Controle da Emoção, Autoconsciência e Raiva
P S I C O L O G I A
M O D E R N A
Blog
Prof. Dr. Jair de Oliveira Santos
2023
QUEM É O AUTOR
Jair de Oliveira Santos é
Médico, Professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal
da Bahia, Graduado em Pedagogia, Especialista em Administração Escolar,
Fundador e ex-Diretor da Faculdade Castro Alves, onde foi coordenador do Núcleo
de Estudos das Emoções e do Programa de Educação das Emoções.
Criou o blog emoçaoeatencao@blogspot.com onde
publicou 90 Posts, durante 6 anos, que foram divulgado pela Google em 87 países
e teve , segundo o site Ranking Data, cerca de 1 milhão e 188 mil acessos
anuais. Fez o lançamento do Podcast das Emoções,
no citado blog, em 2021.
Pioneiro da Educações das Emoções na Bahia, implantou-a na
Faculdade Castro Alves e em vários colégios, com excelentes resultados.
Publicou os livros: 1- Educação Emocional- fundamentos e resultados;2-
Manuais de Educação Emocional; 3- Educação Emocional na Sala de Aula, e 4-. Educação Emocional:
Aspectos Históricos, Fundamentos e Resultados.
Dedicou-se à Educação Médica,
foi Coordenador do Colegiado de Curso de Medicina da UFBA e o presidente da
Comissão de Currículo. Publicou livros e artigos na Revista da Associação
Brasileira de Educação Médica, dentre eles “Educação Médica e Humanismo”, e”
Educação Médica- Filosofia, Valores e Ensino”.
Dedico este e-book:
In memoriam:
À inesquecível esposa falecida, Olívia,
E a meu Pai e minha Mãe.
A meus filhos:
Jair Filho, César, Telma, Vinicius e Paulo
A meus netos:
Jéssica, Jair Neto, Ana Júlia, Pedro Gabriel,
Maria Eduarda , Larissa e Arthur.
A
todos que nos propiciaram condições e estimularam estudos, pesquisas e reflexões sobre a Educação das Emoções.
● ● ●
“Quem conhece aos
outros é inteligente
Quem conhece a si mesmo é sábio “
Lao
Tsé – Tao te King, XXXIII
● ● ●
“Trata
a humanidade, na tua própria pessoa ou na de qualquer outra, como um fim em si,
nunca apenas como um meio”
Kant I., “Fundamentação da
metafísica dos costumes”, 1786.
● ● ●
“Não
há outro universo, senão o universo humano, o universo da subjetividade humana.
É procurando sempre fora de si um fim que o homem se realizará como ser humano”
Sartre,J.P.,
“O Existencialismo é um humanismo”, 1944
● ● ●
“Para criar uma boa vida, não basta lutar por metas que nos trazem prazer, mas também escolher
metas que reduzirão a soma total de entropia no mundo”.
Mihaly Csikszentmihalyi
A Descoberta do Fluxo, 1999.
COMUNICADO
A partir de 26-11-22, o blog
emoçaoeatencao@blogspot.com terá
nova orientação, para atender á sua vasta clientela de milhões de leitores,
conforme avaliação publicada pelo site Ranking Data, abaixo transcrita. Dentro de sua filosofia de trabalho,
publicará também e-books gratuitos, que conterão o conteúdo dos posts já
publicados, de modo a constituírem um conjunto integrado de conhecimentos.
Ranking database emoção atenção@blogspot.com, pesquisa.
Imagens
de ranking data base emocaoeatencao@blogspot.com
RESUMO DO E-BOOK 7
Capítulo 1 - Como você sabe se tem uma Emoção?
Capítulo 2 – Porque você deve controlar suas Emoções?
Capítulo 3 –Autoconsciência, como ampliar a sua ?
Capítulo 4 – Como controlar a Raiva ?
Capítulo 5 – Como evitar a Raiva ?
Capítulo 1
COMO VOCÊ SABE TEM UMA
EMOÇÃO?
Neste e-book você saberá quando está
agindo sob a influência de uma emoção, quais seus componentes, como seu
corpo e sua mente reagem, quais as emoções básicas ( alegria, raiva, medo,
tristeza, felicidade e surpresa) e como identificá-las. Saberá também qual a parte
do cérebro relacionada com as emoções, o Cérebro Emocional e o valor das
emoções para sua sobrevivência.
Como seu organismo reage
a uma emoção?
Uma menina de 13 anos conheceu em uma festa um rapaz e
sentiu uma atração muito grande. Conversaram, dançaram e depois cada um tomou
seu rumo. No outro dia ela estava muito agitada, não conseguia parar de pensar
nele, lembrava de seus olhos, seu sorriso, seu modo de falar e seus gestos. E
quanto mais lembrava, seu coração palpitava, a respiração acelerava, a cabeça
ficava a mil, o rosto quente e as mãos suando. Ela tinha dificuldades para
pensar em outra coisa, mesmo durante as aulas. Como disse Luiz Gonzaga, “ ela só quer, só pensa em
namorar...”.
Numa tarde
de verão, um ciclista passeava de
bicicleta na orla marítima e outra bicicleta lhe deu uma "fechada".
Ele se desequilibrou e caiu. Sentiu a cabeça confusa, ficou irritado, o coração
disparou, a respiração acelerou, as mãos ficaram frias e suando, o rosto
quente, os braços e as mãos contraídos. Levantou-se, pegou a bicicleta e
pedalou em direção ao agressor, até alcançá-lo. Gritando com a voz alterada,
começou a discutir e quase se esmurraram. Só não
foram aos tapas porque o outro pediu desculpas, dizendo que não teve a intenção
de derrubá-lo.
O ciclista com raiva perseguiu o outro até alcançá-lo.
Quando há uma emoção o organismo reage a nível mental, corporal e comportamental. A nível mental pode haver agitação ou lentidão. No caso da menina apaixonada, ela ficou muito agitada, e o ciclista se sentiu agitado, confuso, e sem saber o que fazer. A nível corporal, o organismo sofre alterações: coração pode dispararespiração ficar acelerada, como aconteceu com o ciclista. A reação comportamental pode produzir aproximação ou afastamento do estímulo. A menina apaixonada queria se aproximar de namorado para tê-lo em seus braços e o ciclista com raiva queria aproximar-se do agressor para esmurrá-lo (reação de enfrentamento). Mas uma pessoa com medo, quer afastar- se do estímulo ameaçador (reação de fuga).
Uma emoção pode
ser inconsciente e não ser percebida: uma pequena raiva, uma irritação, pode
não ser percebida pela pessoa, que só saberá de sua presença pela respiração
ou coração acelerados. Na menina feliz que encontrou o namorado, o coração
bate mais forte quando ela o vê, mas ela só o percebe algum tempo depois.
Quais os 4 elementos de uma Emoção?
Podemos
considerar em uma emoção quatro elementos: a experiência mental da
pessoa, a reação corporal, a reação em relação ao estímulo emocional e
as circunstâncias em que a emoção ocorre. ● A
experiência mental é o
que a pessoa sente quando tem a emoção. Ela pode ser agradável ou desagradável, e de
agitação ou lentidão. O sentimento é agradável na alegria (quando
se recebe um presente) e no amor (quando se encontra alguém que quer bem).
Mas é desagradável no medo, tristeza e raiva. Se o sentimento é agradável
considera-se a emoção positiva, como na alegria, felicidade, amor e
outras. Se é desagradável a
emoção é negativa, como a
raiva, medo e outras.
● As reações corporais da emoção aparecem no rosto, músculos, vasos sanguíneos, coração,
pulmão, olhos e glândulas. Indicam se estamos emocionados ou outra pessoa
está emocionada. A reação no rosto varia de uma emoção para outra e
as veremos ao estudar cada emoção. Nos
músculos pode haver contração ou relaxamento: no medo e na raiva há
contração para permitir a fuga ou o enfrentamento. No amor há relaxamento
muscular. Nos vasos sanguíneos pode haver estreitamento ou dilatação. A pessoa com medo fica pálida pois há estreitamento dos vasos do rosto. No medo a pessoa fica pálida. Mas na raiva e na grande alegria
ela fica vermelha. Nas
glândulas salivares, no amor há produção de mais saliva e a boca fica
"cheia de água", e na raiva e no medo a boca fica seca. Pode haver aumento de suor,
principalmente na raiva e no medo, e o coração
e a respiração podem disparar na
raiva, medo e grandes alegrias. Nos olhos, pode haver lágrimas na tristeza e na
alegria, e na raiva, medo e amor os olhos ficam "esbugalhados",
devido à dilatação das “meninas dos olhos”. A
mudança de voz ocorre na
alegria: a voz fica alegre, expressando satisfação; na raiva a voz fica
ríspida e grosseira e no amor ela fica terna. Durante uma
emoção o corpo faz hormônios para a resposta: na raiva e no medo o
simpático produz mais adrenalina e noradrenalina, que levam mais sangue
para os músculos e aceleram o coração. Após a satisfação sexual há
relaxamento muscular, devido ao aumento da atividade do parassimpático. ● A reação comportamental à emoção pode ser de aproximação ou afastamento. Na alegria,
amor, felicidade e prazer a pessoa se aproxima do estímulo emocional. No amor
a pessoa quer se aproximar da outra, para beijá-la e acariciá-la. Na tristeza e no medo ela se
afasta dos outros e na raiva geralmente ela se aproxima para agredir. No amor a pessoa se aproxima da outra para acariciá-la ● O conhecimento da situação em que ocorre a emoção é importante para saber as
circunstâncias em que ela ocorre, podendo assim prevenir uma nova ocorrência.
Se você sabe que quando discute com os outros sobre certos assuntos fica
irritado e raivoso, evite tratar destes assuntos. Se você espera uma emoção
aparecer, fica mais fácil controlá-la. Quais as
Emoções Primárias?
Segundo Damásio as emoções podem ser primárias e secundárias. As
primárias ou básicas são universais e ocorrem em pessoas de diferentes
culturas. São úteis para que elas reajam rapidamente a certos estímulos
ambientais, principalmente se houver uma ameaça. Para atuarem, elas envolvem
grandes quantidades de energia. São emoções primárias a
alegria, medo, raiva, tristeza, surpresa e a aversão. Para alguns autores o amor e a
felicidade também são emoções primárias. As emoções secundárias ou sociais
resultam da ação da cultura sobre o indivíduo, sendo expressadas mais em
determinadas culturas. São
consideradas emoções secundárias a vergonha, culpa, desprezo, indignação,
espanto, admiração, gratidão, orgulho. As emoções podem ter intensidade
variável e evoluirem de uma forma para outra. Segundo Caruso e Salovey , de acordo
com a Teoria Psicoevolucionária das Emoções de Plutchik (https://dragonscanbebeaten.wordpress.com/2010/06/04/plutchiks-eight-prim ), as emoções são dinâmicas e faz
parte de suas naturezas a capacidade de se desenvolverem e progredirem de
forma lógica, quando suas causas persistem. ● Raiva - tem sua forma mais
branda na irritação e ironia, que podem evoluir para o extremo da fúria.
Segundo Santos ela pode se apresentar sob diversas “fantasias”, do ódio,
revolta, ressentimento, indignação, aborrecimento, vingança, violência,
rivalidade, animosidade e hostilidade. Se você estiver insatisfeito pode sentir irritação e ela evoluir até à fúria. Se algo lhe dá raiva e aumenta sua intensidade, sua raiva aumenta: se um motorista buzina cada vez mais forte no engarrafamento, sua raiva aumenta cada vez mais. A raiva pode ser branda ou ser mais intensa. ● Alegria - é uma resposta do organismo a estímulos agradáveis, de origem interna ou externa. Os externos podem ser diversões e prazeres e a alegria externa pode se manisfestar por um sorriso ou gargalhada. A interna é silenciosa, andando junto com a serenidade e cultivada na meditação. A intensidade da alegria varia de um valor mínimo, que é a serenidade, a um máximo, que é o júbilo ou êxtase. Se um apaixonado recebe telefonema da namorada, fica contente ao ouvir sua voz, e o contentamento vai à alegria. Mulher alegre.
● Medo – é uma emoção que surge
quando há ameaça ou perigo, e, segundo Caruso, produz o comportamento de “Corra,
há perigo !”. É importante
para a sobrevivência humana desde os tempos das cavernas. Sua forma mais branda é a preocupação,
que pode evoluir para o medo e para o terror. Quem está preocupado com alguma
coisa é porque tem medo dela. Outras formas de medo são ansiedade, timidez,
insegurança, apreensão, nervosismo, cautela e inquietação.
Mulher com medo de ser espancada. ●
Tristeza – é uma emoção que surge quando
há perda de algo que tem significado para a pessoa, um parente querido, um
animal de estimação, o emprego, etc. Segundo Caruso a tristeza significa um
pedido de ajuda: “ajudem-me que estou ferido !”. Ela é vista principalmente
através do olhar triste e da fisionomia da pessoa. Pode se apresentar sob
diversas “fantasias”: sofrimento, mágoa, pesar, tédio, desalento,
solidão, nostalgia e outras que podem evoluir até a depressão severa.
Mulher surpresa com o que
viu.
CAPÍTULO 2
PORQUE CONTROLAR SUAS EMOÇÕES? Neste capítulo você saberá como controlar suas emoções,
o que é Inteligência Emocional e as vantagens que terá controlando suas
emoções. No mundo conflituoso que hoje vivemos, é uma
necessidade você aprender a conhecer-se melhor, pois viverá melhor e terá bons
relacionamentos na família, na escola, no trabalho e com os amigos. Qual a importância do controle das
Emoções?
O controle das emoções é importante pois permite que você tenha um convívio melhor com as
pessoas com que se relaciona, um relacionamento mais harmonioso , com menos
atritos. Se você está com raiva de
alguém que lhe agrediu, em vez de bater ou xingar o agressor, controle sua raiva
e converse com ele depois, quando estiverem mais calmos.
Não estamos recomendando que você reprima suas
emoções, pois a repressão de uma emoção lhe fará mal. A emoção é uma forma de
energia e se for reprimida pode voltar como dor de cabeça, cólica, falta
de ar, coração disparado, vômitos, etc. Como você pode controlar suas emoções?
Ochsner (2008)considera dois modos de controle das emoções: o comportamental e o
cognitivo (http://www.Currents Directions in
Psychological Science, 17,153-158). No
comportamental você não utiliza um comportamento que teria em resposta ao
estímulo, como quando não agride a quem está com raiva. O controle cognitivo é feito retirando a atenção do estímulo emocional,
ou fazendo a reavaliação ou a extinção da emoção. Há no cérebro uma região que produz as emoções,
onde estão a amígdala, tálamo e núcleos cerebrais, e outra que controla as
expressões das emoções, da qual faz parte o córtex cerebral frontal anterior,
o cingulado e o hipocampo. Pesquisa de Oschner (2004) com ressonância
magnética comprovou que durante a regulação emocional cognitiva aumenta a
atividade das últimas regiões e diminui a atividade da amígdala, que é inibida pela córtex cerebral (www.neuroimage,23,483-489).
Mischel disse: “Quem quiser comer um doce agora pode, mas eu vou
sair da sala e voltarei em 15 minutos, e quem me esperar poderá comer dois
doces”. Ele queria avaliar o autocontrole das crianças e quando retornou viu
que um terço delas o esperaram - e ganharam dois doces. Elas contaram que
enquanto esperavam brincaram e cantaram, e assim tiraram a atenção dos doces.
As crianças que ficaram olhando para os doces não se controlaram e os comeram
logo.
CAPÌTULO 3 AUTOCONSCIÊNCIA A Autoconsciência
ou Autopercepção é a percepção de
informações vindas de sua mente e de seu corpo. Ela lhe permite entrar
em contato com seus pensamentos, avaliações, sentimentos, emoções, atenção,
desejos, intenções, sentidos, sensações corporais, atitudes e atos. A
Autoconsciência é importante para você perceber o que se passa no momento
presente em sua mente, permitindo seu autocontrole e seu controle emocional. Da mesma forma que sua autoconsciência registra sua alegria, medo, tristeza ou desespero, lhe informa da presença do som de um violino, de um pássaro voando, do cheiro de um perfume, de uma dor de cabeça e de um desejo ou impulso qualquer.
Este tipo de
fato ocorre em todo o mundo e mostra a forma mais extrema da raiva, que é a
fúria. A raiva é uma das emoções principais dos animais: um cachorro ameaçado
por outro, reage com raiva, mostra os dentes e rosna. Mostra sua intenção de
lutar, de reagir, de manter sua integridade corporal e de se preservar como
indivíduo.
Um cachorro ameaçado por outro, reage com raiva, mostra os dentes e rosna. Isto ocorre com qualquer ser humano que tenha a integridade física ameaçada, e esteja diante de um perigo: ele reage através da luta ou da fuga. Foi graças à raiva que o homem das cavernas se defendeu e sobreviveu às ameaças de outros animais, e deu continuidade à espécie. A raiva é uma manifestação do organismo para
a preservar o indivíduo. Na raiva o indivíduo reage para lutar. O cérebro estimula a produção de
adrenalina e noradrenalina no corpo, numa resposta ao estresse existente, que
são importantes para ele reagir com a luta ou com a fuga (Holzel,2011, http://www.sagepublications.com). No caso dos cachorros da figura acima, a reação
foi de luta, pois cada cão procurou preservar sua integridade física No homem moderno a reação à raiva continua a mesma, mas
ela pode ser causada por estímulos psicológicos ou sociais. E nem sempre pode ser resolvida
pela luta ou pela fuga, pois ninguém
pode fugir de seu próprio pensamento, que é a grande causa de raiva. O
que se pode fazer é controlar o pensamento, afastando-o da raiva. No caso de Márcia, de
início a raiva foi gerada pelo pensamento, pois não houve uma ameaça real à
sua integridade física. Ela foi causada por ver o companheiro se interessar
por outras mulheres, o que atingiu sua autoestima e a levou a uma reação
verbal. Josevan ao lhe dar um tapa, fez uma agressão real à sua integridade
física, e ela reagiu desproporcionalmente e lhe deu uma facada. Você não deve se entregar à raiva, para não praticar
atos que se arrependerá depois. Márcia vai pagar por esta explosão de raiva na
cadeia durante muitos anos. A
maioria das raivas do homem moderno é tem origem em seu pensamento e é
alimentada por ele.
É o caso da raiva existente entre judeus e árabes, ou da que você tem quando pede
a uma pessoa para fazer uma coisa e ela não faz: você fica frustrado e quer agredi-la.
Ou quando você se lembra de noite de alguém que o irritou no o dia e
não consegue dormir, pensando nele, com raiva. Como é impossível
você fugir de seus pensamentos raivosos, deve controlar sua raiva de outras
formas, pois a reação de estresse é a mesma na raiva do pensamento e na causada por uma agressão real.
Os efeitos maléficos são os mesmos nos dois casos. Quais os tipos de Raiva? Há dois tipos de raiva: a inata e a
adquirida. A raiva
inata nasce com o indivíduo e se surge com rapidez. Ocorre se há uma ameaça real à integridade física da
pessoa e visa prepará-la para responder a situações de perigo em que a
perda de tempo pode custar sua integridade ou sua vida. Ela é transitória,
dura enquanto perdurar sua causa, e geralmente a reação é proporcional à
ameaça. A raiva inata se origina no momento presente. A Raiva de alguém que
toma um tapa no rosto ou um murro na cabeça, é inata, pois há ameaça real. Ela é
passageira e proporcional à dor sentida: se doer muito a raiva é maior, se
doer pouco é menor. E começa na hora do tapa. A raiva aprendida o indivíduo aprende
durante sua vida, no
convívio com outras pessoas, principalmente na família. Ela é gerada e mantida pelo pensamento, e
surge sem haver uma ameaça real contra a integridade física da pessoa. Um exemplo é a que existe entre judeus e árabes,
pois é ensinada hostilidade com os árabes à criança judia, ocorrendo o mesmo
com os árabes em relação aos judeus. Este sentimento de hostilidade existe também
entre pessoas de partidos políticos diferentes, principalmente em cidades do
interior. Numa cidade no interior de Pernambuco o ódio aprendido entre duas
famílias tradicionais, dura há muitas gerações, com matanças entre seus
membros. A raiva aprendida existe entre membros de diferentes religiões, como
entre católicos e os protestantes da Inglaterra. Na raiva aprendida a participação do
pensamento é grande, tanto na produção quanto na manutenção. Este tipo de
raiva é persistente, repetitiva e tem origem no passado. Para controlá-la
você tem de agir no pensamento que a desencadeou, como veremos no item de
Controle da Raiva.
O que faz você ficar com Raiva? Para você sentir raiva é necessário que haja
uma quantidade mínima de estímulo ameaçador, chamada de Limiar de Raiva. Se você estiver calmo e for provocado por alguém,
só sentirá raiva se a provocação tiver uma certa intensidade. Se ela é
pequena, você não sentirá raiva. Se alguém lhe ofender quando você estiver calmo, você
não sentirá raiva, porque não foi atingido seu limiar de raiva. Mas se você
estiver estressado, certamente terá raiva. Durante o
estresse sua tolerância diminui e você reage a estímulos que normalmente
toleraria.
Se você estiver calmo e
for ofendido, pode até tolerar à agressão.
Durante o estresse mantido é liberada grande
quantidade de adrenalina, noradrenalina e cortisol, que aumentam a
sensibilidade do cérebro à raiva. Se você já teve diversos aborrecimentos, e
surge mais um, mesmo pequeno, poderá explodir na hora e até ter um sequestro emocional, se descontrolando
por quase nada e sair gritando, quebrando tudo. Vigie sempre sua
mente para identificar os primeiros sinais de raiva - irritação, coração
disparado, respiração acelerada, voz alterada, e controle-a desde o início. Quais são as regiões do cérebro ativadas na Raiva? Quando você conversa com outras pessoas recebe
muitas informações emocionais vindas dos rostos delas. A pesquisadora Fusar-Poli, em 2009,
através da ressonância magnética cerebral, constatou quais as regiões do cérebro ativadas em pessoas
saudáveis, depois que eram apresentadas a elas fotografias de rostos com raiva,
eram a ínsula, o córtex cerebral visual e o cerebelo. (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19949718)
Durante
a raiva há ativação da ínsula, do córtex cerebral e do cerebelo. Como age uma pessoa com Raiva? Uma pessoa com raiva pode agir assim, segundo
Santos (2009): ●
Agredir a quem lhe provocou a raiva. É um comportamento frequente, principalmente se a pessoa não é
atendida em seus desejos. Na raiva inata a defesa da integridade pessoal
geralmente é baseada na agressão física do agressor, reagindo a agressão
sofrida. ●
Rebelar-se contra o agressor –
se a pessoa enraivecida é subordinada ao agressor e é humilhada por ele,
vinga-se não obedecendo suas ordens. É o caso do colaborador de uma empresa
que é destratado pelo superior e não cumpre as ordens que ele deu ou faz as
tarefas de modo errado propositadamente. ● Outras formas de reagir: impedir o agressor de fazer qualquer coisa, exigir,
ameaçar, opor-se ao agressor, fazer imposições, humilhar, criticar, rebaixar,
torturar, perseguir, expulsar, etc. Quais as reações corporais da Raiva? A raiva se manifesta no corpo de diversas
maneiras e uma das manifestações importantes está no rosto com a contração do
músculo maxilar inferior. A pessoa
fica com o "queixo quadrado", o que é característico da raiva. Os dedos das mãos se fecham, para brigar,
prontos para dar um murro, e a tensão muscular aumenta.
A pessoa fica com o "queixo
quadrado", braços contraídos, sobrancelhas franzidas,
olhos esbugalhados.
Ela
fica suando muito, com as pupilas dilatadas e a pele do rosto vermelha ou
pálida. Há contração dos
músculos dos braços, antebraço e mãos. A
voz aumenta de intensidade e fica grosseira, áspera e exaltada. A
boca fica seca, o coração dispara e parece querer saltar do peito, a
respiração fica ofegante, a pressão arterial sobe, devido ao aumento da noradrenalina. O
açúcar do sangue sobe, para servir como fonte de energia no caso de luta ou
fuga. Esta reação é chamada de resposta
ao estresse e ocorre toda vez que há uma ameaça ao organismo. A
intensidade da reação varia de uma pessoa para outra e, na mesma pessoa, com a intensidade da
raiva. Pode durar minutos, horas ou
dias, e quando a raiva for demorada produzirá danos à saúde da pessoa (Holzel, 2011, http://www.sagepublications.com). Como saber se outra pessoa está com Raiva? A raiva se manifesta de diferentes
formas. Goleman (1996) refere que as
formas extremas são ódio, fúria e violência e as mais brandas são revolta,
ressentimento, exasperação, indignação, animosidade, aborrecimento,
irritabilidade, ironia e hostilidade. Santos ( 2009) inclui frustração, aversão, mágoa, chateação, ciúme (que é uma emoção mista), inveja,
desagrado, decepção e rivalidade. Para saber se uma
pessoa está com raiva, veja se ela tem seus sinais corporais, que são mais
visíveis quando ela é mais forte: rosto
suado, pálido ou avermelhado, olhos "esbugalhados", músculos
da face contraídos,com o queixo "quadrado". As mãos e braços
tremem, os punhos fechados, a
respiração mais rápida, a voz
alta, áspera, ríspida e grosseira. Como saber se você está com Raiva? Para
saber se você está com raiva analise suas reações corporais. Veja se o coração disparou, se a respiração
acelerou, se os pensamentos estão confusos, mãos e braços tremendo e
contraídos como se fossem dar um murro, rosto quente, pálido ou avermelhado,
suor na testa, os músculos da face e das sobrancelhas contraídos, voz
alterada e olhos dilatados. O que fazer para controlar sua Raiva? Controlar a Raiva é agir sobre ela depois de instalada, impedindo que
ela evolua para a violência ou sequestro emocional. É
diferente de evitar a Raiva, que consiste em vigiar de modo permanente sua
mente, e praticar ações que impeçam sua instalação. Você
deve controlar sempre sua raiva e evitar sua explosão para evitar doenças do
coração ou derrame cerebral. Pesquisas
mostram que uma região do cérebro que fica atrás da testa, chamada de córtex
pré-frontal, ajuda no controle da raiva, e pode nos “desligar” dela. A prática da Plena Atenção é muito útil
para o controle da Raiva, pois ela diminui a atividade de um órgão relacionado
com a produção da raiva, que é a amígdala cerebral. Veja neste blog, no endereço seguinte,
como fazer o treinamento em Plena Atenção, : http://emocaoeatencao.blogspot.com.br/
como fazer o treinamento em plena atenção? Passos para controlar sua Raiva: ● Preste atenção sempre a sua mente, principalmente quando pedir a alguém para fazer alguma coisa e ele não fizer. O preço do equilíbrio mental é a vigilância permanente da mente. ●
Quando você sentir que está começando
a ficar irritado não deixe a irritação crescer, pois ela irá aumentar
cada vez mais e você pode perder o controle sobre a raiva. ●
Quando a raiva começar procure se
distrair e pensar em outras coisas. Leia uma revista ou jornal, assista
televisão ou veja um filme que prenda sua atenção. Não deixe o pensamento
raivoso crescer e tomar conta de sua mente. ●
Se tiver Raiva durante uma discussão com
outra pessoa, bote as mãos nas costas e aperte com força uma contra a outra,
para desviar sua atenção e depois se afaste pedindo licença para ir ao
sanitário. ●
Não fique pensando no assunto que
causou a raiva e se esforce para esquecê-lo. A melhor forma de esquecer
uma coisa é não lembrar dela. ●
Só volte a pensar na causa da Raiva
depois que ela passar. Aí terá uma
visão clara e racional da situação, enxergando-a melhor. ● Se estiver com raiva de alguém, procure saber
os pontos de vista dele. ● Convença-se de que deve controlar sua
raiva. É importante você cultivar uma atitude mental de que "não vou me entregar à raiva". ●
Não se entregue a seus impulsos
agressivos durante a raiva. Deixe para agir depois que ela passar. ● Não adote, nem
alimente uma atitude hostil
contra ninguém. Não alimente o ódio e, ao contrário, cultive uma
atitude amistosa. A hostilidade é um
fator de risco para ter infarto do coração. ● Não adianta nada esmurrar travesseiro, almofadas,
paredes, bater nos móveis, nem gritar, pois isso não acaba a Raiva. Pelo contrário,
se a pessoa se entrega à raiva é pior.
SÍNTESE 1. A raiva é uma
manifestação dos seres humanos para a sobrevivência do indivíduo. Ele reage para lutar, graças à produção de
adrenalina e noradrenalina pelo cérebro, em resposta ao estresse existente. 2. No homem moderno a raiva
pode ser causada por estímulos psicológicos ou sociais, e muitas vezes não pode
ser resolvida pela luta ou pela fuga. Ninguém pode fugir de seu pensamento,
que origina e alimenta muitas Raivas. A reação de estresse é a mesma na raiva causada pelo pensamento e na causada por uma agressão real, e
os efeitos maléficos são os mesmos. 3. O indivíduo nasce com a raiva inata, que surge com rapidez e ocorre quando há uma ameaça real
à pessoa. Ela é transitória e representa uma resposta a situações de perigo.
Dura enquanto perdurar sua causa e se origina no momento presente. A raiva
aprendida é adquirida pelo indivíduo durante a vida, no convívio com outras pessoas.
É gerada e mantida pelo pensamento, surge sem haver uma ameaça real e tem
origem no passado. 4. Para você
sentir raiva é preciso haver uma quantidade mínima de estímulo ameaçador. Se
você estiver calmo e for provocado por alguém, só sentirá raiva se a
provocação tiver certa intensidade e se ela for pequena, você não sentirá
raiva. Mas se você estiver estressado,
diante de uma pequena provocação terá raiva, pois o estresse diminui sua
tolerância. 5. Uma pessoa com raiva pode agir de uma das
formas seguintes: agredir a quem lhe enraiveceu, rebelar-se contra o
agressor, impedir o agressor, exigir,
ameaçar, fazer imposições, humilhar, criticar, rebaixar, torturar, perseguir,
expulsar, etc. 6. A raiva se manifesta no corpo de diversas
maneiras: no rosto há contração do maxilar inferior e a pessoa fica com o
"queixo quadrado". Os dedos das mãos se fecham, prontos para dar um
murro, e há contração muscular. A pessoa sua muito, as pupilas se dilatam e o
rosto fica vermelho ou pálido. A voz é grosseira, áspera e exaltada, a boca
seca, o coração e a respiração disparam, a pressão arterial sobe. 7. Faça o seguinte para controlar sua Raiva:
preste atenção sempre a sua mente e se sentir que está irritado não deixe a
irritação crescer; quando a Raiva começar procure se distrair e pensar em
outras coisas; se ficar com Raiva quando discutir com alguém, cruze as mãos
nas costas e aperte-as com força, uma contra a outra; não fique pensando na
causa da raiva e só volte a pensar nela depois que estiver calmo. 8. Convença-se que deve controlar sua raiva. Se
estiver com raiva de alguém, procure saber os pontos de vista dele. Não se
entregue a seus impulsos agressivos durante a raiva. Não alimente uma atitude
hostil contra ninguém. Não
adianta nada esmurrar travesseiro, almofadas, paredes, bater nos móveis, nem
gritar, pois isso não acaba a Raiva, e pode até ser pior.
CAPÍTULO 5 RAIVA – COMO EVITAR?
Neste
capítulo você verá o mal que a Raiva faz, podendo chegar ao infarto do
coração ou derrame cerebral. Verá também como evitar a Raiva, como escrever o
seu “Diário da Raiva” e um teste para avaliar como está seu controle da
Raiva.
Nunca se entregue à Raiva! Nunca
se entregue à raiva, pois se você se descontrolar e explodir vai ficar prisioneiro
dela. Quanto mais você
se entregar à Raiva, mais ela vai querer de você, que poderá perder o controle, praticar atos violentos ou
fazer coisas das quais se arrependerá depois. A Raiva se alimenta do pensamento raivoso e no seu ponto máximo
vai querer que você se vingue, sem pensar nas consequências de seus atos, e
só queira bater, esmurrar, pisar e humilhar. A Raiva se alimenta do pensamento raivoso e exige vingança. Pesquisas mostram que descarregar a raiva não
a elimina, havendo apenas um sentimento passageiro de satisfação. Diana Tice
concluiu em sua pesquisa que explodir de raiva não liberta a pessoa da emoção
e que se ela explodir e depois pensar na raiva, ela é reativada. O resultado
é melhor se a pessoa deixa a cabeça esfriar e conversa com a outra depois, de forma calma e equilibrada. Qual o mal que a Raiva faz? Pesquisa realizada por Elizabeth Mostofsky, em
2014, com milhares de pessoas, concluiu que quem não controla a Raiva e
explode, pode ter ataque do coração ou derrame cerebral, geralmente até duas
horas após a explosão. Principalmente se ele já é doente do coração. A
probabilidade de ter um ataque do coração depois de apenas uma explosão de
raiva é pequena e aumenta quando as explosões são frequentes (http://www.hsph.harvard.edu/news/hsph-in-the-news/angry-outbursts-may-boost-heart-attack-stroke-risk/). Um homem de cinquenta anos, já operado do
coração, teve um infarto fulminante após
uma explosão de raiva: ele ia numa estrada quando um motorista lhe deu
uma "fechada", e ele jogou o carro para o acostamento para não
bater. Enraivecido, acelerou o carro até pegar o outro veículo e explodiu de
raiva com o outro motorista. Xingou-o de todas as formas e deu um murro
violento na capota do carro, amassando-a, e logo depois desmaiou e caiu morto.
Teve um infarto fulminante do coração, mostrou a autópsia. Durante a explosão de raiva é liberada noradrenalina, que dispara o coração e os batimentos rápidos podem levar ao infarto ou à parada cardíaca, principalmente se o coração já era doente.
O raivoso tem a cara amarrada, testa franzida e sobrancelhas apertadas.
Como evitar a Raiva? Para evitar a raiva são úteis as
recomendações seguintes: ● Administre seu estresse e evite situações
muito estressantes,
pois o estresse facilita o aparecimento da raiva. Uma situação que você poderia
suportar sem ter raiva, poderá desencadeá-la, se você estiver estressado. ● Faça exercícios físicos regulares e
pratique Plena Atenção. Relaxe praticando Plena Atenção.
● Não fique pensando em coisas desagradáveis que lhe irritem ou que se sinta humilhado. Pensamentos
desagradáveis podem desencadear e manter a Raiva que você sente de alguém. ● Não entre na raiva dos outros: fique sempre atento pois a Raiva é contagiosa
e você pode ficar enraivecido também.
● Evite situações que levem a um atrito ou briga com outras pessoas e não as provoque usando ironias. ● Divirta-se regularmente, pois sua mente ficará mais calma. Sempre que puder, vá à praia,
teatro, shows, parque de diversões, veja filmes ou ande em um bosque.
Distraia-se regularmente indo à praia. ● Não use álcool continuadamente, nem abuse de seu uso, pois ele o faz mais sensível às provocações. O álcool diminui a sua tolerância e você pode explodir por qualquer coisa. ● Perdoe às pessoas que lhe fizeram mal, pois
o perdão faz mais bem a quem perdoa, do que a quem é perdoado. O ódio faz
mais mal a quem o tem, do que a quem ele é dirigido. Depois de perdoar, você fica "mais
leve". ● Ria sempre que puder. Quando você ri, a contração dos lábios evoca
o sentimento de alegria que lhe faz. Seus músculos relaxam e diminui em seu
sangue o hormônio do estresse. O sorriso libera endorfina e serotonina, que
dão bem estar, e dopamina que produz prazer.
Ria
sempre que puder. Como testar seu Controle da Raiva?
Para avaliar seu Controle de Raiva, use o questionário abaixo: Instruções :
Este questionário tem 20 itens e cada um tem 2
alternativas de respostas, sendo seu objetivo avaliar seu Controle de Raiva. Não há afirmativas
'certas' ou “erradas”. Responda S se a
afirmativa ocorrer “sempre ou quase sempre” ou N se ela
ocorrer “nunca ou raramente”. Questões 1. Eu tive problemas de
relacionamento no trabalho por causa do meu temperamento raivoso. ___ 2.
As pessoas dizem que eu perco as estribeiras facilmente. ___ 3.
Eu nem sempre mostro minha raiva, mas quando a tenho vou logo para a briga.
___ 4.
Fico com raiva quando lembro de coisas ruins que fizeram comigo no passado.___ 5.
Frequentemente fico discutindo com as pessoas com quem converso. ___ 6.
Quando sinto raiva tenho vontade de matar quem me enraiveceu. ___ 7.
Quando alguém diz ou faz algo que me incomoda, não digo nada,
mas depois fico com raiva, pensando na resposta que deveria dar e não dei.
___ 8.
Acho difícil perdoar a quem me fez mal. ___ 9.
Fico com raiva de mim mesmo quando perco o controle emocional. ___ 10.
Fico irritado quando as pessoas não se comportam como acho certo.___ 11.
Quando fico muito chateado com alguma coisa, sinto depois mal estar, dor de cabeça
ou de estômago ou diarréia. ___ 12.
Quando tenho um aborrecimento ou uma frustração por não ter atingido uma
meta, tenho dificuldade para deixar de pensar no assunto. ___ 13.
Quando tenho muita raiva, às vezes não me lembro do que disse ou do que fiz
__ 14.
Quando estou com raiva digo coisas que me arrependo depois.___ 15.
Algumas pessoas têm medo do meu mau humor. ___ 16.
Quando fico com raiva e me sinto frustrado ou ferido, descarrego depois na
comida, no álcool ou em outras drogas.___ 17.
Quando tenho raiva, às vezes fico violento e bato em outras pessoas ou quebro
o que estiver em minha frente. ___ 18.
Às vezes passo a noite acordado pensando no que me irritou durante
o dia.___ 19.
Quando pessoas em que eu confio não se comportam como eu esperava, fico com raiva
durante muitas horas ou dias. 20.
Quando as coisas não ocorrem como quero, fico muito irritado e quanto mais eu
penso no que me contrariou fico com mais raiva. ___ Cada
resposta afirmativa em uma questão vale 1 ponto na sua pontuação final. Se
você responder afirmativamente a 10 questões, sua pontuação será 10. Quanto maior sua pontuação menor é sua
capacidade de Controle de Raiva. Uma pontuação entre 14 e 20 indica que você não controla bem sua raiva,
se irrita facilmente e pode explodir a qualquer hora. Você precisa aumentar
seu controle, para não prejudicar seus relacionamentos. Uma pontuação entre 6 e 13 indica que você está na zona média de controle de raiva, e sujeito a
ter problemas com ela. Deve praticar técnicas que estimulem o controle da
Raiva. A pontuação entre 1 e 5 indica
que você controla bem sua Raiva, mas não deve vigiar sempre seu
aparecimento, senão o controle será mais difícil.
Diário da Raiva
Fazer um
diário para registrar suas raivas é bom para saber a frequência com que ela
ocorre.
Saber descrever sua raiva lhe ajudará
a ter melhor controle dela. Apresentamos a seguir um modelo de Diário da
Raiva. Anote o dia, hora e local em que ela ocorreu, com quem conversava, o
que a desencadeou, o que sentiu na hora, sua reação e seu comportamento. Como
exemplo, descrevemos um caso.
Diário da
Raiva
RESUMO 1. Nunca
se entregue à raiva, pois se você explodir será prisioneiro dela, que se alimenta do pensamento raivoso. Você vai
querer se vingar, sem pensar nas consequências de seus atos, e vai querer
bater, esmurrar, pisar e humilhar. Explodir não elimina a raiva . É
melhor esfriar a cabeça e conversar com a outra pessoa de uma forma calma. 2. Pesquisa da Harvard de
2014, concluiu que aqueles que têm explosões de Raiva podem ser vítimas de ataques do coração e
de derrame cerebral, até duas horas após a explosão de Raiva. 3. Para
evitar a raiva administre seu estresse e evite situações muito estressantes;
para relaxar, faça exercícios físicos regulares e pratique Plena Atenção; não
pense em coisas desagradáveis que lhe irritem ou causem revolta; não entre na
raiva dos outros; evite situações que levem a atritos com outras pessoas, nem
as provoque diretamente ou usando ironias. 4. Divirta-se regularmente; não use álcool
continuadamente, nem abuse dele; perdoe às pessoas que lhe fizeram mal. O
ódio faz mais mal a quem o tem, do que a quem ele é dirigido; ria sempre que
puder, que faz bem à saúde.
Compartilhe e divulgue este E-book para termos pessoas mais
tranquilas e um mundo melhor!
CARUSO,D.R. e SLOVEY,P., Liderança com Inteligência
Emocional, M. Books, São Paulo, 2007 DAMÁSIO,
A., Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos,Companhia das Letras,2004 . DAVIDSON,
R. O estilo emocional do cérebro, Sextante, Rio de Janeiro, 2013, GOLEMAN, D. Inteligência Emocional, Ed. Ática, 1996. SANTOS, J.O., Educação das
Emoções –fundamentos e experiências., Faculdade Castro Alves, Bahia,
2009. SANTOS,
J.O., Educação Emocional na Escola – a Emoção na Sala de Aula, 2a ed.,
Faculdade Castro Alves, Bahia, 2000.
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