Esta página se destina a divulgar informações sobre
Educação das Emoções e Educação da Atenção. Baseia-se em livros e pesquisas
realizadas por Universidades, sobre Neurociências, Medicina e
Psiconeuropedagogia. Os posts refletem a experiência de dezenas de anos de
trabalho do Autor em instituições educacionais de ensino superior e médio, e da
publicação de vários livros e monografias sobre os temas. As informações
deste blog não têm finalidade terapêutica, que deve ser feita por médicos e
psicólogos.
♦♦♦
Neste mundo em que vivemos, cheio de maravilhas
tecnológicas, vemos pessoas de todas as
idades, crianças, adolescentes e adultos, viciadas nos celulares, tablets, computadores
e aparelhos semelhantes. Passam a maior
parte do tempo falando ou jogando no celular ou postando no Facebook, WhatsApp,
Instagram e outros. Você deve conhecer alguém que almoça com o celular na mão
esquerda e o garfo na direita, um olho no celular e o outro na comida. Talvez
conheça outra que não passa dez minutos sem ver se tem mensagem nova no celular.
Por falta de Educação da Atenção muitos desenvolvem compulsão pelo celular.
São pessoas que vivem superficialmente sem prestar
atenção ao seu momento presente.
Não conseguem ficar poucos minutos sem olhar a caixa de mensagens ou acessar as
redes sociais. Vivem fora de suas realidades, mergulhadas na divagação.
Muitas ficam
viciadas no celular ou no computador e se tornam dependentes, enchendo as salas de espera dos
consultórios dos psiquiatras e psicólogos, para tratarem suas compulsões vício, que às
vezes exige remédios controlados, ou mesmo internamento.
E as escolas, agências sociais destinadas à educação,
ainda não promovem a Educação da Atenção,
que é uma necessidade para a pessoa aprender a prestar atenção ao que faz,
ao momento presente, ao que ocorre no seu corpo e na sua mente, ao que se
passa dentro dela e fora dela, inclusive a dar mais atenção aos outros.
Um dos objetivos deste blog é divulgar a necessidade
da Educação da Atenção, que deve ser baseada em conhecimentos das neurociências
e da psiconeuropedagogia.
A Plena
Atenção é um instrumento de excelência para educar a atenção, e um programa de
educação da atenção passa necessariamente por ela. O programa deve ter como
meta desenvolver o hábito mental de prestar atenção a eventos externos e
internos, do corpo e da mente, e deve ser desenvolvido na escola e em todas as
atividades diárias, sob o slogan: Preste
atenção ao que você faz, vê, ouve, sente e pensa!
Nos posts anteriores sobre Plena Atenção, relatamos pesquisas
realizadas em instituições universitárias de credibilidade, como a Harvard
Medical School, Yale University,
University of Massachussetts Medical Center, Califórnia University
(UCLA), Memorial Sloan-Kettering Cancer Center e Justus Liepig University, da
Alemanha, além de outras.
Tais pesquisas constataram
efeitos da Plena Atenção em muitos órgãos, principalmente no cérebro, e efeitos psicológicos na
regulação da atenção e das emoções, além de maior consciência do corpo e
mudança de perspectiva do “eu”. Na regulação da atenção, ela utiliza as
funções da atenção, de alerta, orientação e a executiva. A regulação das emoções
permite modificar tanto as respostas dadas às emoções, quanto os estados de
humor negativos, controlar as distrações mentais, os pensamentos negativos e
retornar à calma mais rapidamente.
A Plena Atenção age no cérebro e nas funções psicológicas.
Através da Consciência Corporal podemos perceber sensações corporais sutis e melhorar a percepção das emoções, fundamental para o controle emocional. Já a mudança na perspectiva do "Eu" permite ao praticante ser o sujeito de sua mente e fazer com que suas raivas, medos e preocupações sejam percebidos como objetos que não fazem parte dela, e controlar o que está dentro de sua consciência, afastando emoções e pensamentos desagradáveis.
Recentemente
a Mindfulness foi reconhecida pelo National Health Institute, equivalente ao
Ministério da Saúde nos Estados Unidos, devido a sua eficácia. É utilizada
desde 1990, na Universidade de Massachussetts, no Stress Redution Clinic of
Medical Center, para tratar distúrbios
psicológicos. O Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, centro de referência mundial no
tratamento do câncer, utiliza a Mindfulness.
A Plena
Atenção além de agir no cérebro, atua também no sistema nervoso simpático e parassimpático, nas
glândulas endócrinas e no sistema imunológico. E dá bons resultados na ansiedade,
medo, síndrome de pânico, depressão, estresse, dores crônicas e abuso de
substâncias. No envelhecimento diminui a taxa de hospitalização dos praticantes
e aumenta seus tempos de vida, além de reduzir em até 12 anos suas idades
biológicas.
Entretanto devemos ter em mente que os efeitos benéficos da
Mindfulness só se manifestam após algum tempo de prática, que varia de pessoa
para pessoa. O resultado é tanto maior quanto maior o tempo de prática.
A Mindfulness é utilizada em
diversas instituições de saúde no Brasil e o Hospital Albert Einstein, em São
Paulo, faz treinamento de seus médicos, enfermeiros e outros profissionais. A
Política de Práticas Integrativas e Complementares do Ministério da Saúde,
permite ao SUS (Sistema Único de Saúde), oferecer treinamento a seus pacientes.
Sob o ponto de vista humanístico, a Plena Atenção é um avanço na compreensão da natureza humana e também na melhoria da qualidade de vida dos praticantes, tanto na diminuição da dor dos que sofrem, quanto trazendo mais bem estar para quem goza de boa saúde.
A Plena Atenção é também uma busca do
ser humano pelo conhecimento de si mesmo, busca esta que vem desde Lao Tzu, o sábio fundador da filosofia taoísta, para quem “ “o homem
inteligente é aquele que conhece os outros e homem sábio é o que conhece a si mesmo”. Esta busca passa pelos gregos, com o “gnote se auto”
(conhece-te a ti mesmo) do oráculo de Delfos, e pelos romanos com o “nosce te ipsum” (conhece-te a ti
mesmo). A Mindfulness amplia os conhecimentos sobre a mente utilizando as neurociências, a psicologia
e a medicina.
A Mindfulness
é um prolongamento da sabedoria grega
do “Conhece-te a ti mesmo”.
A Mindfulness penetra fundo na consciência
humana, nos pensamentos, memória, medos, raivas, tristezas e preocupações. Ela
nos ensina a dissecar nosso “Eu” e a fazer sua desconstrução e reconstrução. Ajuda-nos
a separar dentro de nós o que é e o que não é. Nos conhecendo melhor temos
uma vida mais calma, tranquila e feliz e sabendo controlar nossas raivas, medos
e tristezas vivemos melhor na família, na sociedade e no trabalho.
Um depoimento pessoal – depois de quase trinta anos de prática da Plena Atenção, acreditamos que ela nos permite a vigilância constante da mente e o
corpo. Ao praticá-la, sentimos o corpo relaxado, uma sensação agradável de peso
e formigamento no tórax, braços e pernas, além de bem estar, calma e serenidade.
É convicção nossa de que desenvolver e
cultivar o hábito de prestar atenção a tudo e a todos, além de nos trazer calma e tranquilidade, traz também bem estar e felicidade.
Em conclusão:
Acreditamos que a sabedoria
maior, que traz bem estar e felicidade, está em conhecer-se a si mesmo, em prestar
atenção ao momento presente, em saber esperar e tolerar, em controlar os pensamentos, emoções e ações. E usar a atenção como sentinela
da mente, para impedir que nela entrem emoções e pensamentos negativos e
divagações portadoras de infelicidade.
Próximo Post:
No próximo post conversaremos sobre as emoções.
Você saberá quando está sob a ação de uma emoção, quais os componentes dela e as reações que ela promove em seu corpo e em sua mente.
Saberá também quais são as emoções básicas e como identificá-las, o que é o Cérebro Emocional e o valor das emoções para sua sobrevivência.
Compartilhe e divulgue este Post,
para termos pessoas mais calmas,
mais tranquilas e um mundo melhor!
Envie seus comentários e dúvidas através do email
educacaoeatencao@gmail.com ou através deste post.
FONTES:
Referências
do Post 2 :
EPEL
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and telomeres, Ann NY AcadSci 2009 Aug;1172:3453.
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