terça-feira, 9 de julho de 2024

Ebook 56

              E-book 56

                                               Leite de Vaca não produz Inflamação 



          

     P S I C O L O G I A

 
        M O D E R NA

        Blog emoçaoeatencao@blogspot.com

         Prof. Dr. Jair de Oliveira Santos

                      2024 - Bahia- Brasil

 

 

 

QUEM É O AUTOR

Jair de Oliveira Santos é Médico, Professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, Graduado em Pedagogia, Especialista em Administração Escolar, Fundador e ex-Diretor da Faculdade Castro Alves, onde foi coordenador do Núcleo de Estudos das Emoções e do Programa de Educação das Emoções.

 Criou o blog emoçaoeatencao@blogspot.com onde publicou 90 Posts, durante 6 anos, que foram divulgado pela Google em 87 países e teve , segundo o site Ranking Data, cerca de 1 milhão e 188 mil acessos anuais. Fez o lançamento do Podcast das Emoções, no citado blog, em 2021.

Pioneiro da Educações das Emoções na Bahia, implantou-a na Faculdade Castro Alves e em vários colégios, com excelentes resultados. Publicou os livros: 1- Educação Emocional- fundamentos e resultados;2- Manuais de Educação Emocional; 3- Educação Emocional na Sala de Aula, e 4-. Educação Emocional: Aspectos Históricos, Fundamentos e Resultados.

Dedicou-se à Educação Médica, foi Coordenador do Colegiado de Curso de Medicina da UFBA e o presidente da Comissão de Currículo. Publicou livros e artigos na Revista da Associação Brasileira de Educação Médica, dentre eles “Educação Médica e Humanismo”, e” Educação Médica- Filosofia, Valores e Ensino”.

 Dedico este e-book:

In memoriam:

A minha inesquecível esposa, Olívia, meu Pai e minha Mãe.        

A meus filhos:

Jair Filho, César, Telma, Vinicius e Paulo

A meus netos:

Jéssica, Jair Neto, Ana Júlia, Pedro Gabriel, Maria Eduarda , Larissa e Arthur.

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A todos que nos propiciaram condições e estimularam estudos, pesquisas  e reflexões sobre  a Educação das Emoções.

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“Quem conhece aos outros é inteligente, quem conhece a si mesmo é sábio“.

Lao Tsé – Tao te King, XXXIII   

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“Trata a humanidade, na tua própria pessoa ou na de qualquer outra, como um fim em si, nunca apenas como um meio”

 Kant I., “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, 1786.                           

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“Não há outro universo, senão o universo humano, o universo da subjetividade humana. É procurando sempre fora de si um fim que o homem se realizará como ser humano”

Sartre,J.P., “O Existencialismo é um humanismo”, 1944

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“Para criar uma boa vida, não basta lutar por metas que nos trazem prazer, mas também escolher metas que reduzirão a soma total de entropia no mundo”.

Mihaly Csikszentmihalyi

A Descoberta do Fluxo, 1999.

 

                                       COMUNICADO

A partir de 26-11-22,   o blog emoçaoeatencao@blogspot.com

 terá nova orientação, para atender á sua vasta clientela de milhões de leitores, conforme avaliação publicada pelo site Ranking Data, abaixo transcrita. Dentro de sua filosofia de trabalho, publica também e-books gratuitos, que conterão o conteúdo dos posts já publicados, além de novos conteúdos, de modo a constituírem um conjunto integrado de conhecimentos. Já publicou 56  E-books sobre assuntos pertinentes a seu currículo.

Ranking database emoção atenção@blogspot.com, pesquisa.

Imagens de ranking data base emocaoeatencao@blogspot.com

 


                                  


 



  RELAÇÃO DOS CONTEÚDOS DO E-BOOK 56

Capitulo 1: Introdução - Que é Inflamação

Capitulo 2: Efeitos do leite de Vaca sobre a Inflamação .

 

                                   

 

                   CAPITULO 1

                    INTRODUÇÃO

                 

                         Que é Inflamação

       A inflamação é uma reação do organismo à introdução de determinadas substâncias ou  organismos (vírus, bactérias e cogumelos). Ele reage com alterações vasculares, eritema (fica vermelho), congestão venosa, aumento da permeabilidade vascular e edema regionalizado. Cinco sinais indicam inflamação aguda: vermelhidão, calor, inchaço, dor e dificuldade de mover a área afetada.

          São produzidas substâncias detetáveis  em laboratório, que indicam presença de inflamação: proteína C Reativa (PCR), Interleucinas , Citocinas  próinflamatórias (TNF-a e IL-6) e outras, utilizadas para diagnosticar doenças inflamatórias.


               Substâncias produzidas pela inflamação são medidas no laboratório.

              



                                          CAPITULO 2

      EFEITO DO LEITE DE VACA SOBRE A INFLAMAÇÃO

              O leite de vaca não produz inflamação em quem o toma, se ele não tiver uma doença básica. Ele é um alimento muito presente na cultura alimentar do mundo ocidental, na Europa , Estados Unidos, e Brasil, porque   possui nutrientes importantes para a saúde . Contém proteínas de alto valor biológico e minerais importantes como o cálcio e outros.

           As diretrizes para a boa alimentação recomendam a ingestão diária de leite e seus derivados (queijo, iogurte, etc.), para atender as necessidades  nutricionais que auxiliam na manutenção e conservação dos tecidos ósseos e na contração muscular. 

                                                                            

  Algumas pessoas têm alergia ao leite de vaca.

                Entretanto algumas pessoas desencadeiam  alergia   quando ingerem proteínas e outros elementos presentes no leite de vaca , como a lactose, que geram sintomas alérgicos desagradáveis, como diarreia, sintomas respiratórios e digestivos, tipo náusea, constipação, dores abdominais, etc.

                      A pessoa pode ter insuficiência ou falta de enzimas que metabolisam a lactose.                                  

                         O consumo de leite no Brasil vem diminuindo nos últimos anos e com o aumento exponencial do uso das redes sociais ( Facebook, Instagram, etc.) e da Internet, profissionais de saúde as utilizam para trazer informações a respeito de diversos temas e, entre eles, da ingestão de leite de vaca. Por isso, é válido questionar se essas publicações se mostram tendenciosas ou são fidedignas às informações encontradas na literatura científica sobre o leite, se existem evidências para embasá-las e como a escolha dos consumidores é impactada por essas afirmações.

        Este é o tema do Trabalho da  Conclusão de Curso de Nutrição da  USP de Giulia Rocha e Isabela Coquemala, 2022, que tem por objetivo comparar a literatura científica existente sobre leite de vaca com as postagens realizadas nas redes sociais. (https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/aed0e066-57f6-4f3b-9751-e654b9c48e39/TCC_FINAL_Giulia+Rocha+e+Isabela+Coquem).

               As  Informações sobre leite de vaca veiculadas na internet, foram coletadas pelos autores do trabalho por meio de pesquisa no Google e em blogs, redes sociais e YouTube. As bases científicas utilizadas por eles foram  as pesquisas sobre “cow milk inflammation”, “cow milk osteoporosis” e “cow milk cancer”e o website da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.

             As principais informações encontradas nas redes sociais apontam para uma FALSA relação positiva entre o leite de vaca e algumas doenças, como a  inflamação, osteoporose, câncer e alergia, pois não são acompanhadas de evidências científicas que as comprovem, exceto no caso do consumo de leite por alérgicos.

Não existe base científica que justifique a recomendação de suspender genericamente o consumo do leite de vaca.

            Em conclusão , as evidências científicas atuais mostram que o leite não causa danos à saúde, exceto em indivíduos que já tenham condições prévias de doenças. O  papel dos profissionais de saúde na comunicação exige uma conduta de seriedade e compromisso com a ciência, para garantir que as informações passadas ao  leigo sejam condizentes com uma realidade científica.

      Pesquisa realizada em 2019, por Stine Ulven, intitulada “ Consumo de leite e produtos lácteos e biomarcadores inflamatórios, publicada pela Ncbi, núcleo de pesquisas e informações  do Ministério da Saude do Estados Unidos, pode ser assim resumida:

          1. Leite e produtos lácteos são recomendados como ≤14% da ingestão calórica nos países desenvolvidos ; 2. Evidências recentes mostram resultados controversos no que diz respeito ao papel dos produtos lácteos em doenças, como a inflamação; 3. O número crescente de estudos sobre os efeitos anti-inflamatórios  e pró-inflamatórios do leite e produtos lácteos nos últimos 5 anos reflete o interesse  nesta área de investigação; 4. O objetivo desta pesquisa foi avaliar as evidências científicas encontradas nos últimos cinco anos sobre os efeitos do leite e produtos lácteos nos biomarcadores inflamatórios, Proteina C Reativa, e outros, fornecidos por  ensaios clínicos avaliados.

            Os seguintes elementos  foram considerados para inclusão na pesquisa: aumento da concentração de proteína C reativa, interleucinascitocinas e moléculas de adesão vascular, ou expressão de genes pró-inflamatórios em células mononucleares do sangue periférico; além de outros.  Os 15  estudos  incluídos na citada revisão foram de indivíduos saudáveis, com sobrepeso ou obesidade, ou Síndrome Metabólica ou Diabetes tipo 2.

        Na pesquisa, o consumo de leite ou derivados não apresentou efeito inflamatório em indivíduos saudáveis ​​ou com alterações metabólicas. Ao contrário, a  maioria dos estudos documentou um efeito anti-inflamatório significativo do leite de vaca em indivíduos saudáveis ou com  alterações metabólicas.

         Uma outra pesquisa, realizada em  em 2020, por  S. Moosavian  et al, intitulada “ Efeitos do consumo de laticínios  sobre biomarcadores inflamatórios entre adultos: uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados”, teve como objetivo resumir pesquisas anteriores sobre os efeitos do consumo de laticínios derivados do leite de vaca em biomarcadores inflamatórios em adultos e quantificar esses efeitos por meio de meta-análise. Esta pesquisa contemplou, em 2020, todos os artigos relevantes publicados até dezembro de 2019, indexados no PubMed, ISI (Institute for Scientific Information), EmBase, Scopus e Google Scholar, utilizando palavras-chave.

             Foram incluídos ensaios clínicos randomizados (ECR) que examinaram o efeito do consumo de laticínios, comparando com a baixa ou nenhuma ingestão deles, sobre biomarcadores inflamatórios em adultos. Foram analisadas 11 pesquisas com 663 participantes, incluídos na meta-análise. Foi comprovado que o alto consumo de laticínios, pode reduzir a Proteina C Reativa.

             Conclusão:  as  pesquisas comprovaram que a ingestão de laticínios pode diminuir biomarcadores da  inflamação em adultos, em vez de aumentá-los.

                 Outra pesquisa, em  março de 2024, na revista Nutr Saúde Pública .2024 13 de março;27(1):e91. doi: 10.1017/S1368980024000624, a pesquisadora  Hohoff Eva et. A., em Dortmund,  Alemanha, foi  publicada, “ A associação entre a ingestão de laticínios em adolescentes sobre inflamação e marcadores de risco de diabetes tipo 2 durante a idade adulta jovem: resultados do estudo DONALD”.

                Seu  objetivo foi investigar se a ingestão habitual de laticínios totais ou diferentes tipos de laticínios (líquidos, sólidos, fermentados, não fermentados, com baixo teor de gordura, com alto teor de gordura, com baixo teor de açúcar e com alto teor de açúcar) ) durante a adolescência, está associada a biomarcadores de inflamação, para investigar associações entre a ingestão de diferentes tipos de laticínios e medidores da inflamação, com base na proteína C reativa de alta sensibilidade.

              Foram incluídos dados de 375 participantes do estudo DOrtmund Nutritional and Anthropometric Longitudinally Designed (DONALD), para os quais estavam disponíveis pelo menos dois registros dietéticos ​​de 3 dias durante a adolescência e uma amostra de sangue em jovens idade adulta (>18 anos) estavam disponíveis.

         A Conclusão é que não houve associação positiva , estatisticamente significativa, entre a ingestão  de qualquer tipo de leite e  inflamação . A ingestão de leite de vaca e seus derivados, durante a adolescência, não tem impacto  no corpo, na inflamação sistêmica de baixo grau.

                     Pesquisas comprovam não haver relação entre leite de vaca 

                                             e  inflamação do corpo humano.     

Não há relação entre leite de vaca e inflamação sistêmica do corpo humano.     

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