domingo, 8 de novembro de 2020

75 - NOVA VISÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

Esta página se destina a divulgar informações sobre Educação das Emoções e Educação da Atenção. Baseia-se em livros e pesquisas realizadas por Universidades, sobre Neurociências, Medicina e Psiconeuropedagogia. 

Os posts refletem a experiência de dezenas de anos de trabalho do Autor em instituições educacionais de ensino superior e médio, e da publicação de vários livros e monografias sobre os temas. O material deste blog é exclusivamente informativo e não tem finalidade terapêutica, que deve ser feita por médicos e psicólogos.

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No Post 63 está a relação dos posts publicados e suas datas.

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Este Blog teve 15.940 visitas, até 8-11-2020, em 86 países da América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África. As estatísticas não consideraram muitos países que não foram computados porque referidos como de "Região Desconhecida".      

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                      Leitura em 20 minutos

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Aproveite ao máximo as coisas boas que tiver na vida!

 

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Neste post você verá os conceitos de Demência e de Doença de Alzheimer, o que o doente sente, seus dados de laboratório e de imagens cerebrais e suas evolução. Quais suas causas e tipos, seus fatores de risco e os principais princípios para lidar com ele. 

No post seguinte analisaremos cada fator de risco.

                                                                               

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Qual a diferença entre Demência e 

Doença de Alzheimer?


A Demência é uma doença que produz alterações da mente, na comunicação e na linguagem, produz confusão mental, perda da memória, perda da orientação no tempo e no espaço e da capacidade de planejar e processar informações recebidas pelos sentidos.

 

Há vários tipos de demência e a mais frequente é a Doença de Alzheimer, que pode comprometer severamente a memória, emoções, pensamentos e  comportamentos. O portador de Alzheimer perde progressivamente a memória para fatos recentes, a atenção e a capacidade de elaborar conhecimentos, como calcular,e isto é denominado de “Declínio Cognitivo”. A cognição é um processo mental que visa adquirir conhecimentos, e envolve a atenção, percepção, armazenar na memória e  lembrar o que foi armazenado.

A cognição visa adquirir conhecimentos e envolve atenção, percepção e memória.


A questão fundamental da Demência está na transmissão das informações de um neurônio para outro, que é prejudicada, pois as sinapses que ligam um neurônio aos outros são lesadas, dificultando a passagem das informações. Quando isto ocorre nos neurônios do Hipocampo, a memória é comprometida, não podem ser recuperadas as lembranças e a pessoa fica “esquecida”.

Na Demência a transmissão das informações entre os neurônios é prejudicada e as sinapses (ligações entre os neurônios) são lesadas.


 

O sintoma inicial da doença de Alzheimer é a perda progressiva da memória: a pessoa esquece onde botou os óculos, as chaves, o celular, etc.

Esquecimento é a queixa inicial da doença de Alzheimer: onde botei os óculos?

 

Depois surgem alterações da memória de longo prazo, como o  esquecimento do rosto dos filhos, parentes e amigos, dificuldades para andar na rua e voltar para casa, se perdendo com facilidade.

                           O portador de Alzheimer grave não reconhece os familiares.

 

Surgem dificuldades para pronunciar palavras, alterações na visão e distúrbios de comportamento, além de perturbações emocionais como agressividade, crises de Raiva e de Tristeza, depressão, alucinações, ansiedade, medo e solidão, alternados com períodos de serenidade e alegria. Diminui a capacidade de prestar atenção e de pensar logicamente, e nos casos mais graves a pessoa perde a capacidade de falar e pensar.

Diversos filmes obre a doença de Alzheimer retratam bem a evolução do comportamento de um portador dela.

A quantidade de portadores de Alzheimer aumenta com a idade.

Quais as causas da Doença de Alzheimer?

 

Dr. Dale Bredesen, diretor da pesquisa sobre doenças neurodegenerativas da Universidade da Califórnia, publicou em 2018 o livro “The End of Alzheimer's: The First Program to Prevent and Reverse Cognitivo Decline” (O Fim do Alzheimer: O Primeiro Programa para Prevenção e Reversão do Declínio Cognitivo). Nele identificou, depois de 20 anos de pesquisas, uma série de mecanismos que interferem na doença e desenvolveu um programa inovador para seu tratamento e reversão, o ReCODE.



                       Livro de Bredesen sobre Alzheimer.


Em outubro de 2019, ele publicou o artigo “Reversal of Cognitive Decline: 100 Patients” ( Reversão do Declínio Cognitivo: 100 pacientes), onde mostra bons resultados no tratamento de 100 pacientes e propõe o Protocolo ReCODE (Reversão do Declínio Cognitivo),

( www.omicsonline.org ›open-access).

 

Segundo Bredesen o mal de Alzheimer, na sua forma simples ou na grave, atinge cerca de 15% da população, e pode começar até 20 anos antes do diagnóstico ser dado, pois a doença se desenvolve sem nenhuma manifestação.


Para ele  o declínio cognitivo do Alzheimer resulta da ação de três ameaças ao cérebro:

1-    Inflamação, devida a agentes inflamatórios como o açucar;

2-    Atrofia, devida a falta dos nutrientes necessários ou da falta de hormônios ou de fatores necessários à cognição;

 3- Tóxicos agindo sobre os neurônios, tanto vindos de organismos vivos quanto de metais como mercúrio, chumbo, e outros.


Tanto a inflamação quanto a falta de apoio à cognição dependem de vários fatores: da dieta, da atividade da pessoa, dos seus genes, do estresse que ela suporta e de como a pessoa lida com ele. Os fatores causadores das ameaças citadas podem ser identificados e podemos agir sobre eles. (https://thewomensalzheimersmovement.org/end-of-alzheimers-dale-bredesen/). 


Estão dentre as causas de Demência e da Doença de Alzheimer: o estilo de vida da pessoa; o que ela come; o que ela bebe; como ela vive; se ela tem vida sedentária; se ingere muito açúcar; dorme pouco;  usa alimentos processados; se ela se expõe a tóxicos e a muitas inflamações.

                     O mal de Alzheimer depende do estilo de vida da pessoa.

 
Quais os fatores de risco para
a Demência e Doença de Alzheimer?
 

Segundo Bredesen 36 fatores podem produzir a Doença de Alzheimer. E os compara aos buracos que ficaram num telhado exposto a uma tempestade, com 36 orifícios: se o dono da casa não quiser que caia água dentro dela quando chover, deve consertar todos eles e não só alguns. Se diversos fatores causam o mal de Alzheimer, o médico deve tratar o maior número possível para obter os melhores resultados.

             Se há 36 buracos no telhado, todos devem ser fechados,                                                             para a chuva não entrar na casa.

Para Bredesen os remédios hoje usados para tratar a Demência e a Doença de Alzheimer não produzem bons resultados porque não agem sobre todas suas  causas. Por isto propôs um protocolo, o ReCODE, que recomenda identificar e agir sobre as diversas causas da doença, fazendo para isto os exames necessários.

  

Fatores de risco para Demência e Doença de Alzheimer:


Idade maior do que 40 anos;

Aos 40 anos podem começar os processos que levam à Demência e Alzheimer.

 

Alimentação rica em açúcar, que aumenta a glicemia e pode promover Resistência à Insulina (pão branco, pizza,etc.).

Comer muito açúcar (pizza, etc.) é fator de risco para Demência e Alzheimer.

 

Estresse crônico: deixa o cortisol permanentemente 

elevado. 

Estresse crônico é grande fator de risco para Demência e Alzheimer.

 

 Falta de exercício físico. 

  Falta de exercícios físicos é fator de risco para Demência e Alzheimer.


Falta de exercícios cerebrais, como por exemplo 

praticando através do Brain hq..

Falta de exercícios cerebrais é fator de risco para Demência e Alzheimer.


Dormir menos de 8 horas por dia.


Dormir menos de 8 horas por dia é fator de risco para Demência e Alzheimer.

 

 ▪ Excesso de peso, medido pelo IMC (Índice de Massa Corporal).

Excesso de peso é um fator de risco para Demência e Alzheimer.

 

Inflamação com ou sem infecção.

 

Fator Genético: APOE4 e outros genes;

 

Alcoolismo, mesmo moderado é fator de risco.

 

         O Alcoolismo é fator de risco muito grande para a Demência e Alzheimer.

 

▪ Vício em drogas: cocaína, maconha e semelhantes.


      O Vício em drogas é fator de risco grande para a Demência e Alzheimer.

 

Hormônio T3 livre e hormônios da tireoide baixos, Estrógenos baixos, Testosterona baixa;

 

Zinco baixo, Selênio baixo, Cobre alto, chumbo alto, Intoxicação por mercúrio ou arsênico.

 

Intestino "vasando" (Síndrome de Intestino Permeável);

 

Homocisteina alta, Magnésio baixo,  Barreira hemoliquórica permeável;

 

Níveis baixos de Vitaminas E, B1, D3, B12, C, B6 e B9;  

 

Sensibilidade ao glúten e outras relacionadas.

 

 Presença de Autoanticorpos, Toxinas ou Função mitocondrial comprometida.

 

Quais os Princípios para Prevenir
a Doença de Alzheimer? 

 

Os princípios básicos para evitar a Demência e o Alzheimer são:

Primeiro Princípio: Prevenir e reduzir a Inflamação.

 A Inflamação é a resposta do corpo ao ataque feito por agentes infecciosos ou por proteínas danificadas pelo açúcar, por gorduras saturadas ou gorduras trans (gorduras artificiais presentes em produtos) e pelo gluten. Os agentes infecciosos podem ser vírus, bactérias, fungos e parasitas, que são combatidos pelo sistema imunológico com o aumento da produção de leucócitos e de anticorpos.

 Para responder à inflamação de forma continuada e às ameaças crônicas, o organismo produz Amiloide, que é uma proteína elaborada na medula óssea e depositada em vários tecidos ou órgãos. A Amiloide forma placas no cérebro do portador de Alzheimer, que caracterizam a doença.

 Bredeson acredita que pessoas que tiveram bom nível educacional e praticaram atividade intelectual regular ao longo da vida, podem ter uma quantidade de sinapses suficiente para compensar a perda das resultantes da ação das placas amiloides. Para o cérebro funcionar bem as sinapses devem resistir à ação da Amiloide. 

 

             Placas de Amiloide são encontradas no cérebro do portador de Alzheimer.

 

Inflamação cerebral produzida por infecção

No cérebro de uma pessoa que morreu com Alzheimer podem ser encontradas bactérias originadas na boca e no nariz, vírus de herpes labial, etc. O cérebro reage a elas  produzindo Amiloide, mas pode haver exagero nesta produção e ele matar as sinapses e os neurônios que deveria proteger. Primeiro diminui a função da sinapse afetada e  depois suas estruturas são destruídas.

 Para prevenir e reverter o declínio cognitivo é necessário tratar as infecções existentes e melhorar a capacidade do sistema imunológico de eliminar os agressores, evitando assim a inflamação cerebral crônica. Atenção particular deve ser dada aos abcessos dentários, gengivites, sinusites e otites infecciosas e à herpes labial.

      Para prevenir Alzheimer tratar infecções da boca, ouvido e seios  faciais.

 

Inflamação cerebral produzida sem infecção

A inflamação sem infecção surge devido à ingestão excessiva de açúcar e gorduras saturadas e trans, ou de alimentos com alto teor de glúten, que deve ser evitado ao máximo.O cérebro responde produzindo placas amiloides para combatê-las. Glúten, laticínios e grãos podem causar “vazamento no intestino”, sendo então desenvolvidos orifícios microscópicos nas paredes intestinais, e através deles  passam fragmentos de alimentos e bactérias, que entram no sangue e chegam ao cérebro. O Sistema Imunológico os reconhece como agressores e os ataca.

Um dos objetivos do programa ReCODE é identificar e reverter a inflamação crônica, eliminando da dieta agentes capazes de produzir inflamação.

O organismo precisa de pouca glicose por dia, apenas cerca de 15 g ( e uma quantidade muito maior é ingerida em apenas um refrigerante médio). Para levá-la para dentro das células o corpo produz mais insulina, mas ele pode se tornar resistente aos efeitos dela.

Para diminuir a insula no sangue o organismo produz a Enzima Degradadora da Insulina (IDE), que tem também a capacidade de degradar o Amiloide. Quando isto ocorre, aumenta a inflamação e o risco de surgir a Doença de Alzheimer, por isto uma parte importante do tratamento é reduzir o nível de glicose no sangue e a resistência à insulina.

 

Segundo Princípio: Promover bom nível dos hormônios, de fatores tróficos e de nutrientes. Deve haver no sangue um bom nível de hormônios, fatores tróficos e  nutrientes, para estimular as atividades do cérebro e fortalecer as sinapses. Quando o cérebro está com poucos compostos que estimulam as sinapses responde produzindo mais Amiloide. 

Entre os elementos que fortalecem as sinapses estão o Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), que pode ser aumentado pelo exercício físico; hormônios como estradiol e testosterona, que podem ser aumentados através de prescrições e nutrientes como vitamina D e folato.

Os neurônios e suas sinapses são estimulados pelos hormônios.

 A doença de Alzheimer pode ser causada por processos que induzem inflamação e resistência à insulina, pela deficiência  hormonal, pela redução da vitamina D  e  do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF) ou de fatores neurotróficos relacionados, além de outros nutrientes e fatores de apoio. Quando o médico sabe todos estes fatores aumentada a possibilidade dele reverter o declínio cognitivo.

 Terceiro Princípio - atuar sobre as Toxinas: que podem vir de metais (como mercúrio e cobre), de fungos ou outros seres vivos, devendo ser identificadas e enfrentadas devidamente.

Quais os tipos de Doença de Alzheimer?

 

Bredesen considera três tipos de Doenças de Alzheimer - 1, 2 e 3 - e acha importante identificar o tipo existente no doente, para poder personalizar o tratamento, realizando os exames de laboratório e de imagens necessários para o diagnóstico.

 

O Tipo 1, é o inflamatório ou "quente”, e os sintomas aparecem em torno dos 50-60 anos. Há uma tendência genética e uma inflamação do cérebro, havendo aumento do volume do hipocampo, órgão responsável pela memória de longo prazo, e de outras áreas  cerebrais. A doença começa com perda da capacidade de reter novas informações e de armazená-las, e da capacidade de ter lembranças antigas, de falar, fazer cálculos e escrever.

 

O Tipo 2 é o atrófico ou “frio” e se caracteriza pela falta de hormônios (como os da tireoide), de vitaminas (como das Vitaminas D3 e B12), pela presença de Resistência à Insulina, da diminuição de Fatores de Apoio Cerebral e do aumento de volume do hipocampo . Não há sinais de inflamação. Os sintomas são os mesmos do tipo 1 e surgem em idade mais avançada.

 

 O Subtipo 1,5 é chamado de “doce”, resulta de uma mistura dos tipos 1 e 2,  e envolve os processos inflamatório e  atrófico. O doente tem resistência à insulina e inflamação induzida pela glicose.

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O Tipo 3 é o tóxico ou “vil” e se caracteriza pela ação no cérebro de tóxicos e diminuição de volume do hipocampo. Aparece entre 40 e 60 anos, depois de grandes períodos de estresse, e começa com dificuldades com números, com a fala e a organização, além da perda da memória recente e antiga.

 

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No Post 76 veremos os Fatores de Risco principais. 

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Agradecemos a valiosa colaboração do Prof. Gilson 

Vieira, através de sugestões e revisão do texto.

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com mais bem-estar, mais tranquilidade e um mundo 

melhor!

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Resumo

 1. A Demência é uma doença que produz várias alterações na mente: na comunicação, na linguagem, confusão mental, perda da memória, desorientação no tempo e no espaço, perda da capacidade de planejar e de processar informações recebidas pelos sentidos.

Há vários tipos de Demência  e a mais frequente é a Doença de Alzheimer, que pode comprometer severamente a memória, emoções, pensamentos e  comportamentos. A pessoa perde progressivamente a memória para fatos recentes, a atenção e a capacidade de elaborar conhecimentos, e isto é denominado de “Declínio Cognitivo”.

 

2. A questão fundamental da Demência está na transmissão das informações de um neurônio para outro, pois as sinapses que os ligam são lesadas, e as informações não passam. Quando isto ocorre no Hipocampo, a memória é comprometida e a pessoa fica “esquecida”.

 

3. O sintoma inicial da doença de Alzheimer é a perda da memória: a pessoa esquece onde botou os óculos, as chaves, o celular, etc. Depois surgem alterações da memória de longo prazo, como o esquecimento do rosto dos filhos, parentes e amigos, dificuldades para andar na rua e de voltar para casa, se perdendo com facilidade.

Depois aparecem dificuldades para pronunciar palavras, alterações na visão e distúrbios de comportamento, além de perturbações emocionais como agressividade, crises de raiva e tristeza, depressão, alucinações, ansiedade, medo e solidão, alternados com períodos de serenidade e alegria. Diminui a capacidade de prestar atenção e de pensar logicamente, e nos casos mais graves é perdida a capacidade de falar e pensar.

 

4.  Segundo Bredesen, o mal de Alzheimer atinge cerca de 15% da população, e pode começar até 20 anos antes do diagnóstico de ser dado, pois a doença não se manifesta no início. O declínio cognitivo resulta da ação de três ameaças ao cérebro: inflamação, devida a agentes inflamatórios; atrofia, consequência da falta dos nutrientes, ou da falta de hormônios ou de fatores necessários à cognição; ou da ação de tóxicos sobre os neurônios.

 

5. Segundo Bredesen 36 fatores podem produzir a Doença de Alzheimer e ele os compara aos buracos que ficam no telhado de uma casa  exposta a uma tempestade, que ficou com 36 orifícios. Se o dono da casa não quiser que caia mais água nela quando chover, deve consertar todos os buracos e não só alguns. São causas da demência e da Doença de Alzheimer: o estilo de vida da pessoa; o que ela come; o que ela bebe; como ela vive; se tem vida sedentária; se come muito açúcar; se dorme pouco; se usa alimentos processados; se é exposta a tóxicos e se tem muitas inflamações.

 

6. São fatores de risco de ter Demência e Doença de Alzheimer: idade maior do que 40 anos; alimentação rica em açúcar, que aumenta a glicemia e pode promover Resistência à Insulina; estresse crônico, que promove aumento  continuado de cortisol; falta de exercício físico; falta de exercícios cerebrais; dormir menos de 8 horas por dia; excesso de peso; inflamação com ou sem infecção; fator Genético: APOE4 e outros genes; alcoolismo, mesmo moderado.

Também o vício em drogas: cocaína, maconha e semelhantes; hormônio T3 livre e hormônios da tireoide baixos, Estrógenos baixos, Testosterona baixa; zinco baixo, Selênio baixo; Cobre alto, chumbo alto; Intoxicação por mercúrio ou arsênico; intestino "vasando" (Síndrome de Intestino Permeável); homocisteina alta; Magnésio baixo,  Barreira hemoliquórica permeável; níveis baixos de Vitaminas E, B1, D3, B12, C, B6 e B9; sensibilidade ao glúten e outras relacionadas; autoanticorpos, toxinas e função mitocondrial comprometida.

 

7. Os princípios básicos para evitar a Demência e o Alzheimer são:   

Primeiro: Prevenir e reduzir a Inflamação, que é a resposta do corpo a  agentes infecciosos ou a proteínas danificadas pelo açúcar, ou por gorduras saturadas ou gorduras trans e glúten. Os agentes infecciosos podem ser vírus, bactérias, fungos e parasitas, e devem ser tratados. Para responder à inflamação o organismo forma placas de Amiloide no cérebro.

Segundo: Promover bom nível de hormônios e de fatores tróficos e nutrientes. Isto estimula as atividades do cérebro e fortalece as sinapses, que passam informações de um neurônio para outro. Quando o cérebro está com poucos  destes compostos responde produzindo mais Amiloide. Entre os elementos que fortalecem as sinapses estão o Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF) - que pode ser aumentado pelo exercício físico; hormônios como estradiol e testosterona; e nutrientes como vitamina D e folato.

Terceiro: Atuar sobre as toxinas. Elas podem vir de metais, como o mercúrio e cobre, de fungos ou de outros seres vivos.

 8. Bredesen considera três tipos de Doenças de Alzheimer e acha essencial identificá-lo, para o tratamento ter bons resultados. Para o diagnóstico correto são realizados exames de laboratório e de imagens.

O Tipo 1, é o inflamatório ou “quente”, com sintomas aparecendo em torno dos 50-60 anos. Há uma tendência genética e inflamação do cérebro, com aumento do volume do hipocampo, responsável pela memória de longo prazo, além de outras áreas cerebrais. A doença começa com a perda de capacidade de armazenar e reter novas informações, e a incapacidade de relembrar as antigas. Depois podem ser prejudicadas as capacidades de falar, fazer cálculos e escrever.

O Tipo 2 é o atrófico ou “frio”, caracterizado pela deficiência de hormônios (como os da tireoide), de vitaminas (como da Vitamina D3 e B12), presença de resistência à Insulina, diminuição de Fatores de Apoio Cerebral e aumento de volume do hipocampo. Os sintomas são iguais aos do tipo 1, nas aparecem em idade mais avançada. Não há sinais de inflamação.

 O Subtipo 1,5, chamado de “doce”, é uma mistura dos tipos 1 e 2, envolvendo os processos inflamatório e o atrófico. O doente tem resistência à insulina e inflamação induzida pela glicose.

O Tipo 3 é o tóxico ou “vil” e se caracteriza pela ação no cérebro de tóxicos e diminuição de volume do hipocampo. Aparece entre 40 e 60 anos, depois de grandes períodos de estresse, e começa com dificuldades com números, com a fala e com a organização, além da perda da memória recente e antiga.

 

 

REFERÊNCIAS E LINKS

1.Bredesen, D., The End of Alzheimer's: The First Program to Prevent and Reverse Cognitivo Decline,

      2. www.omicsonline.org ›open-access.

      3. https://thewomensalzheimersmovement.org/end-of-alzheimers-dale-bredesen/


IMAGENS: Pixabay e imagens de “common use”.

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