terça-feira, 6 de maio de 2025

E-book 78

        

                      E-book 78 

                            5 Emoções frequentes - parte I                     

                     Leitura em 25 minutos.   

                                    


     P S I C O L O G I A

 
      M O D E R NA

    Blog emoçaoeatencao@blogspot.com

        Prof. Dr. Jair de Oliveira Santos

                                 2025

           

                   QUEM É O AUTOR

Jair de Oliveira Santos é Médico, Professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, Graduado em Pedagogia, Especialista em Administração Escolar, Fundador e ex-Diretor da Faculdade Castro Alves, onde foi coordenador do Núcleo de Estudos das Emoções e do Programa de Educação das Emoções.

No blog emoçaoeatencao@blogspot.com, o Autor publicou 90 Posts, durante 10 anos, que foram divulgados pela Google em 87 países e teve , segundo o site Ranking Data, cerca de 1 milhão e 188 mil acessos anuais.

 EMOÇÕES A SEREM ANALISADAS

 Alegria, Raiva, Medo, Tristeza, Esperança.

 

1.       Alegria

         A alegria é uma resposta do organismo a estímulos agradáveis, externos ou internos.Os externos. podem ser boas notícias, encontrar uma pessoa que gosta, as diversões e os prazeres (físicos ou mentais). Os internos podem ser situações que tragam contentamento e satisfação, como a serenidade e a tranquilidade. 

          A Alegria pode ser ruidosa ou silenciosa. A ruidosa se manifesta através de um sorriso ou gargalhada, e a silenciosa não se manifesta externamente, é percebida por satisfação íntima, como na Plena Atenção.

     A alegria se expressa no rosto, olhar, voz e  corpo. A manifestação no rosto se faz pelo sorriso ou pela serenidade da face. O sorriso resulta da contração dos músculos faciais e expressa geralmente emoções agradáveis, alegria, satisfação, contentamento, felicidade, amizade e júbilo. Mas pode expressar emoções desagradáveis, como medo, ansiedade, ironia ou tristeza.

         A intensidade da alegria varia de um mínimo a um máximo, onde estão o júbilo e o êxtase. Se a alegria é muito forte, a pessoa pode gritar e pular, como quando há ótimas notícias, como quando alguém aprovado em exames concorridos. No bom humor predominam alegria e contentamento.

Sinais corporais da Alegria

          A alegria se expressa mais frequentemente no rosto, no sorriso ou na serenidade da face. O sorriso expressa geralmente emoções agradáveis, alegria, satisfação, contentamento, felicidade e júbilo, mas pode expressar desagradáveis.

        Podemos identificar a alegria pelo brilho dos olhos ou pela voz, que tem uma tonalidade própria. A intensidade vai de um  mínimo a um máximo, atingido no júbilo e êxtase. 

               Poder da Alegria

   Pode gerar bom humor, contentamento, satisfação, bem estar, aproximar pessoas, e melhorar os relacionamentos. Se alguém lhe recebe sorrindo,  está aberta para relacionamento acolhedor, mas se a cara é fechada, não está pronta para um bom relacionamento . 

                                      2. RAIVA   

            A raiva é uma das emoções principais do ser humano. Surge em resposta a situações percebidas como injustas, ameaçadoras ou desafiadoras e pode manifestar-se em comportamentos agressivos ou explosivos. Qualquer ser humano que tenha a integridade física ameaçada, reage através da luta ou da fuga. Graças à raiva o homem das cavernas se defendeu e deu continuidade à espécie. Ela é uma forma de preservar o indivíduo.

       Na raiva o indivíduo reage para lutar. O cérebro produz mais  adrenalina e noradrenalina, que são importantes para lutar ou fugir. No homem moderno a reação à raiva pode ser causada por estímulos psicológicos ou sociais. E nem sempre pode ser resolvida pela luta ou pela fuga, pois ninguém pode fugir de seu pensamento, que é a grande causa de raiva. O que se pode fazer é controlar o pensamento, afastando-o da raiva. Não se entregue à raiva, para não se arrepender. 

                         Tipos de Raiva    

       Há dois tipos de raiva: a inata e a adquirida. inata nasce com o indivíduo e surge rapidamente, se há ameaça real à integridade física e visa preparar para responder ao perigo quando a perda de tempo pode custar a vida. Ela se origina no momento presente,  é passageira e proporcional à dor sentida.va de quem toma um murro na cara é inata.

        A raiva aprendida é adquirida no convívio com outras pessoas, principalmente na família. É gerada e mantida pelo pensamento, e surge sem uma ameaça real. Um exemplo é a existente entre judeus e árabes. A raiva aprendida existe entre pessoas de partidos políticos diferentes, nela a  participação do pensamento é grande, e tem origem no passado. Para controlá-la , você age sobre o pensamento.

                        Limiar de Raiva

        Para você ter raiva precisa haver uma quantidade mínima de estímulo ameaçador, chamada de Limiar de Raiva. Se você está calmo e é provocado por alguém, só sentirá raiva se a provocação tiver uma certa intensidade. Se for pequena, você nada sentirá.

               Como pode agir uma pessoa com Raiva

     ● Agredir a quem lhe provocou a Raiva. É um comportamento frequente.

  ● Rebelar-se contra o agressor – se a pessoa enraivecida é subordinada ao agressor, vinga-se desobedecendo suas ordens.

 ●  Outras formas  impedir o agressor, exigir, ameaçar, opor-se , humilhar, criticar, rebaixar, expulsar, etc.

               Reações corporais da Raiva

         A raiva se manifesta no corpo de diversas maneiras e  pode se mostrar no rosto com a contração do maxilar inferior. A pessoa fica com o "queixo quadrado". As mãos se fecham para
dar um murro, e a tensão muscular aumenta.

                                     Na raiva a pessoa pode ficar com o queixo quadrado.

      Ela sua muito, as pupilas se dilatam e a pele do rosto fica vermelha ou pálida. Contrai os músculos dos braços, antebraço e mãos. A voz aumenta de intensidade e fica grosseira, áspera e exaltada. A boca fica seca, o coração parece querer saltar do peito, a respiração fica ofegante, a pressão arterial sobe. O açúcar do sangue sobe, para servir como fonte de energia no caso de luta ou fuga.

                  Como saber se o outro tem Raiva

      A raiva se manifesta de diferentes formas e as extremas são ódio, fúria e violência, sendo as mais brandas revolta, indignação, aborrecimento, irritabilidade, ironia e hostilidade, além de outras. Para saber se uma pessoa está com raiva, veja se ela está com o rosto suado, pálido ou avermelhado, olhos esbugalhados, músculos da face contraídos, com o queixo "quadrado". As mãos e braços tremendo, os punhos fechados, a  respiração mais rápida, a voz  áspera, ríspida e grosseira.

         Como saber se você está com Raiva

        Para saber se você está com raiva, veja se seu coração disparou, a respiração acelerou, os pensamentos estão confusos, as mãos e braços tremem e contraídos, o rosto quente, pálido ou avermelhado, suor na testa, os músculos da face  contraídos, voz alterada e olhos dilatados.

                Controle da Raiva

         Controlar a Raiva é agir depois dela instalada, impedindo sua evolução. Evitar a Raiva, consiste em vigiar a mente e para impedir sua instalação. Para controlar a raiva:

   ● Preste atenção sempre a sua mente.

   ● Não deixe a raiva crescer. Quando a raiva começar pense em outras coisas

  ● Não pense no assunto que causou a raiva.

  ● Só pense na Raiva depois que ela passar. 
  ● Não se entregue a seus impulsos agressivos durante a raiva. 

 ● Não alimente atitudes agressivas. 

        ● Não adianta esmurrar travesseiros, paredes, bater nos móveis, nem gritar, pois é pior.

       FONTES:

    CARUSO,D.R. e SLOVEY,P., Liderança com Inteligência Emocional, M. Books, São Paulo, 2007

   DAMÁSIO, A., Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos,Companhia das Letras,2004 .      DAVIDSON, R. O estilo emocional do cérebro, Sextante, Rio de Janeiro, 2013,

   GOLEMAN, D. Inteligência Emocional, Ed. Ática, 1996.

           

                  3. MEDO    

    O Medo é uma reação do organismo a uma situação ameaçadora, que pode ser real ou não. Ele foi importante para a preservação humana pois permitiu aos antepassados se salvarem dos perigos que os ameaçavam, fugindo de um leão ou tigre e preservando a espécie. O medo é um aliado do homem, pois o faz cauteloso, prudente e o protege. Uma forma é o medo de andar de avião. 

            O Medo é hereditário

      Pesquisadores da Universidade de Queensland, em 2014, descobriram os genes associados ao medo e a fobia, que é uma  forma de medo. A cromatina controla a expressão dos genes do medo e pode  promover a extinção dele.        

      A pessoa pode herdar um temperamento tímido, e sentir medo com pequenos estímulos, quando outras pessoas não sentiriam. Elas  têm  limiar de medo baixo, que é a menor quantidade de estímulo que pode desencadeá-lo. Algumas pessoas se assustam facilmente e  outras são  mais difíceis de se assustarem.

      Ser assustado ou calmo é uma tendência que a pessoa nasce, relacionada com a noradrenalina cerebral. As pessoas tímidas têm mais noradrenalina no sangue. Pesquisas mostram que crianças inseguras, que se grudavam nas mães na escola, continuavam medrosas quando cresciam e com medo de se apresentarem em público. Depois de tratamento conseguiam superar o medo.

              Sentimentos derivados do Medo

     Existem muitos e a forma mais extrema é o terror, além da fobia e da síndrome de pânico, no terreno da doença. Uma forma comum do medo é a preocupação, e outras são  ansiedade, apreensão, nervosismo, timidez, vergonha, cautela, inquietação, pavor e susto.

                             Tipos de Medo

     Há o natural e o adquirido. O natural é inato, os animais nascem com ele e é a resposta a uma ameaça real. Quando alguém se aproxima de um passarinho ou peixe, ele corre para defender-se.       O medo natural ocorre com rapidez e mobiliza o animal para dar resposta rápida, de vida ou morte. Surge quando alguém vai na rua e aparece um cachorro para mordê-lo. No medo , seu organismo se prepara para a fuga: a  amígdala cerebral envia sinais para o hipotálamo  estimular a hipófise pelo ACTH (adeno-córtico-trófico hormônio), que estimula a glândula suprarrenal. A hipófise libera o ACTH, que estimula a supra-renal para  produzir mais adrenalina e cortisol. A adrenalina acelera o coração, que manda mais sangue para os músculos, e  cortisol aumenta o açúcar sanguíneo, para os músculos correrem.        

       O medo aprendido é adquirido . O estímulo que o produz vem do pensamento e do convívio com a família. Exemplos: medo de barata ou rato que a filha aprendeu com a mãe, medo de escuro que o filho aprendeu com a mãe, que só dormia com a luz acesa.

                     Causas do Medo

            Existem várias causas sendo as principais:

Medo do futurogerado pelo pensamento, pode ser adquirido na família ou com outras pessoas. É o caso do medo da morte, velhice, desamparo, ruína e  solidão.

Medo de doenças: Os mais comuns são infarto do miocárdio, hipertensão arterial, derrame cerebral, diabetes, colesterol alto,  câncer, demência.

Medo da invalidez: geralmente ocorre devido a uma doença ou a um acidente de carro, moto, quedas e outros acidentes.

O medo de fazer sexo: pode surgir em alguém que teve um episódio de impotência sexual e em outra relação tem medo de fracassar de novo.

O medo de animais: o medo de cachorro pode ser devido a uma agressão ou a uma mordida de um cão que a pessoa sofreu. Pode ser aprendido como o de barata e de rato.

   Medo de homem ou mulher: em quem conviveu com pai ou mãe violenta.

  Medo de água: alguém que quando criança quase se afogou, pode ter medo de água .

  Medo da morte: há nas pessoas idosas, mas pode existir em jovens .

  Medo do inferno e do Diabo, entre os cristãos.

  Medo de terremotos, em pessoas que vivem em regiões com tremores de terra.

  Medo de inundações e tempestades: pessoas que vivem em regiões em que existem.

  Medo de epidemias: da gripe e de outros vírus, como dengue e  zika.


  Medo de abandono: do filho ser abandonado pela mãe ou do namorado(a) pela namorada(o).

Medo de não poder amar outra pessoa: em pessoas que tiveram dificuldades afetivas quando crianças e que acham que não são capazes de amar.

Medo de tomar elevador: tem pessoas que tem medo de entrar no elevador.

 Medo de Multidões: ocorre em pessoas que têm medo de andar em muita gente junta.
 Síndrome  de pânico: ocorre quando a pessoa fazendo uma atividade qualquer e sente medo cada vez mais forte, o coração dispara, tontura, tremores, falta de ar e a sensação que vai morrer.

    Medo de altura : em pessoas que não suportam subir a locais muito elevados.

    Fobia social:  a pessoa fica com medo e sente mal estar em situações  se é observada por outros, como falar em público, num restaurante, lugar com muita gente,  etc.

               Comportamento no Medo

     O medo crônico pode ter consequências severas na vida da pessoa, pois altera seu corpo e sua conduta. O medroso tem duas opções: uma é fugir de suas responsabilidades e outra é obedecer ao dominador, por lhe faltarem forças para desobedecer suas ordens. Ele se subordina e vive acovardado, tanto  nos relacionamentos familiares, quanto nos sociais e profissionais. 

No relacionamento interpessoal, o medroso se sente desvalorizado perante os outros e transfere o poder para quem o intimida, sentindo-se vítima dele. A nível profissional, ele deixa de ser competitivo pois perde a confiança em si mesmo, e pode ficar menos criativo, caminhando para a estagnação profissional pela diminuição da produtividade no trabalho.
Na área existencial, o medroso tem muitas limitações , pois a inibição é cada vez maior . Ele pode perder a alegria de viver e tornar-se triste,com perda da confiança em si.

                                   Efeitos do medo no corpo

          O medo se manifesta no corpo de diversos modos. No rosto há palidez, maior ou menor a depender da intensidade do medo, causada pela contração dos vasos que levam o sangue para a face. s olhos ficam esbugalhados. As sobrancelhas  franzidas, rugas na testa no medo é crônico. Um suor na face,espalha-se pelas mãos e corpo.As pernas  podem tremer. As mãos suam , e os cabelos dos braços podem levantar. Com o tempo os ombros se curvam. A boca fica seca, o coração dispara, a respiração acelera e a pressão arterial pode subir. Isto  pode durar minutos, horas ou dias.

                        Preocupação

           A preocupação , forma de medo frequente, ela tende a crescer, pois pensamentos automáticos negativos se juntam aos  iniciais. Não deixe suas preocupações crescerem.

                          REFERÊNCIAS

       Bambi Delarosa et al. Electrophysiological spatiotemporal dynamics during implicit visual threat processing. Brain and Cognition, 2014; 91: 54

        GILLEY, K., A Alquimia do Medo,Cultrix, S.Paulo, 1999

        LORENZINI, R.  Quando o Medo Vira Doença, Ed. Paulinas, São Paulo, 1999.

MAIER S., http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3506550/.

               

             4. TRISTEZA    

      A tristeza é uma reação do organismo a uma perda real ou simbólica, que leva a pessoa à paralisação ou isolamento. A real pode ser perda de uma pessoa, animal ou objeto, a simbólica de planos, objetivos ou expectativas, e  pode ser externa ou interna. A externa pode ser de objetos materiais ou afetiva, de pessoas que tenham grande significado. A interna pode ser a frustração de não ter desejos satisfeitos.         

    A Tristeza pode ser anúncio de uma doença que virá, ou se instalou. Ela pode surgir porque a pessoa errou ao fazer algo, ou não conseguiu o que queria, ou depois de cerimônias fúnebres. Existem pessoas habitualmente tristes, que  nascem com esta tendência. Veja em seu convívio pessoas tristes ou alegres. Ser triste ou alegre é uma tendência genética que a pessoa nasce , conhecida como melancolia, nostalgia, mágoa, desânimo,   etc.

       Sinais da Tristeza

       Você pode sentir a Tristeza de diferentes formas: como pesar, infelicidade, desesperança, desamparo, solidão, desânimo, rejeição . A expressão facial da tristeza é característica: a porção interna da sobrancelha fica levantada, os olhos fixos em um ponto, sem expressão, sem vida, os cantos dos lábios puxados para baixo, com lágrimas ou não. Ombros caídos,  cabeça voltada para baixo e o olhar voltado para o chão.

 

                                Na Tristeza os ombros  caem, a cabeça rebaixada e o olhar dirigido para o chão.

     São as reações da tristeza: isolamento, pensamento lento, concentração diminuída, falta de prazer, alterações do sono e diminuição do apetite alimentar e sexual. A tristeza aumenta a atividade da amígdala cerebral esquerda e do lobo temporal direito.

              Tipos e consequências da Tristeza

     Há a Tristeza natural e a adquirida. A natural é de origem genética, ocorrendo nos temperamentos melancólicos. A Tristeza aprendida se desenvolve durante a vida e a pessoa a adquire no convívio com os pais, irmãos e parentes. Uma criança que conviveu com pessoas melancólicas fica triste deprimida pois as emoções são contagiosas.

                              Consequências da tristeza

        No relacionamento interpessoal a pessoa se sente desvitalizada, sem estímulos e sem energia para enfrentar os problemas. A nível profissional, deixa de ser competitiva e criativa, diminuindo a produtividade no trabalho e seu pensamento é pessimista. No campo existencial o grau de limitação depende do valor da perda. Na tristeza crônica há perda da alegria de viver e a pessoa fica desanimada. A reação do organismo à Tristeza é a paralisação e o isolamento, com pensamentos negativos e as reações corporais surgem na face.   

           Finalidade da tristeza

  A finalidade da tristeza é permitir que a pessoa aceite e se submeta à realidade e se afaste para reestruturar-se. A pessoa triste introduz sua energia em si mesma e passa algum tempo retraída, reconstruindo seu Eu. Ela usa sua energia para recompor suas forças, pois não se sente em condições para enfrentar a vida. Quando morre um membro de um casal muito ligado afetivamente, o sobrevivente às vezes não consegue se recompor e vive triste e deprimido o resto da vida. Ou morre pouco tempo depois.

             Não reprima a Tristeza

         As emoções reprimidas fazem mal ao organismo. A repressão do choro, leva a bloqueios emocionais que prejudicam o organismo. Um dos efeitos negativos da repressão das emoções na criança é que ela se torna um adulto indiferente às emoções dos outros. A Tristeza reprimida pode ser substituída pelo medo.

         Como lidar com a Tristeza

       A Tristeza pode ser abordada das maneiras que se seguem, isoladas ou combinadas.

      Dê sentido a sua vida: estabeleça no início de cada dia, metas para suas atividades. Preencha seu tempo com tarefas que tenham significado e sejam agradáveis, para sua vida não ficar sem sentido. Estabelecendo meta você cria  um objetivo e canaliza suas energias.

     Procure distrair-se: vá passear no shopping, ao cinema ou teatro ver um filme ou peça alegre, veja um jogo de futebol, vá à praia, encontre amigos, leia livros e revistas, etc. As pessoas que assistem muito televisão ficam mais deprimidas depois, mostram os estudos.

     Pratique exercícios físicos: andar e fazer exercícios físicos combatem a tristeza , estimulam o organismo e se contrapõem ao baixo estímulo.

     A ginástica facial reverte os efeitos daTristeza sobre os músculos da face, pois os cantos dos lábios são puxados para baixo. Um exercício é forçar os cantos dos lábios para cima com os dedos, como se risse. Prenda durante alguns segundos, faça 3 a 4 sessões diárias, cada uma de 10 elevações.                

     Sorrir :  você deve sorrir sempre, mesmo sem motivo. Ao sorrir você manda uma mensagem para seu cérebro e evoca na memória a alegria, pois a percepção da alegria está condicionada ao ato de sorrir. Quando você está alegre sorri,  e quando sorri evoca a alegria.  Para lidar com a Tristeza sorria sempre, mesmo forçando.

 Combata a tristeza pensando em coisas alegres

        Os acontecimentos da vida têm o lado bom e o ruim. Procure ver o lado bom deles. Se a tristeza é porque perdeu o namorado(a), lembre das brigas que tiveram. Veja quantas coisas boas teve na vida e tenha certeza  que virão outras. Recorde as situações divertidas que viveu. 

Cuide de sua imagem pessoal: de sua aparência, use o perfume que gosta, seja elegante e, se for mulher, faça maquiagem.

Ajude outras pessoas:  você se sentirá útil e desviará a atenção das preocupações. Faça o bem, não olhe a quem.

Reze: rezar é um meio eficaz para combater tristeza e depressão, pois a pessoa fica fortalecida e esperançosa quando busca ajuda sobrenatural.Rezando a pessoa se sente fortalecida, ao buscar ajuda sobrenatural.

Escreva sobre a tristeza: pesquisas mostram que é útil falar ou escrever sobre a tristeza 15 ou 20 min./dia, em 5 dias seguidos.

           Não fazer se estiver triste

   Não coma demais, principalmente se tem tendência para engordar.

 Não beba álcool, pois piora a Tristeza;.

Não use maconha, cocaína, crack, etc.

Não fique sozinho, para não ter solidão.

Não veja filmes e peças de teatro tristes, nem escute músicas fúnebres.

  Não fique ruminando a tristeza. Quanto mais você pensar nela, pior, pois surgirão pensamentos negativos ( vão rejeitá-lo, não vai ficar bom, etc).

 Não fique chorando e se lamentando, pois ficará prisioneiro da tristeza.

 

             5.    Esperança 

 

Esperança é a capacidade que uma pessoa motivada tem de percorrer caminhos que a levem a um objetivo desejado (Snyder). Ela sente possível realizar o  desejado, e é uma emoção positiva voltada para o futuro. Para o  Oxford Dictionary a  “Esperança é querer que as coisas aconteçam, pensando que é possível” . Esperançar é “agir com esperança”, e esperar é aguardar sem praticar  ação.

Esperança é querer que as coisas aconteçam, pensando que é possível.

 

A esperança pode existir como traço de personalidade - esperança disposicional-  ou como um estado da mente (Lopez, 2004). Quem tem esperança tem mais bem-estar, prazer, satisfação, paz.

Para ter esperança, a pessoa deve confiar em si mesmo, para não ser prisioneiro da desesperança, que é um grande mal, e viver ao sabor de fatores externos, sem poder reagir a eles. O médico sabe o significado da desesperança, ao ver os olhos de um paciente e sabe se nenhuma terapêutica será bem sucedida, pois o paciente perdeu a alegria de viver e não reage.

             Teoria da Esperança de Snyder

Para Snyder, a Esperança tem componentes cognitivos e afetivos e considera três elementos: os Objetivos a serem alcançados, os Caminhos a serem seguidos e a Agência, que é a motivação. Para haver Esperança devem ser desenvolvidos os elementos seguintes:

concentrar o pensamentos no objeto desejado;

fazer um planejamento estabelecendo como atingir os objetivos escolhidos;

♦ estar motivado para agir com o esforço necessário.

Os objetivos devem ser claros, e a pessoa acreditar que pode atingi-los. Devem acompanhar o progresso, se alcançou o sucesso e se referirem à vida da pessoa, sendo de curto ou longo prazo. Eles devem ser agradáveis e contemplar emoções positivas que tragam alegria e prazer. São  âncoras para a Teoria da Esperança, pois a guiam.   

Podem surgir barreiras e dificuldades não previstas, que devem ser enfrentadas. Deve-se trabalhar para ultrapassar as barreiras, considerando-as como desafios e não como dificuldades intransponíveis, e, se for o caso, criar novos caminhos.

Caminhos do Pensamento – Para Snyder, os objetivos devem orientar a pessoa para atingir seus desejos e ela deve ser capaz de construir diferentes caminhos com seus pensamentos.

Agência do Pensamento – a agência se refere ao nível de intenção, confiança e capacidade da pessoa para percorrer os caminhos e chegar ao objetivo. A agência  promove a ação que desenvolve a esperança:  a crença, a motivação, a intenção, o impulso e a persistência.

São fundamentais nela a crença da pessoa e sua motivação positiva. Quanto mais ela acreditar na sua capacidade de ter esperanças e de alcança-las, maior será a possibilidade de seu sucesso.

Às vezes é preciso criar novos caminhos pois é impossível atingir o objetivo por aquele, e quando isto ocorre a convicção e a motivação da Agência são realimentadas para alcançar do objetivo. A chave da Teoria da Esperança é poder usar diferentes caminhos para alcançar o objetivo, sempre com a intenção de segui-los, pois há íntimo relacionamento entre os caminhos e a Agência (https://doi.org/10.1207/S15327965PLI1304_01).

Efeitos da Esperança

Pesquisas mostram que a Esperança apresenta bons resultados em diversas áreas da vida. Veja  a seguir:

♦ Melhora o desempenho na escola, aumentando a satisfação.

♦ Produz efeitos psicológicos: aumenta a motivação, a autovalorização,  autoconfiança, a competência social,  criatividade, o pensamento positivo ,e diminui a ansiedade generalizada.

Aumenta o bem-estar: pois a pessoa acredita que vai alcançar seus objetivos e confia na sua capacidade de vencer os  obstáculos.

♦ As pessoas esperam resultados positivos: querem ter maior controle nas suas vidas; são mais preparadas para lidar com estressores; têm maior autoestima; apresentam menos depressão (Snyder et al., 1991).

Efeitos médicos: as crianças aumentam a adesão aos tratamentos de asma; aumentam os comportamentos promotores da saúde que previnem a doença, como praticar exercícios físicos; ajuda pacientes terminais a ter mais emoções positivas, evitando a desesperança; permite que pratique melhor a Resiliência e resistam ao estresse; traz mais otimismo.

 

          Que fazer para ter mais Esperança

Melhore sua autoconfiança – recorde-se de suas realizações na vida  e diga a si mesmo: “só consegui fazer isto graças a meu esforço.”  Se diminuir o entusiasmo, diga a si mesmo “ Vou conseguir fazer”.

Planeje o que vai fazer para ter mais sucesso.

Melhore sua autoestima: dê mais valor a si mesmo, fique satisfeito com seu modo de ser e tenha confiança em seus atos e julgamentos.

Vigie permanentemente sua mente e não deixe emoções e pensamentos negativos tomarem conta dela.

♦ Pratique o Pensamento Positivo: as informações positivas estimulam sua mente  e dão mais bem-estar.. 

  Melhore seu autoconhecimento: conheça bem suas qualidades, valorize-as e aperfeiçoe. Dê mais valor a si mesmo e ao que você tem.

   Identifique seus defeitos e aceite-os pois ninguém é perfeito. Corrija  seus pontos fracos.

 Saiba o que lhe dá bem-estar e como atingir.

Saiba quais seus valores e oriente sua vida com eles. Procure ter equilíbrio emocional, e conviver com pessoas que lhe valorizam.

Relação entre Esperança e Sentido de Vida

O sentido de vida de uma pessoa é o significado, propósito e orientação que ela dá a sua vida.Varia nas diferentes fases da vida, e podem haver vários sentidos numa mesma fase, em diferentes áreas: crescimento pessoal, família, finanças, acadêmica, profissional, etc.

 Não há um sentido único de vida, mas sim diversos sentidos, que a pessoa deve estabelecer, baseada em seus valores, em suas preferências, em suas escolhas, que ela vai operacionalizar. Seus valores, expressos através de suas crenças, interferem na escolha dos objetivos de sua vida. Os sentidos de sua vida expressam suas esperanças, são os objetivos  que você almeja.

Toda pessoa deve procurar concretizar seus sentidos de vida, para dar valor a si mesmo. O sentido de vida de uma pessoa pode ser viver com bem-estar, em paz, com equilíbrio, satisfeito, alegre, contente e sorrindo para a vida!

REFERÊNCIAS E LINKS

1. https://doi.org/10.1207/S15327965PLI1304_01

2. https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/4337/1/ulfpie039532_tm.pdf

3. Post 33, Novo conceito de Bem-estar.

4. https://doi.org/10.1207/S15327965PLI1304_01.

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