E-book 56
Leite de Vaca não produz Inflamação
P S I C O L O G I A
M O D E R NA
Blog emoçaoeatencao@blogspot.com
Prof. Dr. Jair de Oliveira Santos
2024 - Bahia- Brasil
QUEM É O AUTOR
Jair de Oliveira
Santos é Médico, Professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal da Bahia, Graduado em Pedagogia, Especialista em Administração Escolar,
Fundador e ex-Diretor da Faculdade Castro Alves, onde foi coordenador do Núcleo
de Estudos das Emoções e do Programa de Educação das Emoções.
Criou o
blog emoçaoeatencao@blogspot.com onde publicou
90 Posts, durante 6 anos, que foram divulgado pela Google em 87 países e teve ,
segundo o site Ranking Data, cerca de 1 milhão e 188 mil acessos anuais. Fez o
lançamento do Podcast das Emoções, no citado blog, em 2021.
Pioneiro da Educações
das Emoções na Bahia, implantou-a na Faculdade Castro Alves e em vários
colégios, com excelentes resultados. Publicou os livros: 1- Educação
Emocional- fundamentos e resultados;2- Manuais de Educação Emocional; 3-
Educação Emocional na Sala de Aula, e 4-. Educação Emocional: Aspectos
Históricos, Fundamentos e Resultados.
Dedicou-se à Educação
Médica, foi Coordenador do Colegiado de Curso de Medicina da UFBA e o
presidente da Comissão de Currículo. Publicou livros e artigos na Revista da
Associação Brasileira de Educação Médica, dentre eles “Educação Médica e
Humanismo”, e” Educação Médica- Filosofia, Valores e Ensino”.
Dedico este e-book:
In memoriam:
A minha inesquecível esposa, Olívia, meu
Pai e minha Mãe.
A meus filhos:
Jair Filho, César, Telma, Vinicius e
Paulo
A meus netos:
Jéssica, Jair Neto, Ana Júlia, Pedro
Gabriel, Maria Eduarda , Larissa e Arthur.
● ● ●
A todos que nos propiciaram condições e
estimularam estudos, pesquisas e reflexões sobre a Educação das
Emoções.
● ● ●
“Quem conhece aos outros é inteligente,
quem conhece a si mesmo é sábio“.
Lao Tsé – Tao te King,
XXXIII
● ● ●
“Trata a humanidade, na tua própria
pessoa ou na de qualquer outra, como um fim em si, nunca apenas como um meio”
Kant I., “Fundamentação
da Metafísica dos Costumes”, 1786.
● ● ●
“Não há outro universo, senão o
universo humano, o universo da subjetividade humana. É procurando sempre fora
de si um fim que o homem se realizará como ser humano”
Sartre,J.P., “O Existencialismo é um
humanismo”, 1944
● ● ●
“Para criar uma boa
vida, não basta lutar por metas que nos trazem prazer, mas também escolher
metas que reduzirão a soma total de entropia no mundo”.
Mihaly
Csikszentmihalyi
A Descoberta do
Fluxo, 1999.
COMUNICADO
A partir de 26-11-22, o blog emoçaoeatencao@blogspot.com
terá nova orientação, para atender á sua vasta clientela de
milhões de leitores, conforme avaliação publicada pelo site Ranking
Data, abaixo transcrita. Dentro de sua filosofia de trabalho, publica
também e-books gratuitos, que conterão o conteúdo dos posts já publicados, além
de novos conteúdos, de modo a constituírem um conjunto integrado de
conhecimentos. Já publicou 56 E-books
sobre assuntos pertinentes a seu currículo.
Ranking database emoção
atenção@blogspot.com, pesquisa.
Imagens de ranking
data base emocaoeatencao@blogspot.com
RELAÇÃO DOS CONTEÚDOS DO E-BOOK 56
Capitulo 1: Introdução - Que é Inflamação
Capitulo 2: Efeitos do leite de
Vaca sobre a Inflamação .
CAPITULO 1
INTRODUÇÃO
Que é Inflamação
A inflamação é uma reação do
organismo à introdução de determinadas substâncias ou organismos (vírus, bactérias e cogumelos). Ele
reage com alterações vasculares, eritema (fica vermelho), congestão venosa,
aumento da permeabilidade vascular e edema regionalizado. Cinco sinais indicam inflamação aguda: vermelhidão, calor, inchaço, dor e dificuldade de
mover a área afetada.
São produzidas substâncias detetáveis em laboratório, que indicam presença
de inflamação: proteína C Reativa (PCR), Interleucinas , Citocinas próinflamatórias (TNF-a e IL-6) e outras, utilizadas para
diagnosticar doenças inflamatórias.
Substâncias produzidas pela inflamação são medidas no laboratório.
CAPITULO 2
EFEITO DO LEITE DE VACA SOBRE A INFLAMAÇÃO
O
leite de vaca não produz inflamação em quem o toma, se ele não tiver uma doença básica. Ele é um alimento muito presente na
cultura alimentar do mundo ocidental, na Europa , Estados Unidos, e Brasil,
porque possui nutrientes importantes
para a saúde . Contém proteínas de alto valor biológico e minerais
importantes como o cálcio e outros.
As diretrizes para a boa alimentação recomendam a ingestão
diária de leite e seus derivados (queijo, iogurte, etc.), para atender as
necessidades nutricionais que auxiliam
na manutenção e conservação dos tecidos ósseos e na contração muscular.
Algumas pessoas têm alergia ao leite de vaca.
Entretanto algumas pessoas desencadeiam alergia quando ingerem proteínas e outros elementos presentes no leite de vaca , como a lactose, que geram sintomas alérgicos desagradáveis, como diarreia, sintomas respiratórios e digestivos, tipo náusea, constipação, dores abdominais, etc.
A pessoa pode ter insuficiência ou falta de enzimas que metabolisam a lactose.
O consumo de leite no Brasil vem diminuindo nos últimos anos e com o aumento exponencial do uso das redes sociais ( Facebook, Instagram, etc.) e da Internet, profissionais de saúde as utilizam para trazer informações a respeito de diversos temas e, entre eles, da ingestão de leite de vaca. Por isso, é válido questionar se essas publicações se mostram tendenciosas ou são fidedignas às informações encontradas na literatura científica sobre o leite, se existem evidências para embasá-las e como a escolha dos consumidores é impactada por essas afirmações.
Este é o tema do Trabalho da Conclusão de Curso
de Nutrição da USP de Giulia Rocha e
Isabela Coquemala, 2022, que tem por objetivo comparar a literatura
científica existente sobre leite de vaca com as postagens realizadas nas redes
sociais. (https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/aed0e066-57f6-4f3b-9751-e654b9c48e39/TCC_FINAL_Giulia+Rocha+e+Isabela+Coquem).
As Informações sobre leite de vaca veiculadas na
internet, foram coletadas pelos autores do trabalho por meio de pesquisa no
Google e em blogs, redes sociais e YouTube. As bases científicas utilizadas por
eles foram as pesquisas sobre “cow milk
inflammation”, “cow milk osteoporosis” e “cow milk cancer”e o website da
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.
As principais informações encontradas nas redes sociais apontam para uma FALSA relação positiva entre o leite de vaca e algumas doenças, como a inflamação, osteoporose, câncer e alergia, pois não são acompanhadas de evidências científicas que as comprovem, exceto no caso do consumo de leite por alérgicos.
Não existe base científica que justifique a recomendação de suspender genericamente o consumo do leite de vaca.
Em conclusão , as evidências científicas atuais mostram que o leite não causa danos à saúde, exceto em indivíduos
que já tenham condições prévias de doenças. O papel dos profissionais de saúde na comunicação exige uma conduta de
seriedade e compromisso com a ciência, para garantir que as informações passadas ao leigo sejam condizentes com uma realidade científica.
Pesquisa realizada em
2019, por Stine Ulven, intitulada “ Consumo de leite e produtos lácteos e biomarcadores inflamatórios, publicada
pela Ncbi, núcleo de pesquisas e informações
do Ministério da Saude do Estados Unidos, pode ser assim resumida:
1. Leite e produtos
lácteos são recomendados como ≤14% da ingestão calórica nos países
desenvolvidos ; 2. Evidências recentes mostram resultados controversos
no que diz respeito ao papel dos produtos lácteos em doenças, como a inflamação;
3. O número crescente de estudos sobre os efeitos anti-inflamatórios e pró-inflamatórios do leite e produtos
lácteos nos últimos 5 anos reflete o interesse nesta área de
investigação; 4. O objetivo desta pesquisa foi avaliar as evidências
científicas encontradas nos últimos cinco anos sobre os efeitos do leite e
produtos lácteos nos biomarcadores inflamatórios, Proteina C Reativa, e outros,
fornecidos por ensaios clínicos
avaliados.
Os
seguintes elementos foram considerados para inclusão na pesquisa: aumento da concentração de proteína C reativa, interleucinas, citocinas
e moléculas de adesão vascular, ou expressão
de genes pró-inflamatórios em células mononucleares do sangue periférico; além
de outros. Os
15 estudos
incluídos na citada revisão foram de indivíduos saudáveis, com
sobrepeso ou obesidade, ou Síndrome Metabólica ou Diabetes tipo 2.
Na pesquisa, o consumo de leite ou derivados não apresentou
efeito inflamatório em indivíduos saudáveis ou com alterações
metabólicas. Ao contrário, a maioria dos
estudos documentou um efeito anti-inflamatório significativo do leite de
vaca em
indivíduos saudáveis ou com alterações
metabólicas.
Uma outra pesquisa, realizada em em 2020, por S. Moosavian et al, intitulada “ Efeitos do consumo de laticínios sobre biomarcadores inflamatórios entre adultos: uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados”, teve como objetivo resumir pesquisas anteriores sobre os efeitos do consumo de laticínios derivados do leite de vaca em biomarcadores inflamatórios em adultos e quantificar esses efeitos por meio de meta-análise. Esta pesquisa contemplou, em 2020, todos os artigos relevantes publicados até dezembro de 2019, indexados no PubMed, ISI (Institute for Scientific Information), EmBase, Scopus e Google Scholar, utilizando palavras-chave.
Foram incluídos ensaios clínicos randomizados (ECR) que examinaram o efeito do consumo de laticínios, comparando com a baixa ou nenhuma ingestão deles, sobre biomarcadores inflamatórios em adultos. Foram analisadas 11 pesquisas com 663 participantes, incluídos na meta-análise. Foi comprovado que o alto consumo de laticínios, pode reduzir a Proteina C Reativa.
Conclusão: as pesquisas comprovaram que a ingestão de laticínios pode diminuir biomarcadores da inflamação em adultos, em vez de aumentá-los.
Outra pesquisa, em março de 2024, na revista Nutr Saúde Pública .2024 13 de março;27(1):e91. doi: 10.1017/S1368980024000624, a pesquisadora Hohoff Eva et. A., em Dortmund, Alemanha, foi publicada, “ A associação entre a ingestão de laticínios em adolescentes sobre inflamação e marcadores de risco de diabetes tipo 2 durante a idade adulta jovem: resultados do estudo DONALD”.
Seu objetivo foi investigar
se a ingestão habitual de laticínios totais ou diferentes tipos de laticínios
(líquidos, sólidos, fermentados, não fermentados, com baixo teor de gordura,
com alto teor de gordura, com baixo teor de açúcar e com alto teor de açúcar) )
durante a adolescência, está associada a biomarcadores de inflamação, para
investigar associações entre a ingestão de diferentes tipos de laticínios e medidores
da inflamação, com base na proteína C reativa de alta sensibilidade.
Foram incluídos dados de 375
participantes do estudo DOrtmund Nutritional and Anthropometric Longitudinally
Designed (DONALD), para os quais estavam disponíveis pelo menos dois registros
dietéticos de 3 dias durante a adolescência e uma amostra de sangue em jovens
idade adulta (>18 anos) estavam disponíveis.
A Conclusão é que não houve associação positiva , estatisticamente significativa,
entre a ingestão de qualquer tipo de
leite e inflamação . A ingestão de leite
de vaca e seus derivados, durante a adolescência, não tem impacto no corpo, na inflamação sistêmica de baixo
grau.
Pesquisas comprovam não haver relação entre leite de vaca
e inflamação do corpo humano.
Não há relação entre leite de vaca e inflamação sistêmica do corpo humano.
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