quarta-feira, 25 de novembro de 2020

76- DOENÇA DE ALZHEIMER:FATORES DE RISCO

 Esta página se destina a divulgar informações sobre Educação das Emoções e Educação da Atenção. Baseia-se em livros e pesquisas realizadas por Universidades, sobre Neurociências, Medicina e Psiconeuropedagogia.

Os posts refletem a experiência de dezenas de anos de trabalho do Autor em instituições educacionais de ensino superior e médio, e da publicação de vários livros e monografias sobre os temas. O material deste blog é exclusivamente informativo e não tem finalidade terapêutica, que deve ser feita por médicos e psicólogos.

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No Post 63 está a relação dos posts publicados e suas datas.

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Este Blog teve 16.161 visitas, até 25-11-2020, em 86 países da América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África. As estatísticas não consideraram muitos países que não foram computados porque foram  referidos como de "Região Desconhecida".      

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                                        Leitura em 18 minutos

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Aproveite ao máximo as coisas boas que tiver na vida!

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Neste post você verá os principais fatores de risco para a Demência e para a Doença de Alzheimer: idade da pessoa, estresse crônico, inflamação com ou sem infecção, uso excessivo de açúcar, resistência à Insulina, dieta inadequada e comer alimentos que produzem Inflamação, alcoolismo e uso de drogas, vida sedentária e não praticar exercícios físicos e para o cérebro, dormir menos de oito horas por dia, nível baixo de hormônios e vitaminas, ter fator de risco genético.                                             

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Análise dos Fatores de Risco da Doença de Alzheimer

     Analisaremos a seguir alguns dos principais fatores de risco da Doença de Alzheimer.

    1. Fator de Risco Idade

A doença de Alzheimer é terceira causa de morte nos Estados Unidos, situada depois das doenças do coração e do câncer, e responsável por 60 a 80% das demências em idosos. Em 2018, era estimado que 10% das pessoas com mais de 65 anos tinham Alzheimer (Alzheimer's Association:  Alzheimer's Disease Facts and Figures. Alzheimers Dement 13:325-373, 2017).

A doença de Alzheimer representa a maioria das demências.

 Para Bredesen a doença pode ocorrer a partir de 40 anos e levar até 20 anos para se manifestar, como ocorre com oTipo 3, que surge entre 40 e 60 anos. O Tipo 1 ocorre em torno dos 50-60 anos e o Tipo 2 surge em idades mais avançadas.

       2. Fator de Risco Estresse

O Estresse é uma reação do organismo a mudanças provocadas por pressões externas ou internas sofridas pela pessoa. Seu hormônio mais importante é o Cortisol, produzido pela glândula suprarrenal  (veja o post 21,”O que é  o Estresse”).


O Estresse é fator de risco para Demência e Doença de Alzheimer.

 

O homem e a mulher modernos vivem sob grande pressão de problemas familiares, econômicos, financeiros, profissionais e sociais, que tornam o estresse crônico. O Cortisol, que pode ser medido no sangue e passa dele para o cérebro, age sobre as sinapses, e pode destruí-las. Seu valores normais são 10-18 mcg/dL, de manhã.

O homem e a mulher modernos vivem uma vida altamente estressante.

 3. Fator de Risco Inflamação

A Inflamação destrói as sinapses neuronais e promove o mau funcionamento cerebral, podendo ser infecciosa ou não infecciosa. Foi identificada uma proteína precursora da Amilóide - a APP – capaz de estimular a manutenção das sinapses e a formação de novas, quando há nutrição adequada dos neurônios. Ela é boa para o funcionamento cerebral. 

A inflamação age negativamente sobre a proteína precursora da Amilóide e prejudica o equilíbrio entre a formação e a destruição das sinapses neuronais. Quando a nutrição do neurônio não é boa, são produzidas substâncias que prejudicam o funcionamento das sinapses e do cérebro.

A inflamação infecciosa pode ser produzida por  vírus, bactérias ou fungos e a não infecciosa pode ser devida ao uso de muito açúcar e carboidratos simples, a gorduras saturadas e trans, a um intestino vazando, à sensibilidade ao glúten, má higiene bucal, toxinas, radicais livres, proteínas glicadas, contusões, torções, fratura de ossos e outras causas.

A inflamação pode ser medida através dos seguintes exames, com os seguintes valores ótimos para Bredesen: 

     1. Proteína C-reativa (PCR): que é produzida pelo fígado em resposta a qualquer tipo de Inflamação. Quando o resultado é quase normal, é medida a Proteina C- reativa de alta sensibilidade, cujo valor ótimo é abaixo de 0,9 mg/dL.

2. Homocisteína: é um indicador de inflamação e quando seu nível aumenta cresce o declínio cognitivo e a atrofia do hipocampo. Para funcionar bem precisa da vitamina B12, vitamina B6 e folato, para não danificar os vasos sanguíneos e o cérebro. Valor normal de 6 micromoles/ litro.

3. A relação albumina/ globulina no sangue deve ser menor do que 1,8.

4. A proporção ômega-6 e o ômega-3 de 0,5-3,0. 

5. A Interleucina-6 (IL-6), deve ser menor que 3 pg/ml.

 

    4. Fator de Risco Açúcar elevado no sangue

O açúcar pode ser ingerido diretamente na mesa ou através de carboidratos, que podem vir nas frutas, leite, alimentos ricos em amido como pão branco, biscoitos, bolachas, sorvete, picolé, doces, bolos, arroz branco, batata branca e  massas brancas de macarrão, pizza, purê de batata, etc. Quando você come estes alimentos seu corpo lança no sangue a Insulina, para impedir que a glicose aumente, pois ela é tóxica em níveis elevados.


                         
Comer pizza aumenta a glicose no sangue.

 

Altos níveis de glicose causam problemas no cérebro, pois ela se liga a proteínas diferentes, promovendo a glicação. O organismo pode então produzir  anticorpos contra proteínas glicadas e desencadear as reações da inflamação cerebral. A hemoglobina pode ser ligada à glicose, constituindo a Hemoglobina Glicada, que mede o nível médio da glicose nas últimas três semanas, enquanto a glicemia em jejum dá o nível da glicose daquele momento.

 Para Bredesen a glicemia em jejum normal está entre 70–90 mg /dL e a  hemoglobina glicada é menor que 5,6%.

 
     5. Fator de Risco Resistência à Insulina

Para levar o açúcar para dentro das células o organismo produz Insulina, mas o corpo pode não responder à sua ação e se tornar resistente a ela, gerando Resistência à Insulina, que leva ao aumento da glicose sanguínea. A Resistência à Insulina contribui para desenvolver a Doença de Alzheimer, pois o nível da  insulina é um sinal importante para a sobrevivência dos neurônios e diminui quando a insulina  é cronicamente alta. A insulina em jejum deve ser igual ou menor do que 4,5 microIU /ml.

6. Fatores de Risco Hormonais

Muitos hormônios são importantes para a formação e manutenção das sinapses, e quando seus níveis caem diminui a cognição. Veremos a seguir alguns deles:

Os hormônios são importantes para manter as sinapses neuronais.


▪ Tiróide a função tireoidiana prejudicada é comum na doença de Alzheimer. A maioria das pessoas com demência ou prejuízo cognitivo leve tem esta função reduzida, e para fazer sua avaliação mede-se os hormônios seguintes, cujos valores ótimos para Bredesen são:

T3 livre = 3,2-4,2 pg/ml ;

T4 livre = 1,3-1,8 ng/dL ;

T3 reverso menor do que 20 ng/dL ;

Hormônio Estimulante da Tireoide (TSH): 0,4 a 4,2 microIU/l, mas qualquer coisa acima de 2.0 é preocupante.

 

Estrogênios e progesterona - os estrogênios, estradiol, estrona e estriol, são importantes na prevenção da demência. Pesquisas da Clínica Mayo mostraram que mulheres com ovários removidos aos 40 anos e não receberam terapia de reposição hormonal, têm o risco dobrado de ter Alzheimer. O nível baixo de progesterona está associado à diminuição da memória. Bredesen considera os seguintes valores normais:

Estradiol = 50-250 pg/ml;

Progesterona = 1-20 ng/ml;

Razão Estradiol/ progesterona = 10:100

 

▪ Testosterona - é importante para a sobrevivência dos neurônios. Homens com testosterona baixa têm risco maior para Doença de Alzheimer. Bredesen considera como valores normais

Testosterona total = 500-1000 ng/dL;

Testosterona livre = 6,5-15 ng/dL.

 

▪ Cortisol, Pregnenolona e DHEA (dehidroepiandrosterona)- altos níveis de cortisol danificam neurônios, principalmente do hipocampo, e o estresse crônico promove declínio cognitivo.

 ▪ Pregnenolona é o hormônio do qual derivam o estradiol, testosterona, cortisol e DHEA (que é medido como sulfato DHEA). Ele é um neuroprotetor  importante para a memória, e nível baixo de pregnenolona é fator de risco para o declínio cognitivo. Bredesen considera os seguintes valores normais:

Pregnenolone = 50-100 ng/dL;

Sulfato DHEA = 350-430 mcg/dL em mulheres, e 400-500 mcg/dL em homens.

 

7. Fatores de Risco Vitamínicos

▪ Vitamina E seu baixo nível é um fator de risco para a doença Alzheimer, pois é um protetor das membranas celulares, por ser antioxidante . A Vitamina E interage com as membranas celulares e protege-as dos efeitos dos radicais livres, e quando utilizada de forma terapêutica retarda modestamente o declínio cognitivo da doença Alzheimer. É medida como alfa-tocoferol no laboratório e seu valor recomendado é 12-20 mcg/ml.

 ▪ Vitamina B1 (Tiamina)- é importante na formação da memória. Sua deficiência é associada ao abuso de álcool e a perda de memória é associada à desnutrição. É importante ter níveis de tiamina suficientes para apoiar a cognição saudável e Bredeson recomenda que o nível do soro deve estar entre 20-30 nmol/l.

      Vitamina D3 - seu baixo nível é um fator de risco para a doença Alzheimer e sua atividade reduzida está associada ao declínio cognitivo. A luz solar converte o dehydrocholesterol para a forma ativa da vitamina D3, que é essencial para criar e manter as sinapses ou reduzir a inflamação. Bredesen recomenda como valor ótimo 50 a 80 ng/ml.

 Vitamina B12, B6 e B9 (Folato) - para manter a homocisteína baixa, que é importante no tratamento do Alzheimer, é preciso níveis suficientes de vitaminas B6, B9 (folato) e B12, em suas formas ativas. Bredesen considera os seguintes valores ótimos:

Vitamina B12: acima de 500 (pg / ml)
Vitamina B6: 60-100 ng/ml.
Folato: 10-25 ng/ml.
 

8. Fator de Risco Dieta Inadequada

Pesquisas recentes comprovam que aquilo que comemos afeta tanto nossa aparência física, se ficamos gordos ou magros, quanto nossa saúde. Afeta também nossa mente e uma dieta com quantidades adequadas de vitaminas e minerais, é fundamental para os neurônios funcionarem bem.

 A falta de nutrientes prejudica o funcionamento mental, os pensamentos, emoções, sentimentos e como envelhecemos, se é com alegria e desejo de viver ou tristes e dementes.  No próximo post veremos uma dieta para prevenir a Demência  e Alzheimer.

O que você come afeta sua mente, pensamentos e emoções.

 

9. Fatores de Risco Alcoolismo e drogas

O uso crônico e exagerado do álcool traz problemas de saúde e pode levar à Demência Alcoólica. O uso de cocaína, crash, heroína e semelhantes promove lesões dos neurônios e altera o  funcionamento cerebral  (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6320619/).

 

10. Fator de Risco Falta de Exercícios Físicos

O exercício físico contribui para retardar o envelhecimento cerebral e o aparecimento da doença de Alzheimer, além de melhorar os processos cognitivos e a memória. Tem efeito na saúde do cérebro, agindo nos hormônios, neurotrofinas e neurotransmissores (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6770965/).

É fator de Risco Falta de Exercícios Físicos.

 
     11. Fator de Risco Falta de Exercício Cerebral

Os exercícios cerebrais melhoram a cognição, a memória, atenção, controle executivo, etc. O aplicativo Brain HQ, recomendado por  Bredesen, traz exercícios eficientes para a Atenção (como a Atenção Dividida e  a Decisão Dupla e outros); para a Memória (como a Rede de Memória, os Olhos da Mente e outros); para a Inteligência e para a Velocidade Cerebral, etc.


É fator de Risco Falta de Exercício Cerebral.

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      12. Fator de Risco Sono

O sono está associado a uma formação reduzida do amiloide, e o jejum que ocorre nele melhora a resposta do organismo à insulina. É um momento de reparo, em que aumenta o nível do hormônio do crescimento. Brendesen recomenda a pessoa dormir pelo menos 8 horas por noite.


É fator de Risco dormir menos de 8 horas por noite.

      13. Fator de Risco Excesso de Peso Corporal

Um índice de massa corporal (IMC) elevado aumenta o risco de declínio cognitivo. Para calcular sei IMC divida seu peso(P) pela altura(h) ao quadrado: IMC=P/h2. Se você tem 1,80 m de altura e pesa 90 quilos, seu IMC = 90/ 1,80 x1,80 = 27,77. Para a cognição ideal, o IMC deve estar entre 18 e 25. Logo, você deve perder peso, pois peso elevado aumenta o risco de Demência e de doença de Alzheimer.


É fator de Risco excesso de peso corporal.

       14. Fator de Risco Genético

Embora fatores genéticos tragam risco para a doença de Alzheimer, a pessoa que tenha genes para a doença não a terá necessariamente, pois  poderá controlar outros fatores de risco. Se ela é ApoE4 positivo sua dieta será diferente da que faria se fosse negativa.


É fator de Risco ter genes de Alzheimer.

 

O conhecimento dos seus fatores de risco para ter a Demência ou a Doença de Alzheimer seguramente o ajudará a tomar as medidas cabíveis para afastá-los ou minimizá-los, com a orientação de seu Médico Assistente. Assim estará se defendendo de um dos maiores flagelos de hoje dos seres humanos.

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 Agradecemos a valiosa colaboração do Prof. Gilson Vieira, através de sugestões e revisão do texto.

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 Compartilhe e divulgue este Post para termos pessoas com mais bem-estar, mais tranquilidade e um mundo melhor!

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Resumo

      1.  Fator de Risco Idade: a doença de Alzheimer é a terceira causa de morte nos Estados Unidos, e em 2018 era estimado que 10% das pessoas com mais de 65 anos eram portadores da doença. Para Bredesen ela pode existir a partir de 40 anos e levar até 20 anos para se manifestar (ocorre com oTipo 3, que surge entre 40 e 60 anos). O Tipo 1 ocorre entre  50-60 anos e o Tipo 2 em idades mais avançadas.

 2. Fator de Risco Estresse: o homem e a mulher modernos vivem sob grande pressão de problemas familiares, econômicos, financeiros, profissionais e sociais, que podem tornar o estresse crônico. O Cortisol passa do sangue para o cérebro, onde age sobre as sinapses e pode destruí-las. No sangue, seus valores normais são 10-18 mcg/dL, de manhã.

 3. Fator de Risco Inflamação: a Inflamação destrói as sinapses neuronais e promove o mau funcionamento cerebral, podendo ser infecciosa ou não infecciosa. A Proteína Precursora da Amilóide ( APP) é capaz de estimular a manutenção das sinapses e a formação de novas, quando há nutrição adequada dos neurônios. A inflamação age negativamente sobre esta Proteína e prejudica o equilíbrio entre formação e destruição das sinapses neuronais.

A inflamação infecciosa pode ser produzida por  vírus, bactérias ou fungos e a não infecciosa pelo  uso de muito açúcar, gorduras trans e saturadas, intestino vazando, sensibilidade ao glúten, má higiene bucal, toxinas, radicais livres, proteínas glicadas, contusões, torções e ossos quebrados, etc. A Inflamação pode ser medida por vários exames, como a Proteína C-reativa, Proteina C- reativa de  alta sensibilidade, Homocisteína, relação Albumina/ Globulina do soro, proporção entre o Ômega-6 e  Ômega-3, e Interleucina-6.

4. Fator de Risco Açúcar elevado no sangue: o açúcar pode ser ingerido diretamente na mesa ou nas frutas, no leite, alimentos ricos em amido como pão branco, biscoitos, bolachas, sorvete, picolé, doces, bolos, arroz branco, batata branca e  massas brancas de macarrão, pizza, purê de batata, etc. Quando você come estes alimentos seu corpo secreta mais Insulina para impedir que a glicose aumente, pois ela é tóxica em níveis elevados e se liga a proteínas diferentes, promovendo a glicação delas.

O organismo pode então produzir  anticorpos contra as proteínas glicadas e desencadear inflamação cerebral. A hemoglobina pode ser ligada à glicose, constituindo a Hemoglobina Glicada, que mede o nível médio da glicose nas últimas três semanas, enquanto a glicemia em jejum dá o nível da glicose do  momento. Para Bredesen a glicemia em jejum normal está entre 70–90 mg/dL e a  hemoglobina glicada deve ser menor do que 5,6%.

  5. Fator de Risco Resistência à Insulina: o corpo pode não responder à ação da Insulina e se tornar resistente a ela, gerando Resistência à Insulina, que leva ao aumento da glicose no sangue e contribui para desenvolver a Doença de Alzheimer. O nível da  insulina é importante para a sobrevivência dos neurônios e esta sobrevivência diminui quando a insulina  é cronicamente alta.

6. Fator de Risco Dieta Inadequada

Pesquisas recentes comprovam que aquilo que comemos afeta nossa aparência física, se somos gordos ou magros, e nossa saúde. Afeta também nossa mente e uma dieta com quantidades adequadas de vitaminas e minerais, é fundamental para os neurônios funcionarem bem. A falta de nutrientes prejudica o funcionamento mental, os pensamentos, emoções, sentimentos e como envelhecemos, se é com alegria e desejo de viver ou tristes e dementes.  No próximo post veremos uma dieta para prevenir a Demência  e Alzheimer.

7. Fatores de Risco Hormonais: muitos hormônios são importantes para a vida das sinapses, e quando os níveis caem diminui a cognição. É o caso de hormônios da Tiróide:   a maioria das pessoas com demência ou declínio cognitivo leve tem a função tiroideana reduzida, e para fazer sua avaliação mede-se o T3 livre, T4 livre, T3 e reverso o Hormônio Estimulante da Tireoide (TSH).

Estrogênios e progesterona - os estrogênios são importantes na prevenção da demência. Mulheres com ovários removidos aos 40 anos têm o risco dobrado de sofrer de Alzheimer e o nível baixo de progesterona está associado à diminuição da memória. Testosterona: homens com testosterona baixa têm risco maior para Doença de Alzheimer. Cortisol, Pregnenolona e DHEA - altos níveis de cortisol danificam neurônios e o estresse crônico promove declínio cognitivo.  Pregnenolona: é importante para a memória, e seu nível baixo é fator de risco para o declínio cognitivo.

8. Fatores de Risco Vitamínicos:

 Vitamina E – é um protetor das membranas celulares, age como antioxidante e seu baixo nível é um fator de risco para a doença Alzheimer. Vitamina B1- é importante na formação da memória e é importante ter níveis de tiamina suficientes para a cognição saudável. Vitamina D - seu baixo nível é fator de risco para a doença Alzheimer e sua atividade reduzida está associada ao declínio cognitivo, pois ela é essencial para criar e manter as sinapses, além de  reduzir a inflamação. Vitamina B12 e B6 e B9 (Folato) – são importantes para manter a homocisteína baixa, que é importante no tratamento do Alzheimer.

 9. Fatores de Risco Alcoolismo e Drogas

O uso crônico e exagerado do álcool pode levar também à Demência Alcoólica. O uso de cocaína, crash, heroína e semelhantes promove lesões dos neurônios e altera o funcionamento cerebral.

 10. Fator de Risco Falta de Exercícios Físicos

O exercício físico contribui para retardar o envelhecimento cerebral e o aparecimento da Demência e da doença de Alzheimer, além de melhorar os processos cognitivos e a memória. Age nos hormônios, neurotrofinas e neurotransmissores.

 11. Fator de Risco Falta de Exercício Cerebral

Os exercícios cerebrais melhoram a cognição, memória, atenção, controle executivo e outras funções cerebrais. O aplicativo Brain HQ, recomendado por  Bredesen, traz exercícios eficientes para a Atenção (como a Atenção Dividida, a Decisão Dupla e outros); para a Memória (como a Rede de Memória, os Olhos da Mente e outros); para a Inteligência,Velocidade Cerebral, etc.. e
     

12. Fator de Risco Sono

O sono está associado a uma formação reduzida do amiloide, e o jejum que ocorre nele melhora a resposta do organismo à insulina. É um momento de reparo, em que aumenta o nível do hormônio do crescimento. Brendesen recomenda a pessoa dormir pelo menos 8 horas por noite.

13. Fator de Risco Excesso de Peso Corporal

Um índice de massa corporal (IMC) elevado aumenta o risco da Demência e da Doença de Alzheimer. Para calcular seu IMC divida o peso(P) pela altura(h) ao quadrado: IMC=P/h2. Se você tem 1,80 m de altura e pesa 90 quilos, seu IMC = 90/ 1,80 x1,80 = 27,77. Para uma boa cognição o IMC deve estar entre 18 e 25, logo, você deve perder peso.

 

14. Fator de Risco Genético

Fatores genéticos trazem risco para a doença de Alzheimer, mas a pessoa portadora de genes para a doença não a terá necessariamente, pois  poderá controlar outros fatores de risco. Se ela é ApoE4 positivo sua dieta será diferente da que faria se fosse negativa.

 

Referências e Links

 

1. Alzheimer's Association:  Alzheimer's Disease Facts and Figures. Alzheimers Dement 13:325-373, 2017.

2. Bredesen, D., The End of Alzheimer's: The First Program to Prevent and Reverse Cognitivo Decline.       

3. www.omicsonline.org › open-access

4. https://thewomensalzheimersmovement.org/end-of-alzheimers-dale-bredesen/

5. Post 21,”O que é o Estresse”.

6. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6320619/).

7. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6770965/.

8.https://www.google.com/search?q=brainhq&oq=brainhq&aqs=chrome..69i57j35i39j0j0i7i30l2j0i7i10i30j0i7i30j69i60.16366j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8


IMAGENS: Pixabay e imagens de “common use”.

 


domingo, 8 de novembro de 2020

75 - NOVA VISÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

Esta página se destina a divulgar informações sobre Educação das Emoções e Educação da Atenção. Baseia-se em livros e pesquisas realizadas por Universidades, sobre Neurociências, Medicina e Psiconeuropedagogia. 

Os posts refletem a experiência de dezenas de anos de trabalho do Autor em instituições educacionais de ensino superior e médio, e da publicação de vários livros e monografias sobre os temas. O material deste blog é exclusivamente informativo e não tem finalidade terapêutica, que deve ser feita por médicos e psicólogos.

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No Post 63 está a relação dos posts publicados e suas datas.

                                       ♦♦♦

Este Blog teve 15.940 visitas, até 8-11-2020, em 86 países da América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África. As estatísticas não consideraram muitos países que não foram computados porque referidos como de "Região Desconhecida".      

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                      Leitura em 20 minutos

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Aproveite ao máximo as coisas boas que tiver na vida!

 

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Neste post você verá os conceitos de Demência e de Doença de Alzheimer, o que o doente sente, seus dados de laboratório e de imagens cerebrais e suas evolução. Quais suas causas e tipos, seus fatores de risco e os principais princípios para lidar com ele. 

No post seguinte analisaremos cada fator de risco.

                                                                               

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Qual a diferença entre Demência e 

Doença de Alzheimer?


A Demência é uma doença que produz alterações da mente, na comunicação e na linguagem, produz confusão mental, perda da memória, perda da orientação no tempo e no espaço e da capacidade de planejar e processar informações recebidas pelos sentidos.

 

Há vários tipos de demência e a mais frequente é a Doença de Alzheimer, que pode comprometer severamente a memória, emoções, pensamentos e  comportamentos. O portador de Alzheimer perde progressivamente a memória para fatos recentes, a atenção e a capacidade de elaborar conhecimentos, como calcular,e isto é denominado de “Declínio Cognitivo”. A cognição é um processo mental que visa adquirir conhecimentos, e envolve a atenção, percepção, armazenar na memória e  lembrar o que foi armazenado.

A cognição visa adquirir conhecimentos e envolve atenção, percepção e memória.


A questão fundamental da Demência está na transmissão das informações de um neurônio para outro, que é prejudicada, pois as sinapses que ligam um neurônio aos outros são lesadas, dificultando a passagem das informações. Quando isto ocorre nos neurônios do Hipocampo, a memória é comprometida, não podem ser recuperadas as lembranças e a pessoa fica “esquecida”.

Na Demência a transmissão das informações entre os neurônios é prejudicada e as sinapses (ligações entre os neurônios) são lesadas.


 

O sintoma inicial da doença de Alzheimer é a perda progressiva da memória: a pessoa esquece onde botou os óculos, as chaves, o celular, etc.

Esquecimento é a queixa inicial da doença de Alzheimer: onde botei os óculos?

 

Depois surgem alterações da memória de longo prazo, como o  esquecimento do rosto dos filhos, parentes e amigos, dificuldades para andar na rua e voltar para casa, se perdendo com facilidade.

                           O portador de Alzheimer grave não reconhece os familiares.

 

Surgem dificuldades para pronunciar palavras, alterações na visão e distúrbios de comportamento, além de perturbações emocionais como agressividade, crises de Raiva e de Tristeza, depressão, alucinações, ansiedade, medo e solidão, alternados com períodos de serenidade e alegria. Diminui a capacidade de prestar atenção e de pensar logicamente, e nos casos mais graves a pessoa perde a capacidade de falar e pensar.

Diversos filmes obre a doença de Alzheimer retratam bem a evolução do comportamento de um portador dela.

A quantidade de portadores de Alzheimer aumenta com a idade.

Quais as causas da Doença de Alzheimer?

 

Dr. Dale Bredesen, diretor da pesquisa sobre doenças neurodegenerativas da Universidade da Califórnia, publicou em 2018 o livro “The End of Alzheimer's: The First Program to Prevent and Reverse Cognitivo Decline” (O Fim do Alzheimer: O Primeiro Programa para Prevenção e Reversão do Declínio Cognitivo). Nele identificou, depois de 20 anos de pesquisas, uma série de mecanismos que interferem na doença e desenvolveu um programa inovador para seu tratamento e reversão, o ReCODE.



                       Livro de Bredesen sobre Alzheimer.


Em outubro de 2019, ele publicou o artigo “Reversal of Cognitive Decline: 100 Patients” ( Reversão do Declínio Cognitivo: 100 pacientes), onde mostra bons resultados no tratamento de 100 pacientes e propõe o Protocolo ReCODE (Reversão do Declínio Cognitivo),

( www.omicsonline.org ›open-access).

 

Segundo Bredesen o mal de Alzheimer, na sua forma simples ou na grave, atinge cerca de 15% da população, e pode começar até 20 anos antes do diagnóstico ser dado, pois a doença se desenvolve sem nenhuma manifestação.


Para ele  o declínio cognitivo do Alzheimer resulta da ação de três ameaças ao cérebro:

1-    Inflamação, devida a agentes inflamatórios como o açucar;

2-    Atrofia, devida a falta dos nutrientes necessários ou da falta de hormônios ou de fatores necessários à cognição;

 3- Tóxicos agindo sobre os neurônios, tanto vindos de organismos vivos quanto de metais como mercúrio, chumbo, e outros.


Tanto a inflamação quanto a falta de apoio à cognição dependem de vários fatores: da dieta, da atividade da pessoa, dos seus genes, do estresse que ela suporta e de como a pessoa lida com ele. Os fatores causadores das ameaças citadas podem ser identificados e podemos agir sobre eles. (https://thewomensalzheimersmovement.org/end-of-alzheimers-dale-bredesen/). 


Estão dentre as causas de Demência e da Doença de Alzheimer: o estilo de vida da pessoa; o que ela come; o que ela bebe; como ela vive; se ela tem vida sedentária; se ingere muito açúcar; dorme pouco;  usa alimentos processados; se ela se expõe a tóxicos e a muitas inflamações.

                     O mal de Alzheimer depende do estilo de vida da pessoa.

 
Quais os fatores de risco para
a Demência e Doença de Alzheimer?
 

Segundo Bredesen 36 fatores podem produzir a Doença de Alzheimer. E os compara aos buracos que ficaram num telhado exposto a uma tempestade, com 36 orifícios: se o dono da casa não quiser que caia água dentro dela quando chover, deve consertar todos eles e não só alguns. Se diversos fatores causam o mal de Alzheimer, o médico deve tratar o maior número possível para obter os melhores resultados.

             Se há 36 buracos no telhado, todos devem ser fechados,                                                             para a chuva não entrar na casa.

Para Bredesen os remédios hoje usados para tratar a Demência e a Doença de Alzheimer não produzem bons resultados porque não agem sobre todas suas  causas. Por isto propôs um protocolo, o ReCODE, que recomenda identificar e agir sobre as diversas causas da doença, fazendo para isto os exames necessários.

  

Fatores de risco para Demência e Doença de Alzheimer:


Idade maior do que 40 anos;

Aos 40 anos podem começar os processos que levam à Demência e Alzheimer.

 

Alimentação rica em açúcar, que aumenta a glicemia e pode promover Resistência à Insulina (pão branco, pizza,etc.).

Comer muito açúcar (pizza, etc.) é fator de risco para Demência e Alzheimer.

 

Estresse crônico: deixa o cortisol permanentemente 

elevado. 

Estresse crônico é grande fator de risco para Demência e Alzheimer.

 

 Falta de exercício físico. 

  Falta de exercícios físicos é fator de risco para Demência e Alzheimer.


Falta de exercícios cerebrais, como por exemplo 

praticando através do Brain hq..

Falta de exercícios cerebrais é fator de risco para Demência e Alzheimer.


Dormir menos de 8 horas por dia.


Dormir menos de 8 horas por dia é fator de risco para Demência e Alzheimer.

 

 ▪ Excesso de peso, medido pelo IMC (Índice de Massa Corporal).

Excesso de peso é um fator de risco para Demência e Alzheimer.

 

Inflamação com ou sem infecção.

 

Fator Genético: APOE4 e outros genes;

 

Alcoolismo, mesmo moderado é fator de risco.

 

         O Alcoolismo é fator de risco muito grande para a Demência e Alzheimer.

 

▪ Vício em drogas: cocaína, maconha e semelhantes.


      O Vício em drogas é fator de risco grande para a Demência e Alzheimer.

 

Hormônio T3 livre e hormônios da tireoide baixos, Estrógenos baixos, Testosterona baixa;

 

Zinco baixo, Selênio baixo, Cobre alto, chumbo alto, Intoxicação por mercúrio ou arsênico.

 

Intestino "vasando" (Síndrome de Intestino Permeável);

 

Homocisteina alta, Magnésio baixo,  Barreira hemoliquórica permeável;

 

Níveis baixos de Vitaminas E, B1, D3, B12, C, B6 e B9;  

 

Sensibilidade ao glúten e outras relacionadas.

 

 Presença de Autoanticorpos, Toxinas ou Função mitocondrial comprometida.

 

Quais os Princípios para Prevenir
a Doença de Alzheimer? 

 

Os princípios básicos para evitar a Demência e o Alzheimer são:

Primeiro Princípio: Prevenir e reduzir a Inflamação.

 A Inflamação é a resposta do corpo ao ataque feito por agentes infecciosos ou por proteínas danificadas pelo açúcar, por gorduras saturadas ou gorduras trans (gorduras artificiais presentes em produtos) e pelo gluten. Os agentes infecciosos podem ser vírus, bactérias, fungos e parasitas, que são combatidos pelo sistema imunológico com o aumento da produção de leucócitos e de anticorpos.

 Para responder à inflamação de forma continuada e às ameaças crônicas, o organismo produz Amiloide, que é uma proteína elaborada na medula óssea e depositada em vários tecidos ou órgãos. A Amiloide forma placas no cérebro do portador de Alzheimer, que caracterizam a doença.

 Bredeson acredita que pessoas que tiveram bom nível educacional e praticaram atividade intelectual regular ao longo da vida, podem ter uma quantidade de sinapses suficiente para compensar a perda das resultantes da ação das placas amiloides. Para o cérebro funcionar bem as sinapses devem resistir à ação da Amiloide. 

 

             Placas de Amiloide são encontradas no cérebro do portador de Alzheimer.

 

Inflamação cerebral produzida por infecção

No cérebro de uma pessoa que morreu com Alzheimer podem ser encontradas bactérias originadas na boca e no nariz, vírus de herpes labial, etc. O cérebro reage a elas  produzindo Amiloide, mas pode haver exagero nesta produção e ele matar as sinapses e os neurônios que deveria proteger. Primeiro diminui a função da sinapse afetada e  depois suas estruturas são destruídas.

 Para prevenir e reverter o declínio cognitivo é necessário tratar as infecções existentes e melhorar a capacidade do sistema imunológico de eliminar os agressores, evitando assim a inflamação cerebral crônica. Atenção particular deve ser dada aos abcessos dentários, gengivites, sinusites e otites infecciosas e à herpes labial.

      Para prevenir Alzheimer tratar infecções da boca, ouvido e seios  faciais.

 

Inflamação cerebral produzida sem infecção

A inflamação sem infecção surge devido à ingestão excessiva de açúcar e gorduras saturadas e trans, ou de alimentos com alto teor de glúten, que deve ser evitado ao máximo.O cérebro responde produzindo placas amiloides para combatê-las. Glúten, laticínios e grãos podem causar “vazamento no intestino”, sendo então desenvolvidos orifícios microscópicos nas paredes intestinais, e através deles  passam fragmentos de alimentos e bactérias, que entram no sangue e chegam ao cérebro. O Sistema Imunológico os reconhece como agressores e os ataca.

Um dos objetivos do programa ReCODE é identificar e reverter a inflamação crônica, eliminando da dieta agentes capazes de produzir inflamação.

O organismo precisa de pouca glicose por dia, apenas cerca de 15 g ( e uma quantidade muito maior é ingerida em apenas um refrigerante médio). Para levá-la para dentro das células o corpo produz mais insulina, mas ele pode se tornar resistente aos efeitos dela.

Para diminuir a insula no sangue o organismo produz a Enzima Degradadora da Insulina (IDE), que tem também a capacidade de degradar o Amiloide. Quando isto ocorre, aumenta a inflamação e o risco de surgir a Doença de Alzheimer, por isto uma parte importante do tratamento é reduzir o nível de glicose no sangue e a resistência à insulina.

 

Segundo Princípio: Promover bom nível dos hormônios, de fatores tróficos e de nutrientes. Deve haver no sangue um bom nível de hormônios, fatores tróficos e  nutrientes, para estimular as atividades do cérebro e fortalecer as sinapses. Quando o cérebro está com poucos compostos que estimulam as sinapses responde produzindo mais Amiloide. 

Entre os elementos que fortalecem as sinapses estão o Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), que pode ser aumentado pelo exercício físico; hormônios como estradiol e testosterona, que podem ser aumentados através de prescrições e nutrientes como vitamina D e folato.

Os neurônios e suas sinapses são estimulados pelos hormônios.

 A doença de Alzheimer pode ser causada por processos que induzem inflamação e resistência à insulina, pela deficiência  hormonal, pela redução da vitamina D  e  do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF) ou de fatores neurotróficos relacionados, além de outros nutrientes e fatores de apoio. Quando o médico sabe todos estes fatores aumentada a possibilidade dele reverter o declínio cognitivo.

 Terceiro Princípio - atuar sobre as Toxinas: que podem vir de metais (como mercúrio e cobre), de fungos ou outros seres vivos, devendo ser identificadas e enfrentadas devidamente.

Quais os tipos de Doença de Alzheimer?

 

Bredesen considera três tipos de Doenças de Alzheimer - 1, 2 e 3 - e acha importante identificar o tipo existente no doente, para poder personalizar o tratamento, realizando os exames de laboratório e de imagens necessários para o diagnóstico.

 

O Tipo 1, é o inflamatório ou "quente”, e os sintomas aparecem em torno dos 50-60 anos. Há uma tendência genética e uma inflamação do cérebro, havendo aumento do volume do hipocampo, órgão responsável pela memória de longo prazo, e de outras áreas  cerebrais. A doença começa com perda da capacidade de reter novas informações e de armazená-las, e da capacidade de ter lembranças antigas, de falar, fazer cálculos e escrever.

 

O Tipo 2 é o atrófico ou “frio” e se caracteriza pela falta de hormônios (como os da tireoide), de vitaminas (como das Vitaminas D3 e B12), pela presença de Resistência à Insulina, da diminuição de Fatores de Apoio Cerebral e do aumento de volume do hipocampo . Não há sinais de inflamação. Os sintomas são os mesmos do tipo 1 e surgem em idade mais avançada.

 

 O Subtipo 1,5 é chamado de “doce”, resulta de uma mistura dos tipos 1 e 2,  e envolve os processos inflamatório e  atrófico. O doente tem resistência à insulina e inflamação induzida pela glicose.

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O Tipo 3 é o tóxico ou “vil” e se caracteriza pela ação no cérebro de tóxicos e diminuição de volume do hipocampo. Aparece entre 40 e 60 anos, depois de grandes períodos de estresse, e começa com dificuldades com números, com a fala e a organização, além da perda da memória recente e antiga.

 

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No Post 76 veremos os Fatores de Risco principais. 

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Agradecemos a valiosa colaboração do Prof. Gilson 

Vieira, através de sugestões e revisão do texto.

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melhor!

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Resumo

 1. A Demência é uma doença que produz várias alterações na mente: na comunicação, na linguagem, confusão mental, perda da memória, desorientação no tempo e no espaço, perda da capacidade de planejar e de processar informações recebidas pelos sentidos.

Há vários tipos de Demência  e a mais frequente é a Doença de Alzheimer, que pode comprometer severamente a memória, emoções, pensamentos e  comportamentos. A pessoa perde progressivamente a memória para fatos recentes, a atenção e a capacidade de elaborar conhecimentos, e isto é denominado de “Declínio Cognitivo”.

 

2. A questão fundamental da Demência está na transmissão das informações de um neurônio para outro, pois as sinapses que os ligam são lesadas, e as informações não passam. Quando isto ocorre no Hipocampo, a memória é comprometida e a pessoa fica “esquecida”.

 

3. O sintoma inicial da doença de Alzheimer é a perda da memória: a pessoa esquece onde botou os óculos, as chaves, o celular, etc. Depois surgem alterações da memória de longo prazo, como o esquecimento do rosto dos filhos, parentes e amigos, dificuldades para andar na rua e de voltar para casa, se perdendo com facilidade.

Depois aparecem dificuldades para pronunciar palavras, alterações na visão e distúrbios de comportamento, além de perturbações emocionais como agressividade, crises de raiva e tristeza, depressão, alucinações, ansiedade, medo e solidão, alternados com períodos de serenidade e alegria. Diminui a capacidade de prestar atenção e de pensar logicamente, e nos casos mais graves é perdida a capacidade de falar e pensar.

 

4.  Segundo Bredesen, o mal de Alzheimer atinge cerca de 15% da população, e pode começar até 20 anos antes do diagnóstico de ser dado, pois a doença não se manifesta no início. O declínio cognitivo resulta da ação de três ameaças ao cérebro: inflamação, devida a agentes inflamatórios; atrofia, consequência da falta dos nutrientes, ou da falta de hormônios ou de fatores necessários à cognição; ou da ação de tóxicos sobre os neurônios.

 

5. Segundo Bredesen 36 fatores podem produzir a Doença de Alzheimer e ele os compara aos buracos que ficam no telhado de uma casa  exposta a uma tempestade, que ficou com 36 orifícios. Se o dono da casa não quiser que caia mais água nela quando chover, deve consertar todos os buracos e não só alguns. São causas da demência e da Doença de Alzheimer: o estilo de vida da pessoa; o que ela come; o que ela bebe; como ela vive; se tem vida sedentária; se come muito açúcar; se dorme pouco; se usa alimentos processados; se é exposta a tóxicos e se tem muitas inflamações.

 

6. São fatores de risco de ter Demência e Doença de Alzheimer: idade maior do que 40 anos; alimentação rica em açúcar, que aumenta a glicemia e pode promover Resistência à Insulina; estresse crônico, que promove aumento  continuado de cortisol; falta de exercício físico; falta de exercícios cerebrais; dormir menos de 8 horas por dia; excesso de peso; inflamação com ou sem infecção; fator Genético: APOE4 e outros genes; alcoolismo, mesmo moderado.

Também o vício em drogas: cocaína, maconha e semelhantes; hormônio T3 livre e hormônios da tireoide baixos, Estrógenos baixos, Testosterona baixa; zinco baixo, Selênio baixo; Cobre alto, chumbo alto; Intoxicação por mercúrio ou arsênico; intestino "vasando" (Síndrome de Intestino Permeável); homocisteina alta; Magnésio baixo,  Barreira hemoliquórica permeável; níveis baixos de Vitaminas E, B1, D3, B12, C, B6 e B9; sensibilidade ao glúten e outras relacionadas; autoanticorpos, toxinas e função mitocondrial comprometida.

 

7. Os princípios básicos para evitar a Demência e o Alzheimer são:   

Primeiro: Prevenir e reduzir a Inflamação, que é a resposta do corpo a  agentes infecciosos ou a proteínas danificadas pelo açúcar, ou por gorduras saturadas ou gorduras trans e glúten. Os agentes infecciosos podem ser vírus, bactérias, fungos e parasitas, e devem ser tratados. Para responder à inflamação o organismo forma placas de Amiloide no cérebro.

Segundo: Promover bom nível de hormônios e de fatores tróficos e nutrientes. Isto estimula as atividades do cérebro e fortalece as sinapses, que passam informações de um neurônio para outro. Quando o cérebro está com poucos  destes compostos responde produzindo mais Amiloide. Entre os elementos que fortalecem as sinapses estão o Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF) - que pode ser aumentado pelo exercício físico; hormônios como estradiol e testosterona; e nutrientes como vitamina D e folato.

Terceiro: Atuar sobre as toxinas. Elas podem vir de metais, como o mercúrio e cobre, de fungos ou de outros seres vivos.

 8. Bredesen considera três tipos de Doenças de Alzheimer e acha essencial identificá-lo, para o tratamento ter bons resultados. Para o diagnóstico correto são realizados exames de laboratório e de imagens.

O Tipo 1, é o inflamatório ou “quente”, com sintomas aparecendo em torno dos 50-60 anos. Há uma tendência genética e inflamação do cérebro, com aumento do volume do hipocampo, responsável pela memória de longo prazo, além de outras áreas cerebrais. A doença começa com a perda de capacidade de armazenar e reter novas informações, e a incapacidade de relembrar as antigas. Depois podem ser prejudicadas as capacidades de falar, fazer cálculos e escrever.

O Tipo 2 é o atrófico ou “frio”, caracterizado pela deficiência de hormônios (como os da tireoide), de vitaminas (como da Vitamina D3 e B12), presença de resistência à Insulina, diminuição de Fatores de Apoio Cerebral e aumento de volume do hipocampo. Os sintomas são iguais aos do tipo 1, nas aparecem em idade mais avançada. Não há sinais de inflamação.

 O Subtipo 1,5, chamado de “doce”, é uma mistura dos tipos 1 e 2, envolvendo os processos inflamatório e o atrófico. O doente tem resistência à insulina e inflamação induzida pela glicose.

O Tipo 3 é o tóxico ou “vil” e se caracteriza pela ação no cérebro de tóxicos e diminuição de volume do hipocampo. Aparece entre 40 e 60 anos, depois de grandes períodos de estresse, e começa com dificuldades com números, com a fala e com a organização, além da perda da memória recente e antiga.

 

 

REFERÊNCIAS E LINKS

1.Bredesen, D., The End of Alzheimer's: The First Program to Prevent and Reverse Cognitivo Decline,

      2. www.omicsonline.org ›open-access.

      3. https://thewomensalzheimersmovement.org/end-of-alzheimers-dale-bredesen/


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