Também pode impedir a cura de traumas, principalmente se há problemas mentais.

10. Para lidar com  Emoções Autoconscientes maléficas  melhore sua autoimagem e sua autoestima, da seguinte maneira: consultar um Psiquiatra ou Psicólogo; praticar atividades que o façam sentir-se bem; escrever uma lista de realizações ou traços de personalidade que o fazem sentir orgulho de si mesmo; combater a ansiedade social; ser pontual e manter seus compromissos; assumir a responsabilidade de seus erros; evitar fazer coisas que possam fazê-lo sentir-se culpado ou envergonhado, como mentir; praticar Plena Atenção ou qualquer forma de meditação, principalmente para detetar pensamentos e emoções negativas.


REFERÊNCIAS E LINKS


1.   https://pdfs.semanticscholar.org/6a79/ca9efd7fcd59c349a02125c3960ce4df3e01.pdf.

2. https://www.healthline.com/health/self-conscious-emotions

3. https://quizlet.com/289930355/ch6-self-conscious-emotions-flash-cards/
4. Damásio,A. O erro de Descartes, emoção, razão e o cérebro humano, São Paulo, Companhia das Letras, 2000


IMAGENS : Pixabay.com





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